Educação Integral com a infância e a juventude

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Azevedo Gouveia, Maria Julia
Data de Publicação: 2006
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Cadernos Cenpec
Texto Completo: http://cadernos.cenpec.org.br/cadernos/index.php/cadernos/article/view/128
Resumo: O texto trata da abrangência do tema educação integral. Para tanto, faz um recorte histórico que configura a infância como categoria social e público prioritário da educação, desde quando as crianças e adolescentes eram considerados objetos de propriedade dos adultos, até a Constituição Brasileira de 1988, que prevê as crianças como prioridade absoluta. Descreve o processo de valorização da criança entre os séculos XVI e XIX, que transitou da diversão aos cuidados de higiene e saúde com o corpo infantil; da educação, pela via das confrarias, à vida de rígida disciplina nos colégios. No Brasil, a infância ganhou maior visibilidade e interesse no final do século XIX, quando a criança passou a ser considerada um ser em desenvolvimento. A construção social da categoria infância só pode ser consolidada pelas práticas de uma instituição: a escola. Esta, porém, até a década de 1970, era destinada a um pequeno grupo da elite. Destaca que, em 1996, a LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional) prescreveu o aumento progressivo da jornada escolar para o regime de tempo integral, a critério dos sistemas de ensino e, ao mesmo tempo, indica o regime de escolas em tempo integral, assim como reconhece a existência e valoriza as experiências extra-escolares. Nos últimos anos, a sociedade brasileira começou a enxergar a educação como um caminho para garantir a educação pública de qualidade, capaz de contribuir para o desenvolvimento intelectual de cada criança, das comunidades e da sociedade como um todo. O texto conclui que, para trabalhar com a perspectiva da educação integral, a ação pedagógica deve considerar todas as dimensões humanas, que todos os envolvidos são sujeitos da aprendizagem (adultos e crianças) e os campos ético, estético e político como cenário e roteiro de aprendizagem. Assim, a educação integral é realizada por meio de uma equação político-pedagógica que, sustentada por esses princípios, articula sujeitos da aprendizagem, objetos de conhecimento, tempos e espaços.
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