Psicoterapia e Luto: A Vivência de Mães Enlutadas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Michel,Luís Henrique Fuck
Data de Publicação: 2021
Outros Autores: Freitas,Joanneliese de Lucas
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Psicologia (Conselho Federal de Psicologia. Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-98932021000700101
Resumo: Resumo Pesquisas empíricas sobre psicoterapia ainda são escassas no Brasil. Uma das maneiras de melhor avaliar os processos psicoterapêuticos é por meio do relato dos pacientes. O processo psicoterápico de enlutados é pouco estudado, a despeito de sua demanda por psicoterapia. Não há, na literatura nacional, pesquisas que abordem especificamente a experiência de psicoterapia de mães enlutadas. O presente estudo se propõe a compreender como as mães vivenciam esse processo. Este é um estudo qualitativo, em que se utilizou o método fenomenológico. Foram entrevistadas quatro mães. As entrevistas tiveram início com a pergunta disparadora: “Você pode relatar a vivência de seu processo terapêutico durante o luto?”. Depois de transcritos, os relatos foram analisados a partir dos quatro passos metodológicos desenvolvidos por Giorgi. A análise das entrevistas revelou 18 elementos constituintes, que foram divididos em três eixos temáticos, a saber: relação terapeuta-paciente, possibilidades expressivas que emergem da relação psicoterápica e ressignificação. Concluiu-se que essa é uma vivência de uma relação particular estabelecida entre a mãe enlutada e o psicoterapeuta, da qual podem emergir possibilidades de ressignificação da sua relação com seus filhos falecidos, com seus familiares, com a morte e com a própria vida, desde que se sintam acolhidas, compreendidas e adquiram confiança para se expressarem livremente. Os dados nos levam a questionar se um projeto psicoterápico, livre de limites quanto aos temas abordados e em relação a objetivos prévios, poderia ser benéfico para pessoas enlutadas.
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