Gestantes Soropositivas ao HIV: Maternidade, Relações Conjugais e Ações da Psicologia
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Data de Publicação: | 2017 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
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Título da fonte: | Psicologia (Conselho Federal de Psicologia. Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-98932017000400981 |
Resumo: | Resumo: Mudanças no perfil da epidemia de HIV/Aids ampliaram discussões sobre condições materiais e subjetivas de vida e seu impacto como elemento estruturante da vulnerabilidade à contaminação. Neste contexto, estudar as relações de gênero e a submissão das mulheres aos parceiros é relevante para uma análise da vulnerabilidade entre elas. Este artigo apresenta resultados extraídos de estudo que analisou como mulheres, vulneráveis ao HIV pela própria relação de gênero, lidam com parceiros e com seus direitos reprodutivos. Realizaram-se entrevistas semiestruturadas com dez gestantes soropositivas ao HIV em atendimento pré-natal em ambulatório de ginecologia e obstetrícia especializado no atendimento a pacientes portadores de doenças infectocontagiosas, inserido em um hospital da rede pública de saúde no interior do estado de São Paulo que é considerado referência para a região em que residiam as participantes. Os resultados apontam dificuldades para a distribuição do poder nas relações de gênero como elemento estruturante da vulnerabilidade ao HIV. Entre as participantes, a maioria reconhece a si como vítima da ação de seus parceiros, culpando-os pelo contágio. Aponta-se a necessidade de reestruturar práticas de saúde no atendimento psicológico a mulheres soropositivas, considerando a necessidade de fortalecimento de recursos cognitivos/afetivos para o enfrentamento das vicissitudes do contágio e consequente ruptura com a naturalização como vítimas. Dentre as estratégias para fortalecimento destas mulheres estão: discussão da apropriação do processo do contágio; problematização do aceite tácito da pretensa superioridade masculina e das exigências do parceiro ou da família. O efeito da proposta é reconhecer a passividade feminina como elemento de vulnerabilidade das mulheres e fragilidade das práticas preventivas. |
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Gestantes Soropositivas ao HIV: Maternidade, Relações Conjugais e Ações da PsicologiaVulnerabilidade em SaúdeHIVMaternidadeResumo: Mudanças no perfil da epidemia de HIV/Aids ampliaram discussões sobre condições materiais e subjetivas de vida e seu impacto como elemento estruturante da vulnerabilidade à contaminação. Neste contexto, estudar as relações de gênero e a submissão das mulheres aos parceiros é relevante para uma análise da vulnerabilidade entre elas. Este artigo apresenta resultados extraídos de estudo que analisou como mulheres, vulneráveis ao HIV pela própria relação de gênero, lidam com parceiros e com seus direitos reprodutivos. Realizaram-se entrevistas semiestruturadas com dez gestantes soropositivas ao HIV em atendimento pré-natal em ambulatório de ginecologia e obstetrícia especializado no atendimento a pacientes portadores de doenças infectocontagiosas, inserido em um hospital da rede pública de saúde no interior do estado de São Paulo que é considerado referência para a região em que residiam as participantes. Os resultados apontam dificuldades para a distribuição do poder nas relações de gênero como elemento estruturante da vulnerabilidade ao HIV. Entre as participantes, a maioria reconhece a si como vítima da ação de seus parceiros, culpando-os pelo contágio. Aponta-se a necessidade de reestruturar práticas de saúde no atendimento psicológico a mulheres soropositivas, considerando a necessidade de fortalecimento de recursos cognitivos/afetivos para o enfrentamento das vicissitudes do contágio e consequente ruptura com a naturalização como vítimas. Dentre as estratégias para fortalecimento destas mulheres estão: discussão da apropriação do processo do contágio; problematização do aceite tácito da pretensa superioridade masculina e das exigências do parceiro ou da família. O efeito da proposta é reconhecer a passividade feminina como elemento de vulnerabilidade das mulheres e fragilidade das práticas preventivas.Conselho Federal de Psicologia2017-12-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-98932017000400981Psicologia: Ciência e Profissão v.37 n.4 2017reponame:Psicologia (Conselho Federal de Psicologia. Online)instname:Conselho Federal de Psicologia (CFP)instacron:CFP10.1590/1982-3703004522016info:eu-repo/semantics/openAccessBertagnoli,Marina Simões Flório FerreiraFigueiredo,Marco Antônio Castropor2017-12-21T00:00:00Zoai:scielo:S1414-98932017000400981Revistahttps://www.scielo.br/j/pcp/PUBhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phprevista@cfp.org.br1982-37031414-9893opendoar:2017-12-21T00:00Psicologia (Conselho Federal de Psicologia. Online) - Conselho Federal de Psicologia (CFP)false |
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