BEATO, SIM! SANTO, NÃO! José de Anchieta, de Apóstolo e Taumaturgo do Brasil a construtor da nacionalidade
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2010 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Pesquisa Histórica |
Texto Completo: | https://periodicos.ufpe.br/revistas/revistaclio/article/view/24144 |
Resumo: | Resumo: Desde sua morte, em 1597, biógrafos – leigos ou religiosos – têm ressaltado a importância do jesuíta José de Anchieta na formação religiosa e moral do povo brasileiro. Apresentado como “Apóstolo do Brasil”, “santo símbolo e construtor de nossa nacionalidade” e como “taumaturgo que vela pela felicidade de nossa Pátria”, Anchieta continua à espera de sua canonização. Em meados da década de sessenta, a figura do missionário jesuíta foi resgatada por intelectuais, religiosos e governantes que se valeram de sua força moral para difundir um projeto de defesa da integridade do território e de luta contra as ameaças estrangeiras.À apropriação – explícita ou não – do pensamento anchietano pelos ideólogos do regime militar, se agregou, em 1965, o empenho de padres e leigos católicos pela instituição do Dia de Anchieta. As atividades culturais programadas pela Comissão Nacional encarregada de celebrar a data alusiva a José de Anchieta não apenas parecem confirmar a valorização da força moral do jesuíta e a apropriação de seu discurso integracionista, como apontar para o apoio que a Causa de sua beatificação recebeu, ao difundirem a fama de milagreiro do “Taumaturgo do Brasil”. Palavras-Chave: Dia de Anchieta; Nacionalidade; Beatificação |
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BEATO, SIM! SANTO, NÃO! José de Anchieta, de Apóstolo e Taumaturgo do Brasil a construtor da nacionalidadeResumo: Desde sua morte, em 1597, biógrafos – leigos ou religiosos – têm ressaltado a importância do jesuíta José de Anchieta na formação religiosa e moral do povo brasileiro. Apresentado como “Apóstolo do Brasil”, “santo símbolo e construtor de nossa nacionalidade” e como “taumaturgo que vela pela felicidade de nossa Pátria”, Anchieta continua à espera de sua canonização. Em meados da década de sessenta, a figura do missionário jesuíta foi resgatada por intelectuais, religiosos e governantes que se valeram de sua força moral para difundir um projeto de defesa da integridade do território e de luta contra as ameaças estrangeiras.À apropriação – explícita ou não – do pensamento anchietano pelos ideólogos do regime militar, se agregou, em 1965, o empenho de padres e leigos católicos pela instituição do Dia de Anchieta. As atividades culturais programadas pela Comissão Nacional encarregada de celebrar a data alusiva a José de Anchieta não apenas parecem confirmar a valorização da força moral do jesuíta e a apropriação de seu discurso integracionista, como apontar para o apoio que a Causa de sua beatificação recebeu, ao difundirem a fama de milagreiro do “Taumaturgo do Brasil”. Palavras-Chave: Dia de Anchieta; Nacionalidade; BeatificaçãoCLIO: Historical Research JournalCLIO: Revista de Investigación HistóricaCLIO (Recife. Online)Deckmann Fleck, Eliane Cristina2010-03-24info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://periodicos.ufpe.br/revistas/revistaclio/article/view/24144CLIO: Historical Research Journal; n. 27.2: Julho-Dezembro de 2009. Dossiê: Estudos Jesuíticos. Parte 2.CLIO: Revista de Investigación Histórica; n. 27.2: Julho-Dezembro de 2009. Dossiê: Estudos Jesuíticos. Parte 2.CLIO (Recife. Online); n. 27.2: Julho-Dezembro de 2009. Dossiê: Estudos Jesuíticos. Parte 2.2525-56490102-4736reponame:Revista Pesquisa Históricainstname:Universidade Federal de Pernambucoinstacron:CLIOporhttps://periodicos.ufpe.br/revistas/revistaclio/article/view/24144/19585Direitos autorais 2018 .https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0info:eu-repo/semantics/openAccess2019-10-21T09:39:42Zmail@mail.com - |
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