Rosário da Concórdia: Vieira e os fundamentos místicos da paz social

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Luz, Guilherme Amaral
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Pesquisa Histórica
Texto Completo: https://periodicos.ufpe.br/revistas/revistaclio/article/view/24146
Resumo: Resumo: A escravidão africana na América portuguesa ou, mais especificamente, a concepção jesuítica sobre sua legitimidade ou não, é um assunto sobre o qual a historiografia brasileira é riquíssima em mal entendidos. Seja pelo viés de uma suposta contradição entre escravidão e cristianismo, da postulação (mais ou menos explícita) de uma hipocrisia da Igreja ou da predominância do pragmatismo econômico sobre a universalidade cristã no “pensamento jesuítico”; tais abordagens pouco têm se atentado para o exercício retórico que busca compreender o escravismo no interior da história cristã, conforme os preceitos teológicopolíticos assumidos pelos inacianos. Pois os sermões de Vieira sobre a questão, todos eles devotados a Nossa Senhora do Rosário, são, ao mesmo tempo, fontes desses mal entendidos e materiais em potência para sua dissolução. Nesta apresentação, buscaremos mostrar que a concepção de Vieira sobre o cativeiro africano não se isola da história profética de Portugal como Estado providencialmente destinado a promover o retorno do mundo à primavera dos tempos. Nessa chave de leitura, afinada com a teleologia profética de Vieira, a devoção ao Rosário fornecerá uma gramática de signos a serviço da compreensão alegórico-misteriosa do enigma da escravidão.   Palavras Chaves: Antônio Vieira; Escravidão; Rosário
id CLIO-0_5f1a8ba8aacdd3737c1012d52764d3e6
oai_identifier_str oai:oai.periodicos.ufpe.br:article/24146
network_acronym_str CLIO-0
network_name_str Revista Pesquisa Histórica
spelling Rosário da Concórdia: Vieira e os fundamentos místicos da paz socialResumo: A escravidão africana na América portuguesa ou, mais especificamente, a concepção jesuítica sobre sua legitimidade ou não, é um assunto sobre o qual a historiografia brasileira é riquíssima em mal entendidos. Seja pelo viés de uma suposta contradição entre escravidão e cristianismo, da postulação (mais ou menos explícita) de uma hipocrisia da Igreja ou da predominância do pragmatismo econômico sobre a universalidade cristã no “pensamento jesuítico”; tais abordagens pouco têm se atentado para o exercício retórico que busca compreender o escravismo no interior da história cristã, conforme os preceitos teológicopolíticos assumidos pelos inacianos. Pois os sermões de Vieira sobre a questão, todos eles devotados a Nossa Senhora do Rosário, são, ao mesmo tempo, fontes desses mal entendidos e materiais em potência para sua dissolução. Nesta apresentação, buscaremos mostrar que a concepção de Vieira sobre o cativeiro africano não se isola da história profética de Portugal como Estado providencialmente destinado a promover o retorno do mundo à primavera dos tempos. Nessa chave de leitura, afinada com a teleologia profética de Vieira, a devoção ao Rosário fornecerá uma gramática de signos a serviço da compreensão alegórico-misteriosa do enigma da escravidão.   Palavras Chaves: Antônio Vieira; Escravidão; RosárioCLIO: Historical Research JournalCLIO: Revista de Investigación HistóricaCLIO (Recife. Online)Luz, Guilherme Amaral2010-03-24info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://periodicos.ufpe.br/revistas/revistaclio/article/view/24146CLIO: Historical Research Journal; n. 27.2: Julho-Dezembro de 2009. Dossiê: Estudos Jesuíticos. Parte 2.CLIO: Revista de Investigación Histórica; n. 27.2: Julho-Dezembro de 2009. Dossiê: Estudos Jesuíticos. Parte 2.CLIO (Recife. Online); n. 27.2: Julho-Dezembro de 2009. Dossiê: Estudos Jesuíticos. Parte 2.2525-56490102-4736reponame:Revista Pesquisa Históricainstname:Universidade Federal de Pernambucoinstacron:CLIOporhttps://periodicos.ufpe.br/revistas/revistaclio/article/view/24146/19587Direitos autorais 2018 .https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0info:eu-repo/semantics/openAccess2019-10-21T09:39:20Zmail@mail.com -
dc.title.none.fl_str_mv Rosário da Concórdia: Vieira e os fundamentos místicos da paz social
title Rosário da Concórdia: Vieira e os fundamentos místicos da paz social
spellingShingle Rosário da Concórdia: Vieira e os fundamentos místicos da paz social
Luz, Guilherme Amaral
title_short Rosário da Concórdia: Vieira e os fundamentos místicos da paz social
title_full Rosário da Concórdia: Vieira e os fundamentos místicos da paz social
title_fullStr Rosário da Concórdia: Vieira e os fundamentos místicos da paz social
