Eficácia do adesivo tecidual de fibrina na fixação de enxerto conjuntival autógeno em cirurgias de pterígio primário
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Data de Publicação: | 2011 |
Outros Autores: | , , |
Tipo de documento: | Artigo |
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Título da fonte: | Arquivos brasileiros de oftalmologia (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-27492011000200011 |
Resumo: | OBJETIVO: Comparar a eficácia da fixação do enxerto autógeno de conjuntiva ao leito escleral após exérese de pterígio primário, utilizando-se adesivo tecidual de fibrina ou sutura de monofilamento de nylon 10-0. MÉTODOS: Estudo comparativo, prospectivo e aleatório foi realizado em 47 olhos de 47 pacientes com pterígio primário de localização medial. O grupo 1 (adesivo) foi constituído de 21 pacientes submetidos à fixação do enxerto conjuntival com adesivo tecidual de fibrina (QuixilTM); enquanto que o grupo 2 (sutura), foi constituído de 26 pacientes, cuja fixação do enxerto foi feita com sutura em pontos separados de monofilamento de nylon 10-0 (Ethicon®) após a excisão do pterígio feita pelo mesmo cirurgião. Os pacientes foram avaliados antes da cirurgia, no 1º, 14º e 21º dia após a cirurgia. Utilizou-se uma escala visual de desconforto ocular e verificou-se o tempo cirúrgico, hiperemia ocular e presença de complicações, além de sinais de recidiva, sendo sua presença também avaliada no 6º mês após a cirurgia. As variáveis foram submetidas à análise estatística. Valores de p<0,05 indicaram significância estatística. RESULTADOS: O tempo cirúrgico médio foi de 19,05 ± 6,12 minutos para o grupo 1 e 48,15 ± 7,13 minutos para o grupo sutura (p<0,001). A escala referente ao desconforto ocular demonstrou um menor escore no 1º (p<0,005), 7º (p<0,001) e 21º (p<0,001) dia após a cirurgia com a utilização do adesivo tecidual. A hiperemia ocular mostrou-se menor em todos os períodos do estudo após a cirurgia (p<0,001) no grupo cola. As complicações encontradas, uma em cada grupo, resolveram-se com tratamento clínico até o 21º dia após a cirurgia. Houve uma recidiva no grupo 1 e duas no grupo 2 até o 6 º mês após a cirurgia. CONCLUSÃO: Em cirurgia de fixação de enxerto autógeno de conjuntiva para tratamento de pterígio primário, adesivo tecidual de fibrina reduziu o tempo do ato cirúrgico, desencadeou menor hiperemia conjuntival e desconforto no período pósoperatório, com índice de recidiva semelhante em comparação com o uso de sutura de mononylon 10.0, demonstrando ser uma excelente opção para a fixação do enxerto conjuntival no tratamento cirúrgico do pterígio primário. |
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Eficácia do adesivo tecidual de fibrina na fixação de enxerto conjuntival autógeno em cirurgias de pterígio primárioTúnica conjuntiva/transplantePterígio/cirurgiaAdesivo tecidual de fibrina/uso terapêuticoSuturasDoenças da túnica conjuntiva/patologiaDoença enxerto-hospedeiroEstudo comparativoOBJETIVO: Comparar a eficácia da fixação do enxerto autógeno de conjuntiva ao leito escleral após exérese de pterígio primário, utilizando-se adesivo tecidual de fibrina ou sutura de monofilamento de nylon 10-0. MÉTODOS: Estudo comparativo, prospectivo e aleatório foi realizado em 47 olhos de 47 pacientes com pterígio primário de localização medial. O grupo 1 (adesivo) foi constituído de 21 pacientes submetidos à fixação do enxerto conjuntival com adesivo tecidual de fibrina (QuixilTM); enquanto que o grupo 2 (sutura), foi constituído de 26 pacientes, cuja fixação do enxerto foi feita com sutura em pontos separados de monofilamento de nylon 10-0 (Ethicon®) após a excisão do pterígio feita pelo mesmo cirurgião. Os pacientes foram avaliados antes da cirurgia, no 1º, 14º e 21º dia após a cirurgia. Utilizou-se uma escala visual de desconforto ocular e verificou-se o tempo cirúrgico, hiperemia ocular e presença de complicações, além de sinais de recidiva, sendo sua presença também avaliada no 6º mês após a cirurgia. As variáveis foram submetidas à análise estatística. Valores de p<0,05 indicaram significância estatística. RESULTADOS: O tempo cirúrgico médio foi de 19,05 ± 6,12 minutos para o grupo 1 e 48,15 ± 7,13 minutos para o grupo sutura (p<0,001). A escala referente ao desconforto ocular demonstrou um menor escore no 1º (p<0,005), 7º (p<0,001) e 21º (p<0,001) dia após a cirurgia com a utilização do adesivo tecidual. A hiperemia ocular mostrou-se menor em todos os períodos do estudo após a cirurgia (p<0,001) no grupo cola. As complicações encontradas, uma em cada grupo, resolveram-se com tratamento clínico até o 21º dia após a cirurgia. Houve uma recidiva no grupo 1 e duas no grupo 2 até o 6 º mês após a cirurgia. CONCLUSÃO: Em cirurgia de fixação de enxerto autógeno de conjuntiva para tratamento de pterígio primário, adesivo tecidual de fibrina reduziu o tempo do ato cirúrgico, desencadeou menor hiperemia conjuntival e desconforto no período pósoperatório, com índice de recidiva semelhante em comparação com o uso de sutura de mononylon 10.0, demonstrando ser uma excelente opção para a fixação do enxerto conjuntival no tratamento cirúrgico do pterígio primário.Conselho Brasileiro de Oftalmologia2011-04-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-27492011000200011Arquivos Brasileiros de Oftalmologia v.74 n.2 2011reponame:Arquivos brasileiros de oftalmologia (Online)instname:Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO)instacron:CBO10.1590/S0004-27492011000200011info:eu-repo/semantics/openAccessRubin,Michel RisnicDantas,Paulo Elias C.Nishiwaki-Dantas,M. CristinaFelberg,Sergiopor2011-07-11T00:00:00Zoai:scielo:S0004-27492011000200011Revistahttp://aboonline.org.br/https://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phpaboonline@cbo.com.br||abo@cbo.com.br1678-29250004-2749opendoar:2011-07-11T00:00Arquivos brasileiros de oftalmologia (Online) - Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO)false |
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