As partes e gentes da África na obra de Padre Antônio Vieira: a construção da figura literária e a idéia do Quinto Império
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2010 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Pesquisa Histórica |
Texto Completo: | https://periodicos.ufpe.br/revistas/revistaclio/article/view/24147 |
Resumo: | Resumo: A proposta deste artigo é apontar o debate em torno das categorias das partes e gentes do mundo na obra do Padre Antônio Vieira, tendo em vista o projeto do Quinto Império e qual o espaço que África e os escravos negros no Brasil tomaram nesse projeto. Para tanto, contudo, é interessante traçar como a questão da escravidão negra foi vista pela historiografia e crítica literária brasileira, em especial, acompanhando a construção da figura literária e histórica de Vieira desde finais no século XIX. A partir da retomada desse percurso, pode-se identificar melhor as camadas que foram sendo depositadas e atribuídas ao jesuíta que edificaram descrições ora positivas ora negativas, mediadas por idéias de nação, pátria, progresso, civilização e humanidade. Menos do que propor uma leitura esterilizada de qualquer parcialidade, retraçar um percurso da recepção da obra vieirense nos dois séculos passados permite contornar (falsos) problemas sobre a “modernidade” ou não de Vieira e repensar as abordagens sobre sua produção dando atenção a outras “gramáticas”, reconstruídas a partir de elementos coevos e preocupadas com outros problemas. Palavras-chave: Padre Antônio Vieira; Historiografia Literária; Escravos; África; Quinto Império |
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As partes e gentes da África na obra de Padre Antônio Vieira: a construção da figura literária e a idéia do Quinto ImpérioResumo: A proposta deste artigo é apontar o debate em torno das categorias das partes e gentes do mundo na obra do Padre Antônio Vieira, tendo em vista o projeto do Quinto Império e qual o espaço que África e os escravos negros no Brasil tomaram nesse projeto. Para tanto, contudo, é interessante traçar como a questão da escravidão negra foi vista pela historiografia e crítica literária brasileira, em especial, acompanhando a construção da figura literária e histórica de Vieira desde finais no século XIX. A partir da retomada desse percurso, pode-se identificar melhor as camadas que foram sendo depositadas e atribuídas ao jesuíta que edificaram descrições ora positivas ora negativas, mediadas por idéias de nação, pátria, progresso, civilização e humanidade. Menos do que propor uma leitura esterilizada de qualquer parcialidade, retraçar um percurso da recepção da obra vieirense nos dois séculos passados permite contornar (falsos) problemas sobre a “modernidade” ou não de Vieira e repensar as abordagens sobre sua produção dando atenção a outras “gramáticas”, reconstruídas a partir de elementos coevos e preocupadas com outros problemas. Palavras-chave: Padre Antônio Vieira; Historiografia Literária; Escravos; África; Quinto ImpérioCLIO: Historical Research JournalCLIO: Revista de Investigación HistóricaCLIO (Recife. Online)Lima, Luís Filipe Silvério2010-03-24info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://periodicos.ufpe.br/revistas/revistaclio/article/view/24147CLIO: Historical Research Journal; n. 27.2: Julho-Dezembro de 2009. Dossiê: Estudos Jesuíticos. Parte 2.CLIO: Revista de Investigación Histórica; n. 27.2: Julho-Dezembro de 2009. Dossiê: Estudos Jesuíticos. Parte 2.CLIO (Recife. Online); n. 27.2: Julho-Dezembro de 2009. Dossiê: Estudos Jesuíticos. Parte 2.2525-56490102-4736reponame:Revista Pesquisa Históricainstname:Universidade Federal de Pernambucoinstacron:CLIOporhttps://periodicos.ufpe.br/revistas/revistaclio/article/view/24147/19588Direitos autorais 2018 .https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0info:eu-repo/semantics/openAccess2019-10-21T09:38:07Zmail@mail.com - |
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Resumo: A proposta deste artigo é apontar o debate em torno das categorias das partes e gentes do mundo na obra do Padre Antônio Vieira, tendo em vista o projeto do Quinto Império e qual o espaço que África e os escravos negros no Brasil tomaram nesse projeto. Para tanto, contudo, é interessante traçar como a questão da escravidão negra foi vista pela historiografia e crítica literária brasileira, em especial, acompanhando a construção da figura literária e histórica de Vieira desde finais no século XIX. A partir da retomada desse percurso, pode-se identificar melhor as camadas que foram sendo depositadas e atribuídas ao jesuíta que edificaram descrições ora positivas ora negativas, mediadas por idéias de nação, pátria, progresso, civilização e humanidade. Menos do que propor uma leitura esterilizada de qualquer parcialidade, retraçar um percurso da recepção da obra vieirense nos dois séculos passados permite contornar (falsos) problemas sobre a “modernidade” ou não de Vieira e repensar as abordagens sobre sua produção dando atenção a outras “gramáticas”, reconstruídas a partir de elementos coevos e preocupadas com outros problemas. Palavras-chave: Padre Antônio Vieira; Historiografia Literária; Escravos; África; Quinto Império |
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Resumo: A proposta deste artigo é apontar o debate em torno das categorias das partes e gentes do mundo na obra do Padre Antônio Vieira, tendo em vista o projeto do Quinto Império e qual o espaço que África e os escravos negros no Brasil tomaram nesse projeto. Para tanto, contudo, é interessante traçar como a questão da escravidão negra foi vista pela historiografia e crítica literária brasileira, em especial, acompanhando a construção da figura literária e histórica de Vieira desde finais no século XIX. A partir da retomada desse percurso, pode-se identificar melhor as camadas que foram sendo depositadas e atribuídas ao jesuíta que edificaram descrições ora positivas ora negativas, mediadas por idéias de nação, pátria, progresso, civilização e humanidade. Menos do que propor uma leitura esterilizada de qualquer parcialidade, retraçar um percurso da recepção da obra vieirense nos dois séculos passados permite contornar (falsos) problemas sobre a “modernidade” ou não de Vieira e repensar as abordagens sobre sua produção dando atenção a outras “gramáticas”, reconstruídas a partir de elementos coevos e preocupadas com outros problemas. Palavras-chave: Padre Antônio Vieira; Historiografia Literária; Escravos; África; Quinto Império |
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