Os folcloristas e a construção do repentista como um dos símbolos de nordeste. (The folklorists and the construction of the “repentista” as a symbol of the Brazilian Northeast)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Filgueira, Cícero Renan Nascimento
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Pesquisa Histórica
Texto Completo: https://periodicos.ufpe.br/revistas/revistaclio/article/view/25153
Resumo: O repente de viola passou por modificações no seu mecanismo de atuação entre o fim do século XIX até por volta do início de 1950, identificadas, assim, em uma série de mudanças que corroborou para um projeto de profissionalização do repentista e surgimento dos congressos (torneios). A partir da década de 1920 é identificada uma migração acentuada de repentistas para as grandes cidades, na qual, nesse momento, os trabalhos dos folcloristas em defesa do cantador como símbolo de um Nordeste que surgia e como estes representavam aqueles em suas obras torna-se de fundamental importância para entender as mudanças na dinâmica da cantoria.The present article analyzes the representations of the “repentistas violeiros” as shown in the works of folklorists. Considering a timeframe that encompasses the first decades of the twentieth century, the period in which the propagation of the “repentista” as a symbol of the Brazilian Northeast began. At first, we conceptualized the practice of “repente”, a typical practice from the countryside that starts to expand to the big coastal cities. Next, we show the importance of folklorists (especially Rodrigues de Carvalho, Leonardo Mota and Câmara Cascudo) in collecting information about this element of popular culture. However, one should take precautions when analyzing them as research sources due to the interpretations and representations that are to be found in their works. Therefore, we use Edward P. Thompson, Michel de Certeau and Durval Muniz as theoretical references. Finally, we address the need of folklorists, in a regionalist context, to introduce the “repentista” as a symbol of the Brazilian Northeast, maintaining a classist distance from them in their works.
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