title_full_unstemmed Rosário da Concórdia: Vieira e os fundamentos místicos da paz social
title_sort Rosário da Concórdia: Vieira e os fundamentos místicos da paz social
author Luz, Guilherme Amaral
author_facet Luz, Guilherme Amaral
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv
dc.contributor.author.fl_str_mv Luz, Guilherme Amaral
dc.description.none.fl_txt_mv Resumo: A escravidão africana na América portuguesa ou, mais especificamente, a concepção jesuítica sobre sua legitimidade ou não, é um assunto sobre o qual a historiografia brasileira é riquíssima em mal entendidos. Seja pelo viés de uma suposta contradição entre escravidão e cristianismo, da postulação (mais ou menos explícita) de uma hipocrisia da Igreja ou da predominância do pragmatismo econômico sobre a universalidade cristã no “pensamento jesuítico”; tais abordagens pouco têm se atentado para o exercício retórico que busca compreender o escravismo no interior da história cristã, conforme os preceitos teológicopolíticos assumidos pelos inacianos. Pois os sermões de Vieira sobre a questão, todos eles devotados a Nossa Senhora do Rosário, são, ao mesmo tempo, fontes desses mal entendidos e materiais em potência para sua dissolução. Nesta apresentação, buscaremos mostrar que a concepção de Vieira sobre o cativeiro africano não se isola da história profética de Portugal como Estado providencialmente destinado a promover o retorno do mundo à primavera dos tempos. Nessa chave de leitura, afinada com a teleologia profética de Vieira, a devoção ao Rosário fornecerá uma gramática de signos a serviço da compreensão alegórico-misteriosa do enigma da escravidão.   Palavras Chaves: Antônio Vieira; Escravidão; Rosário
description Resumo: A escravidão africana na América portuguesa ou, mais especificamente, a concepção jesuítica sobre sua legitimidade ou não, é um assunto sobre o qual a historiografia brasileira é riquíssima em mal entendidos. Seja pelo viés de uma suposta contradição entre escravidão e cristianismo, da postulação (mais ou menos explícita) de uma hipocrisia da Igreja ou da predominância do pragmatismo econômico sobre a universalidade cristã no “pensamento jesuítico”; tais abordagens pouco têm se atentado para o exercício retórico que busca compreender o escravismo no interior da história cristã, conforme os preceitos teológicopolíticos assumidos pelos inacianos. Pois os sermões de Vieira sobre a questão, todos eles devotados a Nossa Senhora do Rosário, são, ao mesmo tempo, fontes desses mal entendidos e materiais em potência para sua dissolução. Nesta apresentação, buscaremos mostrar que a concepção de Vieira sobre o cativeiro africano não se isola da história profética de Portugal como Estado providencialmente destinado a promover o retorno do mundo à primavera dos tempos. Nessa chave de leitura, afinada com a teleologia profética de Vieira, a devoção ao Rosário fornecerá uma gramática de signos a serviço da compreensão alegórico-misteriosa do enigma da escravidão.   Palavras Chaves: Antônio Vieira; Escravidão; Rosário
publishDate 2010
dc.date.none.fl_str_mv 2010-03-24
dc.type.none.fl_str_mv
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://periodicos.ufpe.br/revistas/revistaclio/article/view/24146
url https://periodicos.ufpe.br/revistas/revistaclio/article/view/24146
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv https://periodicos.ufpe.br/revistas/revistaclio/article/view/24146/19587
dc.rights.driver.fl_str_mv Direitos autorais 2018 .
https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Direitos autorais 2018 .
https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv CLIO: Historical Research Journal
CLIO: Revista de Investigación Histórica
CLIO (Recife. Online)
publisher.none.fl_str_mv CLIO: Historical Research Journal
CLIO: Revista de Investigación Histórica
CLIO (Recife. Online)
dc.source.none.fl_str_mv CLIO: Historical Research Journal; n. 27.2: Julho-Dezembro de 2009. Dossiê: Estudos Jesuíticos. Parte 2.
CLIO: Revista de Investigación Histórica; n. 27.2: Julho-Dezembro de 2009. Dossiê: Estudos Jesuíticos. Parte 2.
CLIO (Recife. Online); n. 27.2: Julho-Dezembro de 2009. Dossiê: Estudos Jesuíticos. Parte 2.
2525-5649
0102-4736
reponame:Revista Pesquisa Histórica
instname:Universidade Federal de Pernambuco
instacron:CLIO
reponame_str Revista Pesquisa Histórica
collection Revista Pesquisa Histórica
instname_str Universidade Federal de Pernambuco
instacron_str CLIO
institution CLIO
repository.name.fl_str_mv -
repository.mail.fl_str_mv mail@mail.com
_version_ 1648261845029486593