Abóbora ou Jerimum? Um Estudo Semântico Lexical
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2019 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | RELACult - Revista Latino-Americana de Estudos em Cultura e Sociedade |
Texto Completo: | http://periodicos.claec.org/index.php/relacult/article/view/1629 |
Resumo: | Este trabalho de natureza geossociolingüística tem por objetivo investigar, no nível semântico-lexical, o léxico que abrange a questão 32 do questionário fonético-fonológico (QFF) do Projeto Atlas Linguístico do Maranhão do Maranhão. (ALiMA). “Aquele que cede no chão, grande (imita), com uma espessa e amarelada cor vermelha no interior e é cozido para comer, fazer doces? Este estudo justifica-se em vista dessa cucurbitácea, já cultivada por os portugueses durante o século XVI e conhecidos como menina, da Quaresma, porqueira, chilaougila (cf. CASCUDO, s / d.), ocupam um lugar no topo do menu habitual do Brasil, sendo utilizados no preparo de diversos pratos, como doces ( polpas em xaropes, marmeladas e queijadinhas), papas, sopas e guisados, além do uso de suas sementes como um tipo de lanche. Tudo isso é resultado do colono português. Para realizar o estudo, foi necessário um estudo bibliográfico. Pesquisa nas seguintes áreas do conhecimento: lexicologia, geossociolinguística, linguagem e cultura. A pesquisa de corpus, formada pelas respostas de 20 sujeitos de quatro áreas do Maranhão - São Luís, Pinheiro, Araioses e Brejo - selecionados por idade, sexo, escolaridade e local de nascimento, foi obtida a partir do banco de dados do Projeto ALIMA. Em suma, a pesquisa abrange as seguintes etapas: pesquisa bibliográfica, seleção de corpus e análise de dados. Como referencial teórico, buscou-se os trabalhos de Fiorin (2008), Ferreira (2007), Ilari (2008), Tarallo (1986), Câmara Júnior (1972), Oliveira (2001) e Cascudo (s / d.) . Os trabalhos enfocam questões relacionadas ao léxico, às relações linguísticas e culturais e às denominações de abóbora / abóbora. Os resultados mostram a utilização, dentro do estado do Maranhão, das duas variações mais comuns no país: abóbora (e sua variante fonética - abóbra) de origem portuguesa e jerimum (sua variante fonética - jirimum) de origem indígena. Portanto, confirma-se no Maranhão o que Cascudo (s / d.) Postulou: abóbora e jerimum arnossônimos na maior parte do Brasil, especialmente nas regiões Norte e Nordeste, o que significa que não há mais diferença em relação ao aspecto das cucurbitáceas. A saber, a designação foi utilizada antes para as cucurbitáceas redondas e globulares maiores que os jerimuns, e jerimum para os diversos aspectos de formas longas, cilíndricas e redondas. Ainda segundo Cascudo (s / d.), A abóbora é a denominação característica do sul, enquanto o jerimum é o favorito no norte. Este trabalho visa contribuir para a descrição do português brasileiro em particular, a variedade falada no Maranhão. |
id |
CLAEC-1_3608fa7884812fe7ee3404fc2f63c894 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:ojs.pkp.sfu.ca:article/1629 |
network_acronym_str |
CLAEC-1 |
network_name_str |
RELACult - Revista Latino-Americana de Estudos em Cultura e Sociedade |
repository_id_str |
|
spelling |
Abóbora ou Jerimum? Um Estudo Semântico LexicalAbóboraJerimumLéxico.Este trabalho de natureza geossociolingüística tem por objetivo investigar, no nível semântico-lexical, o léxico que abrange a questão 32 do questionário fonético-fonológico (QFF) do Projeto Atlas Linguístico do Maranhão do Maranhão. (ALiMA). “Aquele que cede no chão, grande (imita), com uma espessa e amarelada cor vermelha no interior e é cozido para comer, fazer doces? Este estudo justifica-se em vista dessa cucurbitácea, já cultivada por os portugueses durante o século XVI e conhecidos como menina, da Quaresma, porqueira, chilaougila (cf. CASCUDO, s / d.), ocupam um lugar no topo do menu habitual do Brasil, sendo utilizados no preparo de diversos pratos, como doces ( polpas em xaropes, marmeladas e queijadinhas), papas, sopas e guisados, além do uso de suas sementes como um tipo de lanche. Tudo isso é resultado do colono português. Para