Endoftalmites bacterianas com culturas positivas: uma revisão de 6 anos
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Data de Publicação: | 2008 |
Outros Autores: | , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Arquivos brasileiros de oftalmologia (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-27492008000500002 |
Resumo: | OBJETIVO: Determinar a distribuição dos microrganismos isolados de pacientes com endoftalmite bacteriana e sua sensibilidade a antimicrobianos. MÉTODOS: Foram analisados retrospectivamente os dados clínicos e microbiológicos dos pacientes com hipótese diagnóstica de endoftalmite e cultura bacteriana positiva, atendidos no Departamento de Oftalmologia da UNIFESP de 1º de janeiro de 2000 a 31 de dezembro de 2005. RESULTADOS: De 451 pacientes, 153 (33,9%) apresentaram cultura bacteriana positiva. Foram isolados 155 microrganismos, sendo 79,35% gram-positivos e 20,65% gram-negativos. Os Staphylococcus coagulase-negativos (SCoN) (41,94%) foram os mais freqüentemente isolados. A sensibilidade aos antimicrobianos entre os gram-negativos foi: amicacina 87,10%, tobramicina 80,65%, ciprofloxacina 96,67%, levofloxacina, gatifloxacina e moxifloxacina 100%, ceftazidima 85%, e gentamicina 80,65%. A sensibilidade à vancomicina entre os gram-positivos foi de 100%. S. aureus e SCoN apresentaram 83,33% de sensibilidade à oxacilina, 89,61% à ciprofloxacina e 100% à gatifloxacina e moxifloxacina. A forma de aquisição predominante foi a pós-operatória (60,65%). CONCLUSÃO: Observamos baixa sensibilidade da cultura para o diagnóstico etiológico das endoftalmites. Uma terapia antimicrobiana ou profilaxia empírica deve ser ativa contra os microrganismos gram-positivos, particularmente contra estafilococos. Estudos de vigilância de resistência bacteriana são importantes para adequação desses esquemas. |
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