Utilização de curativo com membrana hidrocoloide no tratamento de ferida após cirurgia de mastectomia: relato de caso

• Autor(a) principal: Segadilha, Laura Alemar Rossetti
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional do UniCEUB
• Texto Completo: https://repositorio.uniceub.br/jspui/handle/prefix/16346
• topic: Retalho cutâneo; Tumores de mama em cadelas; Cicatrização

A mastectomia é uma das cirurgias mais realizadas dentro da clínica cirúrgica de pequenos animais, sendo o método de escolha no tratamento de tumores de glândulas mamárias em cadelas. Por se tratar de um procedimento de ampla extensão, por vezes se faz necessário o uso de retalho cutâneo para o fechamento completo da ferida. Contudo, o retalho pode apresentar algumas complicações, como deiscência das bordas, formação de seroma e necrose tecidual, causadas por excesso de tensão nas bordas do tecido, contaminação ou infecção, e/ou suprimento sanguíneo inadequado. Quando estas ocorrem, o tecido desvitalizado deve ser retirado e outras técnicas de fechamento podem ser empregadas, como a realização de curativos que promovem cicatrização por segunda intenção. Tal técnica foi observada em uma cadela apresentando nódulos em glândulas mamárias, que foi submetida ao procedimento cirúrgico de mastectomia com realização de retalho cutâneo. Após necrose tecidual e contaminação do retalho, a paciente foi submetida a desbridamento do tecido acometido e tratamento com membrana hidrocolode. Esta se mostrou eficaz no tratamento por segunda intenção da ferida, conferindo boa resposta cicatricial e proteção contra traumas mecânicos, além de permitir a realização de trocas mais espaçadas e indolores, reduzindo o custo com materiais, o desconforto do animal durante as intervenções e a exposição da ferida ao ambiente contaminado, e ser oclusivo, permitindo seu uso em locais passíveis à contaminação por fezes e urina. Apesar das suas vantagens, seu uso ainda não é muito difundido na medicina veterinária quando comparado ao uso do curativo na medicina humana.