Afroindigenismo por Escrito na Amazônia
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | RELACult - Revista Latino-Americana de Estudos em Cultura e Sociedade |
Texto Completo: | http://periodicos.claec.org/index.php/relacult/article/view/645 |
Resumo: | Tomando por base a produção literária da poetisa e romancista marajoara Sylvia Helena Tocantins, cruzando com a historiografia brasileira e amazônica sob a perspectiva teórica dos Estudos Pós-Coloniais e Decoloniais, o texto analisa circuitos da presença indígenas, africana e afroindígena na Amazônia Marajoara nas últimas décadas e em exemplificações com os tempos coloniais. Nessas zonas de contato, desvendam-se saberes, fazeres, crenças, costumes, tradições e formas de luta de populações de tradições orais historicamente invisibilizadas ou esteriotipadas pelo poder das escritas colonialistas. Ciente das especificidades e fronteiras porosas existentes entre os campos da literatura e da história, a comunicação procura cotejada e cruzar a narrativa literária com outras narrativas de cronistas, viajantes, historiadores e antropólogos para apreender sinais da história e cultura indígena, africana e afroindígena na região. Nesses escritos, acompanham-se experiências de homens e mulheres de matrizes indígenas e africanas que se esparramaram, apropriaram-se, ressignificaram e compartilharam afeto e táticas para driblar a colonialidade de seus corpos, cosmovisões e sentidos. Deste modo, entre os tempos coloniais e os tempos contemporâneos, histórias, trajetórias e imaginários das culturas indígenas e africanas persistiram, resistiram, sofreram baixas e reinventaram-se nas fronteiras amazônicas. Finalmente, as informações reunidas e trabalhadas acerca da vida e obra de Sylvia Helena Tocantins, em simbiose com diferentes outras escritas, permitiram exercitar práticas de “desobediência epistêmica” para captar o afroindigenismo como postura criativa e problematizadora de essencialismos étnicos que, muitas vezes, negam a interculturalidade dos encontros culturais em territórios da diferença colonial. |
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