Parceria do Estado com ONGs/AIDS: crítica ao padrão emergente e intervenção social
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Data de Publicação: | 2013 |
Outros Autores: | , , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Journal of Health & Biological Sciences |
DOI: | 10.12662/2317-3076jhbs.v1i4.36.p160.2013 |
Texto Completo: | https://periodicos.unichristus.edu.br/jhbs/article/view/36 |
Resumo: | Introdução: A reforma do Estado, iniciada na década de 1990, repassa responsabilidades sociais para o setor público-não estatal, onde são alocadas diversas entidades do terceiro setor, como as Organizações Não Governamentais. Nesse contexto, analisam-se as concepções dos formuladores de políticas de saúde acerca das parcerias ONGs/Aids no Ceará, por meio de metodologia qualitativa. Métodos: A pesquisa ocorreu na Secretaria da Saúde do Estado do Ceará, SESA/Ce, em Fortaleza-Ceará, no período de janeiro a março de 2006. Foram realizadas entrevistas com três gestores estaduais: Coordenadora das políticas de saúde, Coordenadora das políticas de DST/Aids e representante do Secretário de Saúde do Estado. As entrevistas foram analisadas pela técnica da análise de discurso. Resultados: Os resultados indicam que os gestores consideram as parcerias com as ONGs/Aids imprescindíveis, pois o Estado tem deficiência de comunicação com os segmentos da sociedade considerados mais vulneráveis. Eles apontam a falta de preparação dos profissionais da Secretaria da Saúde para realizarem trabalho de prevenção e promoção junto a tais populações. Nesse caso, a participação das ONGs/Aids nas políticas de prevenção às DST/Aids tem caráter complementar e não substitutivo do papel do Estado. Na prática, porém, ficou evidente a transferência, não a complementaridade, e problemas na regulação pública das ações e recursos financeiros transferidos, pois a mesma é frágil e o monitoramento das atividades das ONGs, pelo Estado, seria insuficiente. Conclusão: Conclui-se que os formuladores percebem as deficiências estatais e preconizam a parceria com as ONGs como virtual solução para as problemáticas apontadas, se mantidas a lógica da complementaridade e a competência reguladora. |
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Parceria do Estado com ONGs/AIDS: crítica ao padrão emergente e intervenção socialSaúde ColetivaEstado; Políticas Públicas; Organizações não GovernamentaisIntrodução: A reforma do Estado, iniciada na década de 1990, repassa responsabilidades sociais para o setor público-não estatal, onde são alocadas diversas entidades do terceiro setor, como as Organizações Não Governamentais. Nesse contexto, analisam-se as concepções dos formuladores de políticas de saúde acerca das parcerias ONGs/Aids no Ceará, por meio de metodologia qualitativa. Métodos: A pesquisa ocorreu na Secretaria da Saúde do Estado do Ceará, SESA/Ce, em Fortaleza-Ceará, no período de janeiro a março de 2006. Foram realizadas entrevistas com três gestores estaduais: Coordenadora das políticas de saúde, Coordenadora das políticas de DST/Aids e representante do Secretário de Saúde do Estado. As entrevistas foram analisadas pela técnica da análise de discurso. Resultados: Os resultados indicam que os gestores consideram as parcerias com as ONGs/Aids imprescindíveis, pois o Estado tem deficiência de comunicação com os segmentos da sociedade considerados mais vulneráveis. Eles apontam a falta de preparação dos profissionais da Secretaria da Saúde para realizarem trabalho de prevenção e promoção junto a tais populações. Nesse caso, a participação das ONGs/Aids nas políticas de prevenção às DST/Aids tem caráter complementar e não substitutivo do papel do Estado. Na prática, porém, ficou evidente a transferência, não a complementaridade, e problemas na regulação pública das ações e recursos financeiros transferidos, pois a mesma é frágil e o monitoramento das atividades das ONGs, pelo Estado, seria insuficiente. Conclusão: Conclui-se que os formuladores percebem as deficiências estatais e preconizam a parceria com as ONGs como virtual solução para as problemáticas apontadas, se mantidas a lógica da complementaridade e a competência reguladora.Instituto para o Desenvolvimento da EducacaoCAPES- Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de nível SuperiorGomes, Valéria BastosCoelho Sampaio, José JacksonRuiz, Erasmo MiessaBleicher, TaísFerreira, Heraldo SimõesLeitão Araújo, Frederico Emmanuelde Farias, Mariana Ramaho2013-12-19info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionAvaliado por ParesPeer ReviewRevisado por paresapplication/pdfhttps://periodicos.unichristus.edu.br/jhbs/article/view/3610.12662/2317-3076jhbs.v1i4.36.p160.2013Journal of Health & Biological Sciences; v. 1, n. 4 (2013): Journal of Health & Biological Sciences; 160Journal of Health & Biological Sciences; v. 1, n. 4 (2013): Journal of Health & Biological Sciences; 160Journal of Health and Biological Sciences; v. 1, n. 4 (2013): Journal of Health & Biological Sciences; 1602317-30762317-308410.12662/2317-3076jhbs.v1i4.2013reponame:Journal of Health & Biological Sciencesinstname:Centro Universitário Christus (Unichristus)instacron:CHRISTUSporhttps://periodicos.unichristus.edu.br/jhbs/article/view/36/35América do SulAmostra por conveniênciaDireitos autorais 2016 Journal of Health & Biological Scienceshttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0info:eu-repo/semantics/openAccess2017-06-30T21:23:27Zoai:ojs.unichristus.emnuvens.com.br:article/36Revistahttps://periodicos.unichristus.edu.br/jhbs/indexPRIhttps://periodicos.unichristus.edu.br/jhbs/oaisecretaria.jhbs@unichristus.edu.br || editor.jhbs@fchristus.edu.br2317-30762317-3084opendoar:2023-01-13T09:47:34.645680Journal of Health & Biological Sciences - Centro Universitário Christus (Unichristus)true |
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