Prevalência de lesões em praticantes de Jiu-Jitsu: um estudo descritivo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Nunes, Rodolfo de Alkmim Moreira
Data de Publicação: 2017
Outros Autores: Ribeiro, Christian Cândido, Alves, Lidiane Rosa, Carvalho, Igor Leandro da Silva, Vale, Rodrigo Gomes de Souza
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista de Educação Física
Texto Completo: https://revistadeeducacaofisica.emnuvens.com.br/revista/article/view/208
Resumo: Introdução: O Jiu-Jitsu é baseado em alavancas, torções e estrangulamentos, sendo considerada uma arte marcial lesiva. A identificação das características das lesões e a relação com o tempo de prática ou a graduação são importantes para o desempenho dos praticantes de Jiu-Jitsu.Objetivo: Determinar a prevalência de lesões em praticantes de Jiu-Jitsu de diferentes graduações.Métodos: Participaram do estudo 60 atletas de Jiu-Jitsu masculinos (31,5 ± 6,5 anos). Foi aplicado questionário fechado para coleta de dados sobre o perfil no Jiu-Jitsu, perfil do treinamento e histórico de lesões.Resultados: Foram identificadas 79 lesões em 60 atletas. A prevalência foi de 82%. O membro inferior teve 42% das lesões, os golpes recebidos ocasionaram 68,3% das lesões e o trauma foi responsável por 96% dos casos. O golpe mais lesivo foi a chave de braço (18,9%), a maioria dos incidentes (77%) ocorreram nos treinos e 34% utilizam algum equipamento de proteção. As entorses (8,8%) e contusões (8,8%) foram os tipos de lesões mais sinalizadas. Dos entrevistados 30,7% precisaram de 16 a 30 dias para se recuperar. As lesões são recidivas em 74,7% e apenas 32,9% afetam o rendimento atualmente. Dos lesionados, 59,5% realizaram diagnóstico médico, 64,6% fizeram algum tratamento e o gelo foi utilizado em 24% dos casos.Conclusão: O Jiu-Jitsu é um esporte que provoca muitas lesões. Embora os golpes mais nocivos afetem os membros superiores, o joelho foi a região anatômica mais afetada. Poucos atletas utilizam equipamentos de proteção e/ou recorrem a outros profissionais ou atividades que possam minimizar as lesões. Prevalence of Injury in Jiu-Jitsu Practitioners: a descriptive studyIntroduction: Jiu-Jitsu is based on levers, twists and bottlenecks, and could be considered a harmful martial art. Knowing the characteristics of the lesions and the relation with the time of practice or the graduation is important for the performance of the Jiu-Jitsu practitioners.Objective: To determine the prevalence of injury in Jiu-Jitsu practitioners of different grades.Methods: Sixty male Jiu-Jitsu athletes participated in this study, with 31.5 (± 6.5) years of age. A closed questionnaire was used to collect data on the training and Jiu-Jitsu profile, and injuries’ history.Results: Seventy nine lesions were identified in 60 athletes. The prevalence of injury was of 82%. The lower limb had 42% of the lesions. The received blows appear as 68.3% of the injuries and the trauma was responsible for 96% of the cases. The most damaging blow was the armlock, 18.9%, and most incidents 77% occurred in training. 34% use some protective equipment. Sprains 8.8% and contusions 8.8% were the most marked types of lesions. Of those interviewed, 30.7% required 16-30 days to recover. The lesions are recurrent in 74.7% and only 32.9% affect the current yield. Of the injured, 59.5% underwent medical diagnosis, 64.6% did some treatment and ice was used in 24% of the cases.Conclusion: Jiu-Jitsu is a highly harmful sport, with the armlock being the most damaging blow. Although the most damaging strokes affect the upper limbs, the knee is the most affected anatomical region. Few athletes use protective equipment and / or resort to other professionals or activities that can minimize injuries.
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