Ambiência no cuidado integral e humanizado ao recém-nascido hospitalizado: a importância do projeto arquitetônico com olhar além do espaço físico

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Campelo, Thalita Lellice Morais
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional do UniCEUB
Texto Completo: https://repositorio.uniceub.br/jspui/handle/prefix/14404
Resumo: À medida que o paradigma do cuidado do paciente muda, é exigido que o espaço de saúde se adeque às novas práticas. Para isso, é importante estudar a rotina de um serviço de internação neonatal como forma de identificar fatores ambientais que possam contribuir para o desempenho no cuidado integral e humanizado ao recémnascido hospitalizado. Foi realizado um estudo documental de toda base legal relacionada ao tratamento dado ao recém-nascido (zero a vinte e oito dias de vida) durante a internação. Com isso, detectou-se a ausência de normativas atualizadas sobre o espaço físico de saúde que aborda a mudança de paradigmas implementados na Portaria Ministerial n° 930/2012. O levantamento mostrou aspectos relevantes que devem ser observados ao projetar um espaço físico de internação que permite promover a prática do cuidado progressivo neonatal, como forma de minimizar o estresse do paciente internado em um ambiente de alta e média complexidade, como a Unidade Neonatal. As análises das questões obtidas foram trabalhadas de maneira qualitativa por meio de estudo de caso na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) do Hospital Moinhos de Vento, localizado em Porto Alegre, no estado de Rio Grande do Sul. Como instrumento para coleta de dados, foram realizadas entrevistas com as famílias dos internados e com a equipe assistencial. Durante os dias em campo, foram registradas observações dos espaços destinados à UTIN, o layout de cada ambiente, marcando o vão entre os leitos, a variação de temperatura, a umidade relativa do ar e identificadas as fontes de ruídos mais críticas. Com relação ao espaço existente para cada leito, observouse que mais de 60% dos afastamentos entre eles não estavam dentro dos parâmetros da RDC 50/2002, impactando nos espaços destinados aos equipamentos e poltronas. Quanto à temperatura e à umidade relativa do ar, não houve discrepância da base legal para os índices conferidos, sendo consideradas normais e dentro do indicado na norma. Por outro lado, os níveis de ruídos analisados não atendem aos indicadores estabelecidos na legislação vigente, apresentando índices acima do aceitável até mesmo quando o ambiente está sem paciente e apenas com o ar condicionado ligado. Os resultados obtidos pela análise sugerem que o Hospital Moinho de Ventos possui cuidado progressivo neonatal, mas somente em serviço de terapia intensiva. Observou-se que se essa forma de cuidar fosse ampliada para as unidades de terapia intensiva e unidade de cuidados intermediários, ou seja, em formato de Unidade Neonatal, os pais se sentiriam mais seguros ao ver o RN sendo cuidado de forma integral e progressiva, uma vez que teriam um ambiente mais agradável.
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Com isso, detectou-se a ausência de normativas atualizadas sobre o espaço físico de saúde que aborda a mudança de paradigmas implementados na Portaria Ministerial n° 930/2012. O levantamento mostrou aspectos relevantes que devem ser observados ao projetar um espaço físico de internação que permite promover a prática do cuidado progressivo neonatal, como forma de minimizar o estresse do paciente internado em um ambiente de alta e média complexidade, como a Unidade Neonatal. As análises das questões obtidas foram trabalhadas de maneira qualitativa por meio de estudo de caso na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) do Hospital Moinhos de Vento, localizado em Porto Alegre, no estado de Rio Grande do Sul. Como instrumento para coleta de dados, foram realizadas entrevistas com as famílias dos internados e com a equipe assistencial. 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