Estudo retrospectivo de crianças pré-termo no Ambulatório de Especialidades Jardim Peri-Peri

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Lorena,Silvia Helena Tavares
Data de Publicação: 2009
Outros Autores: Brito,José Martins Siqueira
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Arquivos brasileiros de oftalmologia (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-27492009000300015
Resumo: OBJETIVO: Determinar a prevalência da retinopatia da prematuridade em recém-nascidos pré-termo, associando-a com seus fatores de risco, além de comparar a incidência do vício refracional do tipo miopia e estrabismo entre as crianças pré-termo que desenvolveram a retinopatia da prematuridade (Grupo I) e as que não manifestaram esta retinopatia (Grupo II). MÉTODOS: Neste trabalho, empregou-se um estudo do tipo transversal, retrospectivo e documental dos prontuários de 147 crianças pré-termo, as quais foram atendidas no Ambulatório de Especialidades Jardim Peri-Peri, oriundas da Maternidade Mário Degni, nascidas no período de 7 de julho de 2004 a 10 de julho de 2008. O mapeamento de retina, com depressão escleral foi realizado, inicialmente entre 3 e 8 semanas de vida pós-natal e repetido a cada 1 a 4 semanas, dependendo dos achados fundoscópicos, até que a vascularização da retina se completasse ou a retinopatia da prematuridade se estabelecesse, e seguidos em consulta oftalmológica anual constituída por mapeamento de retina e exame refracional. Para a classificação da retinopatia da prematuridade foram utilizados os critérios da "International Classification of Retinopathy of Prematurity". Procedeu-se à análise do grupo total de prematuros, classificando-os em grupo I e grupo II, analisando a incidência de miopia e astigmatismo em cada grupo estudado. RESULTADOS: Nesta casuística, verificou-se a retinopatia da prematuridade em 35 crianças pré-termo (23%), sendo que 112 crianças pré-termo (77%) não desenvolveram esta retinopatia. No grupo I, 34 crianças (97%) apresentaram-se no estágio 1 da retinopatia da prematuridade com regressão espontânea, e 1 criança (3%) apresentou-se no estágio 2, evoluindo para doença limiar, tendo sido submetida ao tratamento cirúrgico por fotocoagulação a laser. Todos os recém-nascidos que manifestaram a retinopatia da prematuridade fizeram uso de oxigenoterapia, sendo a ventilação mecânica convencional a mais utilizada. CONCLUSÕES: Neste trabalho, a incidência de retinopatia da prematuridade correspondeu aos dados estatísticos internacionais, uma vez que a doença limiar atingiu 3% dos casos. O perfil clínico do grupo I estudado revelou que todos os prematuros utilizaram a oxigenoterapia e apresentaram a síndrome do desconforto respiratório, com prevalência do estágio 1 da retinopatia da prematuridade.
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