Avaliação do grau de conhecimento que pacientes com diabetes mellitus demonstram diante das alterações oculares decorrentes dessa doença
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Data de Publicação: | 2009 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Arquivos brasileiros de oftalmologia (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-27492009000400009 |
Resumo: | OBJETIVO: Avaliar o nível de informação que os pacientes portadores de diabetes mellitus possuem em relação às complicações oculares ocasionadas por essa condição. MÉTODOS: Foram avaliados 100 pacientes diabéticos em três semanas, independente do tipo da doença, com consulta previamente marcada e que compareceram para avaliação no Ambulatório de Endocrinologia do Hospital Guilherme Álvaro. O paciente estando de acordo, foi iniciado um questionário com oito perguntas voltadas ao seu conhecimento sobre as complicações oftalmológicas decorrentes do diabetes mellitus. RESULTADOS: Foram avaliados 62 mulheres e 38 homens, 93% eram diabéticos tipo II, com média de idade de 58,64 anos (± 15,64 anos). Quarenta pacientes apresentavam a doença há mais de 10 anos. Setenta pacientes, que conheciam a existência dessas complicações, mencionaram principalmente a alteração retiniana e a catarata secundária (respectivamente 30% e 27%). Em relação às perguntas sobre a possibilidade de tratamento, 30 pacientes relataram não haver, 7 não sabiam opinar sobre o assunto e 63 responderam que as alterações oculares podiam ser tratadas. Sobre as opções de terapêutica possíveis, a cirurgia foi a mais citada (33%), em seguida foram o uso de óculos (26,6%), aplicação de laser (19,4%), uso de colírio (18%) e lente de contato (3%). A maioria dos pacientes (56%) associou a aquisição dessas informações à orientação médica. Cinquenta e seis pacientes entenderam a necessidade do acompanhamento especializado de 6 meses a 1 ano e a média do tempo decorrido da última consulta foi de cerca de 1 ano e 1 mês (± 1 ano). Setenta e cinco pacientes alegaram que o tempo de doença apresentou analogia com o aparecimento das complicações oculares. Quando interrogados sobre a realização de tratamentos oftalmológicos prévios, 78 entrevistados negaram e 12 asseguraram já terem necessitado. CONCLUSÕES: Grande parte dos pacientes reconhece que podem vir a ter complicações oculares pelo tempo prolongado de diabetes mellitus (81% dos pacientes), mas há equivoco quanto à especificação dessas e seus tratamentos. |
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Avaliação do grau de conhecimento que pacientes com diabetes mellitus demonstram diante das alterações oculares decorrentes dessa doençaDiabetes mellitus/complicaçõesRetinopatia diabéticaCatarata/epidemiologiaConhecimentos, atitudes e prática em saúdeOBJETIVO: Avaliar o nível de informação que os pacientes portadores de diabetes mellitus possuem em relação às complicações oculares ocasionadas por essa condição. MÉTODOS: Foram avaliados 100 pacientes diabéticos em três semanas, independente do tipo da doença, com consulta previamente marcada e que compareceram para avaliação no Ambulatório de Endocrinologia do Hospital Guilherme Álvaro. O paciente estando de acordo, foi iniciado um questionário com oito perguntas voltadas ao seu conhecimento sobre as complicações oftalmológicas decorrentes do diabetes mellitus. RESULTADOS: Foram avaliados 62 mulheres e 38 homens, 93% eram diabéticos tipo II, com média de idade de 58,64 anos (± 15,64 anos). Quarenta pacientes apresentavam a doença há mais de 10 anos. Setenta pacientes, que conheciam a existência dessas complicações, mencionaram principalmente a alteração retiniana e a catarata secundária (respectivamente 30% e 27%). Em relação às perguntas sobre a possibilidade de tratamento, 30 pacientes relataram não haver, 7 não sabiam opinar sobre o assunto e 63 responderam que as alterações oculares podiam ser tratadas. Sobre as opções de terapêutica possíveis, a cirurgia foi a mais citada (33%), em seguida foram o uso de óculos (26,6%), aplicação de laser (19,4%), uso de colírio (18%) e lente de contato (3%). A maioria dos pacientes (56%) associou a aquisição dessas informações à orientação médica. Cinquenta e seis pacientes entenderam a necessidade do acompanhamento especializado de 6 meses a 1 ano e a média do tempo decorrido da última consulta foi de cerca de 1 ano e 1 mês (± 1 ano). Setenta e cinco pacientes alegaram que o tempo de doença apresentou analogia com o aparecimento das complicações oculares. Quando interrogados sobre a realização de tratamentos oftalmológicos prévios, 78 entrevistados negaram e 12 asseguraram já terem necessitado. CONCLUSÕES: Grande parte dos pacientes reconhece que podem vir a ter complicações oculares pelo tempo prolongado de diabetes mellitus (81% dos pacientes), mas há equivoco quanto à especificação dessas e seus tratamentos.Conselho Brasileiro de Oftalmologia2009-08-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-27492009000400009Arquivos Brasileiros de Oftalmologia v.72 n.4 2009reponame:Arquivos brasileiros de oftalmologia (Online)instname:Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO)instacron:CBO10.1590/S0004-27492009000400009info:eu-repo/semantics/openAccessPereira,Gabriela Assumpção BritoArcher,Renata Louise BattistiRuiz,Cristiane Andrade Coelhopor2009-10-06T00:00:00Zoai:scielo:S0004-27492009000400009Revistahttp://aboonline.org.br/https://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phpaboonline@cbo.com.br||abo@cbo.com.br1678-29250004-2749opendoar:2009-10-06T00:00Arquivos brasileiros de oftalmologia (Online) - Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO)false |
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