Ensaio sobre as relações horizontais: indagações sobre a função do outro

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Moschen,Simone Zanon
Data de Publicação: 2014
Outros Autores: Costa,Ana Maria Medeiros da
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Psicologia (Conselho Federal de Psicologia. Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-98932014000100015
Resumo: No texto Agressividade em Psicanálise (1948), Lacan vai percorrer os meandros da estruturação psíquica, partindo do Estádio do Espelho e da constituição do eu ideal como formação primeira a defender o sujeito do iminente despedaçamento corporal para ir rumo ao Édipo, estrutura ternária capaz de produzir uma fenda nessa imagem primordial totalizada, totalidade que, quando ameaçada, encontra por parte do sujeito uma resposta sempre agressiva. A constituição de um ideal do eu, fruto da passagem edípica, alerta-nos Lacan, tem uma função apaziguadora, capaz de inscrever a distância necessária a uma assunção afetiva do próximo. Paradoxalmente, é a inscrição de uma distância que torna possível a experiência da proximidade, sem que o sujeito se veja assolado por sentimentos de invasão e de aniquilamento. O presente trabalho tem como horizonte indagar o lugar do outro - como parceiro identificatório - tomando como fio dos questionamentos as possibilidades que o compartilhamento da vida pode trazer e o mal-estar que dele pode decantar. Trabalharemos com a proposta de que é no compartilhamento permitido pelo encontro com o semelhante que algo da perda, necessária à emergência do sujeito, ganha consistência, mesmo que transitória, o que dá às relações horizontais uma função que transcende a da rivalização imaginária
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