Representações Sociais do “Ser Indígena”: Uma Análise a Partir do Não Indígena

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Correia,Sílvia Barbosa
Data de Publicação: 2021
Outros Autores: Maia,Luciana Maria
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Psicologia (Conselho Federal de Psicologia. Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-98932021000100121
Resumo: Resumo O presente estudo trata-se de uma pesquisa de natureza qualitativa descritiva que teve como objetivo conhecer as representações sociais do “ser indígena”, considerando as imagens e significados compartilhados por não indígenas. Como fundamentação, utilizou-se a Teoria das Representações Sociais e referências da antropologia. Em relação ao método, participaram 38 pessoas não indígenas da cidade de Fortaleza, abordadas em locais públicos ou de convivência, que responderam aos seguintes instrumentos: Teste de Associação Livre de Palavras (TALP), entrevista semiestruturada e questionário sociodemográfico. Para análise das informações coletadas, foram tabelados os dados sociodemográficos e foi realizada uma análise do TALP, considerando a frequência dos termos evocados e a organização do conteúdo em cinco categorias temáticas: sujeito distinto, sujeito primitivo, sujeito de direito, sujeito excluído e sujeito valorizado. Para a análise do corpo textual das entrevistas, utilizou-se o software ATLAS TI, que permitiu, a partir da análise de trechos das entrevistas, a visualização de categorias, a criação de códigos e a elaboração de uma rede semântica, que auxiliou a interpretação dos resultados. As representações acerca do indígena estão ancoradas em um conhecimento prévio que lhe atribui uma condição de sujeito primitivo. A população não indígena, alienada em sua própria cultura, sem contato e experiências com indígenas, reproduz uma violência simbólica e cultural contra esses grupos étnicos. O conhecimento desmistifica os estereótipos e faz com que o indígena possa ser respeitado em sua cultura e, ao mesmo tempo, reconhecido como sujeito de direitos, como qualquer outro cidadão.
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