realizar o estudo, foi necessário um estudo bibliográfico. Pesquisa nas seguintes áreas do conhecimento: lexicologia, geossociolinguística, linguagem e cultura. A pesquisa de corpus, formada pelas respostas de 20 sujeitos de quatro áreas do Maranhão - São Luís, Pinheiro, Araioses e Brejo - selecionados por idade, sexo, escolaridade e local de nascimento, foi obtida a partir do banco de dados do Projeto ALIMA. Em suma, a pesquisa abrange as seguintes etapas: pesquisa bibliográfica, seleção de corpus e análise de dados. Como referencial teórico, buscou-se os trabalhos de Fiorin (2008), Ferreira (2007), Ilari (2008), Tarallo (1986), Câmara Júnior (1972), Oliveira (2001) e Cascudo (s / d.) . Os trabalhos enfocam questões relacionadas ao léxico, às relações linguísticas e culturais e às denominações de abóbora / abóbora. Os resultados mostram a utilização, dentro do estado do Maranhão, das duas variações mais comuns no país: abóbora (e sua variante fonética - abóbra) de origem portuguesa e jerimum (sua variante fonética - jirimum) de origem indígena. Portanto, confirma-se no Maranhão o que Cascudo (s / d.) Postulou: abóbora e jerimum arnossônimos na maior parte do Brasil, especialmente nas regiões Norte e Nordeste, o que significa que não há mais diferença em relação ao aspecto das cucurbitáceas. A saber, a designação foi utilizada antes para as cucurbitáceas redondas e globulares maiores que os jerimuns, e jerimum para os diversos aspectos de formas longas, cilíndricas e redondas. Ainda segundo Cascudo (s / d.), A abóbora é a denominação característica do sul, enquanto o jerimum é o favorito no norte. Este trabalho visa contribuir para a descrição do português brasileiro em particular, a variedade falada no Maranhão.Editora CLAEC - Centro Latino-Americano de Estudos em Cultura2019-09-26info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttp://periodicos.claec.org/index.php/relacult/article/view/162910.23899/relacult.v5i2.1629RELACult - Revista Latino-Americana de Estudos em Cultura e Sociedade; v. 5 n. 2 (2019)2525-787010.23899/relacult.v5i2reponame:RELACult - Revista Latino-Americana de Estudos em Cultura e Sociedadeinstname:Centro Latino-Americano de Estudos em Cultura (CLAEC)instacron:CLAECporhttp://periodicos.claec.org/index.php/relacult/article/view/1629/1102Copyright (c) 2019 Gilvan Santos Gonçalves, Maria José Neloinfo:eu-repo/semantics/openAccessNelo, Maria JoséQueiroz, Nayara da SilvaGonçalves, Gilvan Santos2020-10-25T19:55:05Zoai:ojs.pkp.sfu.ca:article/1629Revistahttp://periodicos.claec.org/index.php/relacult/indexONGhttp://periodicos.claec.org/index.php/relacult/oairelacult@claec.org || periodicos@claec.org2525-78702525-7870opendoar:2020-10-25T19:55:05RELACult - Revista Latino-Americana de Estudos em Cultura e Sociedade - Centro Latino-Americano de Estudos em Cultura (CLAEC)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Abóbora ou Jerimum? Um Estudo Semântico Lexical |
title |
Abóbora ou Jerimum? Um Estudo Semântico Lexical |
spellingShingle |
Abóbora ou Jerimum? Um Estudo Semântico Lexical Nelo, Maria José Abóbora Jerimum Léxico. |
title_short |
Abóbora ou Jerimum? Um Estudo Semântico Lexical |
title_full |
Abóbora ou Jerimum? Um Estudo Semântico Lexical |
title_fullStr |
Abóbora ou Jerimum? Um Estudo Semântico Lexical |
title_full_unstemmed |
Abóbora ou Jerimum? Um Estudo Semântico Lexical |
title_sort |
Abóbora ou Jerimum? Um Estudo Semântico Lexical |
author |
Nelo, Maria José |
author_facet |
Nelo, Maria José Queiroz, Nayara da Silva Gonçalves, Gilvan Santos |
author_role |
author |
author2 |
Queiroz, Nayara da Silva Gonçalves, Gilvan Santos |
author2_role |
author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Nelo, Maria José Queiroz, Nayara da Silva Gonçalves, Gilvan Santos |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Abóbora Jerimum Léxico. |
topic |
Abóbora Jerimum Léxico. |
description |
