As representações femininas na obra Desonra de J.M. Coetzee

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Jardim, Alyne Sousa
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: RELACult - Revista Latino-Americana de Estudos em Cultura e Sociedade
Texto Completo: http://periodicos.claec.org/index.php/relacult/article/view/1557
Resumo: Este trabalho pretende analisar a representação da condição feminina no romance sul-africano Desonra (1999) do escritor J.M. Coetzee. Traduzido por José Rubens Siqueira e publicado pela editora Companhia das Letras. O romance retrata como pano de fundo, o contexto social pós-colonial na África do Sul e a perda da hegemonia branca. Especificamente o período pós-apartheid marcado por intensos conflitos inter-raciais, sociopolíticos e o medo advindo de duras leis segregacionistas e longos anos de dominação colonial. Período em que foram ceifadas riquezas naturais, culturais, e até mesmo os corpos e vidas dos Sul Africanos. Metaforicamente, a dominação dos corpos femininos corresponde ao ato de colonizar a terra, possuí-la. A obra revisita os acontecimentos históricos, denuncia a violência contra povos nativos e as disputas por território por um viés pouco aprofundado pelas Literaturas pós-coloniais. Através da visão e ação do protagonista David Lurie enfatiza a mudança de posições sociais e inversão de poder que ocorreram nesse período. Explorou o medo sentido em relação à violência do revide histórico, sentiu-se deslocado sem alternativas. Coetzee trabalha todos estes tópicos literariamente para alcançar uma maior ressonância artística. A análise teórica do estudo partirá dos conceitos sobre dominação feminina discutidos por Bourdieu (2002), estudos pós-coloniais e resistência discutidos por Bonnici (2012), Fanon(1968) e Bhabha (2003).   Esta abordagem promove um constante diálogo entre a cultura e o imperialismo para a compreensão de aspectos políticos e culturais em momentos de descolonização com o intuito de favorecer os marginalizados e oprimidos resgatando sua história, sua autonomia, além de promover uma abertura  democrática do debate acadêmico.
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