Fronteiras em Movimento: o Oeste nos Estados Unidos e no Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Fiuza, Wagner Henrique Neres
Data de Publicação: 2017
Outros Autores: Olinto, Beatriz Anselmo
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: RELACult - Revista Latino-Americana de Estudos em Cultura e Sociedade
Texto Completo: http://periodicos.claec.org/index.php/relacult/article/view/530
Resumo: A construção de estados nacionais na América pode ser visualizada por distintos movimentos políticos, culturais e socioeconômicos. Diferentes intelectuais, em diferentes países, buscaram formulações teóricas para explicar seu passado e ensejar políticas de territorialização e legitimação do nacional. Neste sentido, o texto compara o conceito de fronteira aberta, desenvolvido por Frederick Jackson Turner em 1893, ao conceito de fronteiras guaranis de José de Melo e Silva, publicado em 1939. Entende-se que conceitos podem ser apropriados em contextos geográficos e temporais diferentes, resultando em propostas diferenciadas da construção de identidades nacionais e representações de fronteira. Entende-se que demarcar fronteiras significa estabelecer representações do outro e erigir regiões. Neste caso, tanto os Estados Unidos rumo ao Pacífico quanto o Brasil nação em relação ao país vizinho Paraguai, em que Melo e Silva buscava combater a fronteira aberta e demarca-la na construção da brasilidade em oposição ao outro indígena sul-americano. Tais fronteiras desvelam relações de poder que instauram processos de crença e di-visão do mundo social.
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