Este trabalho de natureza geossociolingüística tem por objetivo investigar, no nível semântico-lexical, o léxico que abrange a questão 32 do questionário fonético-fonológico (QFF) do Projeto Atlas Linguístico do Maranhão do Maranhão. (ALiMA). “Aquele que cede no chão, grande (imita), com uma espessa e amarelada cor vermelha no interior e é cozido para comer, fazer doces? Este estudo justifica-se em vista dessa cucurbitácea, já cultivada por os portugueses durante o século XVI e conhecidos como menina, da Quaresma, porqueira, chilaougila (cf. CASCUDO, s / d.), ocupam um lugar no topo do menu habitual do Brasil, sendo utilizados no preparo de diversos pratos, como doces ( polpas em xaropes, marmeladas e queijadinhas), papas, sopas e guisados, além do uso de suas sementes como um tipo de lanche. Tudo isso é resultado do colono português. Para realizar o estudo, foi necessário um estudo bibliográfico. Pesquisa nas seguintes áreas do conhecimento: lexicologia, geossociolinguística, linguagem e cultura. A pesquisa de corpus, formada pelas respostas de 20 sujeitos de quatro áreas do Maranhão - São Luís, Pinheiro, Araioses e Brejo - selecionados por idade, sexo, escolaridade e local de nascimento, foi obtida a partir do banco de dados do Projeto ALIMA. Em suma, a pesquisa abrange as seguintes etapas: pesquisa bibliográfica, seleção de corpus e análise de dados. Como referencial teórico, buscou-se os trabalhos de Fiorin (2008), Ferreira (2007), Ilari (2008), Tarallo (1986), Câmara Júnior (1972), Oliveira (2001) e Cascudo (s / d.) . Os trabalhos enfocam questões relacionadas ao léxico, às relações linguísticas e culturais e às denominações de abóbora / abóbora. Os resultados mostram a utilização, dentro do estado do Maranhão, das duas variações mais comuns no país: abóbora (e sua variante fonética - abóbra) de origem portuguesa e jerimum (sua variante fonética - jirimum) de origem indígena. Portanto, confirma-se no Maranhão o que Cascudo (s / d.) Postulou: abóbora e jerimum arnossônimos na maior parte do Brasil, especialmente nas regiões Norte e Nordeste, o que significa que não há mais diferença em relação ao aspecto das cucurbitáceas. A saber, a designação foi utilizada antes para as cucurbitáceas redondas e globulares maiores que os jerimuns, e jerimum para os diversos aspectos de formas longas, cilíndricas e redondas. Ainda segundo Cascudo (s / d.), A abóbora é a denominação característica do sul, enquanto o jerimum é o favorito no norte. Este trabalho visa contribuir para a descrição do português brasileiro em particular, a variedade falada no Maranhão. |
publishDate |
2019 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2019-09-26 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://periodicos.claec.org/index.php/relacult/article/view/1629 10.23899/relacult.v5i2.1629 |
url |
http://periodicos.claec.org/index.php/relacult/article/view/1629 |
identifier_str_mv |
10.23899/relacult.v5i2.1629 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
http://periodicos.claec.org/index.php/relacult/article/view/1629/1102 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Copyright (c) 2019 Gilvan Santos Gonçalves, Maria José Nelo info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
Copyright (c) 2019 Gilvan Santos Gonçalves, Maria José Nelo |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Editora CLAEC - Centro Latino-Americano de Estudos em Cultura |
publisher.none.fl_str_mv |
Editora CLAEC - Centro Latino-Americano de Estudos em Cultura |
dc.source.none.fl_str_mv |
RELACult - Revista Latino-Americana de Estudos em Cultura e Sociedade; v. 5 n. 2 (2019) 2525-7870 10.23899/relacult.v5i2 reponame:RELACult - Revista Latino-Americana de Estudos em Cultura e Sociedade instname:Centro Latino-Americano de Estudos em Cultura (CLAEC) instacron:CLAEC |
instname_str |
Centro Latino-Americano de Estudos em Cultura (CLAEC) |
instacron_str |
CLAEC |
institution |
CLAEC |
reponame_str |
RELACult - Revista Latino-Americana de Estudos em Cultura e Sociedade |
collection |
RELACult - Revista Latino-Americana de Estudos em Cultura e Sociedade |
repository.name.fl_str_mv |
RELACult - Revista Latino-Americana de Estudos em Cultura e Sociedade - Centro Latino-Americano de Estudos em Cultura (CLAEC) |
repository.mail.fl_str_mv |
relacult@claec.org || periodicos@claec.org |
_version_ |
1808042492001517568 |