Transplante de membrana amniótica em casos agudos graves de queimadura ocular química e síndrome de Stevens-Johnson

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ricardo,José Reinaldo da Silva
Data de Publicação: 2009
Outros Autores: Barros,Sabrina Leite de, Santos,Myrna Serapião dos, Souza,Luciene Barbosa de, Gomes,José Álvaro Pereira
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Arquivos brasileiros de oftalmologia (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-27492009000200016
Resumo: OBJETIVO: Investigar o potencial terapêutico do transplante de membrana amniótica nos casos agudos graves de queimadura ocular química e síndrome de Stevens-Johnson. MÉTODOS: Foram analisados retrospectivamente os prontuários de oito pacientes, com um total de dez olhos, submetidos a transplante de membrana amniótica para tratamento de queimadura ocular química e síndrome de Stevens-Johnson na fase aguda entre janeiro de 1999 e maio de 2008 no Departamento de Oftalmologia da UNIFESP. Dados referentes a sexo, idade, grau da queimadura, etiologia, olho acometido, achados oftalmológicos, extensão da membrana amniótica, operações adicionais, tempo em dias entre a lesão e a cirurgia, acuidade visual antes e depois da cirurgia, defeito epitelial em dias, complicações e tempo de seguimento em meses foram coletados. RESULTADOS: A idade média dos pacientes foi de 35,7 ± 23,04 anos, dos quais seis eram homens e dois eram mulheres. Três pacientes (quatro olhos) apresentaram síndrome de Stevens-Johnson e cinco pacientes (seis olhos) apresentaram queimadura ocular química. O defeito epitelial foi cicatrizado em média de 27,8 ± 4,7 dias (variando de 20 a 35 dias). Todos os pacientes evoluíram com deficiência límbica em seguimento médio de 7,8 ± 2,8 meses (variando entre cinco e doze meses) e quatro olhos desenvolveram simbléfaro. CONCLUSÕES: Os resultados sugerem que o transplante de membrana amniótica representa um aditivo que pode ser realizado nos casos agudos graves de queimadura ocular química e síndrome de Stevens-Johnson com a finalidade de promover a epitelização e suprimir a inflamação e suas consequências, se comparado a outros trabalhos que trataram casos semelhantes com terapia medicamentosa somente. Por outro lado, não é capaz de evitar a deficiência límbica nesses casos, que futuramente necessitarão de transplante de células-tronco do limbo ou outras cirurgias para correção da superfície ocular.
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