De protagonista a coadjuvante: o ônus das virtudes de Narizinho
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Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Cadernos CEDES |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-32622012000100004 |
Resumo: | A partir da análise de algumas das obras infantis de Monteiro Lobato, este artigo propõe uma reflexão sobre a mudança de status da personagem Narizinho na dinâmica de funcionamento do universo lobatiano. São focalizados aqui aspectos de sua trajetória de heroína dos textos reunidos em Reinações de Narizinho e sua transformação em coadjuvante nas aventuras e cenários posteriores, a partir da hipótese de que as concepções de infância, de gênero, bem como as demandas sociais e seus efeitos no mercado editorial da época teriam influenciado o autor na construção e desenvolvimento da personagem. A personagem Narizinho é a mais próxima dos adultos do Sítio e também a que mais legitima suas normas e valores, ao evocá-los constantemente e transgredi-los com moderação. A intensidade de sua participação em várias histórias e sua ausência em algumas ocorrem em oposição principalmente à atuação de Emília, personagem que se singulariza e agiganta-se ao longo da obra. Nesse contexto, Narizinho e suas virtudes parecem resquícios de uma tradição utilitarista de literatura para crianças, de caráter basicamente pedagógico, tendência esta que, no Brasil, Monteiro Lobato foi o primeiro a superar. |
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De protagonista a coadjuvante: o ônus das virtudes de NarizinhoLiteratura infantilPersonagensInfânciaEducaçãoA partir da análise de algumas das obras infantis de Monteiro Lobato, este artigo propõe uma reflexão sobre a mudança de status da personagem Narizinho na dinâmica de funcionamento do universo lobatiano. São focalizados aqui aspectos de sua trajetória de heroína dos textos reunidos em Reinações de Narizinho e sua transformação em coadjuvante nas aventuras e cenários posteriores, a partir da hipótese de que as concepções de infância, de gênero, bem como as demandas sociais e seus efeitos no mercado editorial da época teriam influenciado o autor na construção e desenvolvimento da personagem. A personagem Narizinho é a mais próxima dos adultos do Sítio e também a que mais legitima suas normas e valores, ao evocá-los constantemente e transgredi-los com moderação. A intensidade de sua participação em várias histórias e sua ausência em algumas ocorrem em oposição principalmente à atuação de Emília, personagem que se singulariza e agiganta-se ao longo da obra. Nesse contexto, Narizinho e suas virtudes parecem resquícios de uma tradição utilitarista de literatura para crianças, de caráter basicamente pedagógico, tendência esta que, no Brasil, Monteiro Lobato foi o primeiro a superar.CEDES - Centro de Estudos Educação e Sociedade2012-04-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-32622012000100004Cadernos CEDES v.32 n.86 2012reponame:Cadernos CEDESinstname:Centro de Estudos Educação e Sociedade (CEDES)instacron:CEDES10.1590/S0101-32622012000100004info:eu-repo/semantics/openAccessCantuária,Adriana Lechpor2012-12-13T00:00:00Zoai:scielo:S0101-32622012000100004Revistahttps://www.scielo.br/j/ccedes/https://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phprevistas.cedes@linceu.com.br||cedeseditoria@zeppelini.com.br1678-71100101-3262opendoar:2012-12-13T00:00Cadernos CEDES - Centro de Estudos Educação e Sociedade (CEDES)false |
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