Ciclo de greves, transição política e estabilização: Brasil, 1978-2007

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Noronha,Eduardo G.
Data de Publicação: 2009
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Lua nova (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-64452009000100005
Resumo: Este artigo analisa o início, o apogeu e o declínio de um ciclo de greves sem precedentes na história brasileira devido às suas características e intensidade, tendo atingido entre 1985 e 1992 um dos maiores níveis de paralisações da história dos países ocidentais. Por meio de estatísticas atualizadas, analisa-se o primeiro grande ciclo de greves no Brasil (1978-1997) em todas as suas fases, incluindo a de normalização das greves (1998-2007), durante o segundo mandato de Fernando Henrique Cardoso e mantida nos governos de Luiz Inácio Lula da Silva. Neste estudo, argumenta-se que a natureza do ciclo esteve, acima de tudo, vinculada às etapas da transição para urbanização a democracia e às mudanças socioeconômicas derivadas dos processos de industrialização. A variação no volume de conflitos esteve também associada a variáveis econômicas (especialmente a inflação), mas de forma secundária. Nos últimos 30 anos, a inclusão de diversos segmentos sociais no âmbito da esfera política, em sentido lato, redesenhou o mapa dos "incluídos". Esse processo começou com a liberalização política em meados dos anos de 1970, foi reforçado pelas primeiras greves no ABC paulista em 1978 e teve continuidade pelas mais diversas formas de transformação do Estado nos vários governos subsequentes, de Sarney a Lula.
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