Geodiversidade dos municípios litorâneos da macrorregião do litoral norte do Ceará: nota explicativa: escala 1:100.000

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: FREITAS, Luis Carlos Bastos
Data de Publicação: 2024
Outros Autores: RODRIGUES, Juliana Gonçalves, FERREIRA, Rogério Valença
Tipo de documento: Relatório
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional de Geociências - RIGEO
Texto Completo: https://rigeo.sgb.gov.br/handle/doc/24915
Resumo: A área de estudo está localizada no setor noroeste do estado, inserida na região de planejamento do Litoral Norte do estado do Ceará, composta por treze municípios, dos quais sete são litorâneos (Chaval, Barroquinha, Camocim, Cruz, Jijoca de Jericoacoara, Acaraú e Itarema) e objeto deste estudo, com uma população estimada de 252 mil habitantes. Trata-se de uma região com grande diversidade geológica, geomorfológica, cultural e potencial geoturístico. O Litoral Norte do Ceará é uma zona de intensa atividade morfodinâmica, influenciada tanto pelo regime fluvial dos rios como pela sazonalidade dos ventos, marés e ondas na zona offshore adjacente. A compreensão detalhada dessa região é de importância crucial para evitar impactos negativos no delicado geoecossistema, devido a intervenções humanas. Quanto à geologia, a configuração tectônica da região ainda é pouco estudada, estando sob a influência de diversas estruturas tectônicas, dentre elas o Lineamento Transbrasiliano. Essa complexa tectônica pré-cenozoica está recoberta pela não menos complexa história geológica dos vários eventos cenozoicos de deposição dos diversos depósitos fluviais, fluviomarinhos, fluviolacustres e eólicos, além do Grupo Barreiras, na região de estudo. Além disso, eventos relacionados a uma neotectônica são evidenciados. A área do projeto, comporta um conjunto de relevos dominado pelo ambiente dos tabuleiros litorâneos do Grupo Barreiras, com uma delgada planície costeira, além de campos de dunas e superfícies aplainadas, que foram compartimentadas em três unidades distintas, tendo recebido as seguintes denominações: Planície Costeira do Ceará, Tabuleiros Costeiros e Depressão Sertaneja. O estudo comparativo de uso e cobertura do solo, para os anos de 1991 e 2020, ilustrou o avanço de atividades agrícolas e da carcinicultura, e como estas vêm tomando o espaço da Caatinga, com a abertura de estradas e a modificação da cobertura do solo nas superfícies aplainadas. As quatorze unidades geológico-ambientais, distribuídas em sete domínios, foram identificadas na área de estudo e tiveram suas adequabilidades e limitações ao uso e ocupação descritas. Em relação aos aspectos geológico-geotécnicos, as unidades cenozoicas (DC e DCE) são, em sua maioria, terrenos inapropriados para urbanização e implantação de aterros sanitários, pois apresentam média a alta suscetibilidade a inundações e enchentes (DC) ou baixa capacidade de suporte para edificações e obras enterradas (DCE). O Domínio DCT predomina na área estudada, possuindo um relevo aplainado, o que reflete em sua suscetibilidade a movimentos gravitacionais de massa predominantemente baixa. Dessa forma, essa unidade configurou-se como de alta aptidão para urbanização e para implantação de obras viárias. Os aspectos geopedológicos são bem diversificados, predominando Latossolos Amarelos e Vermelhos, derivados dos sedimentos do Grupo Barreiras Indiviso. Ocorrem, ainda, Neossolos Litólicos, associados principalmente a litotipos das unidades neoproterozoicas que compõem a área (Domínios DCGMGL, DCGR1, DSVP2 e DSP2). Associados à Unidade DCa_Dpbc predominam solos de boa fertilidade natural, como Neossolos Flúvicos, Neossolos Quartzarênicos e Gleissolos Háplicos, adequados para o cultivo de culturas de várzea. Quanto aos recursos minerais, diversas unidades possuem adequabilidades para construção civil. Com destaque para o DCT, que tem ampla utilização como material de empréstimo na construção de estradas. Quanto às potencialidades, as demais unidades dos domínios pré-cenozoicos, DCGMGL, DCGR1, DSVP2 e DSP2, possuem potencial na construção civil, como pedra para brita e rocha ornamental. Nos domínios cenozoicos, há várias restrições quanto ao uso. Alguns, por serem áreas com alta fragilidade ambiental. Em relação ao geoturismo, a área possui patrimônio geológico de importância mundial.
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O Litoral Norte do Ceará é uma zona de intensa atividade morfodinâmica, influenciada tanto pelo regime fluvial dos rios como pela sazonalidade dos ventos, marés e ondas na zona offshore adjacente. A compreensão detalhada dessa região é de importância crucial para evitar impactos negativos no delicado geoecossistema, devido a intervenções humanas. Quanto à geologia, a configuração tectônica da região ainda é pouco estudada, estando sob a influência de diversas estruturas tectônicas, dentre elas o Lineamento Transbrasiliano. Essa complexa tectônica pré-cenozoica está recoberta pela não menos complexa história geológica dos vários eventos cenozoicos de deposição dos diversos depósitos fluviais, fluviomarinhos, fluviolacustres e eólicos, além do Grupo Barreiras, na região de estudo. Além disso, eventos relacionados a uma neotectônica são evidenciados. 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Em relação aos aspectos geológico-geotécnicos, as unidades cenozoicas (DC e DCE) são, em sua maioria, terrenos inapropriados para urbanização e implantação de aterros sanitários, pois apresentam média a alta suscetibilidade a inundações e enchentes (DC) ou baixa capacidade de suporte para edificações e obras enterradas (DCE). O Domínio DCT predomina na área estudada, possuindo um relevo aplainado, o que reflete em sua suscetibilidade a movimentos gravitacionais de massa predominantemente baixa. Dessa forma, essa unidade configurou-se como de alta aptidão para urbanização e para implantação de obras viárias. Os aspectos geopedológicos são bem diversificados, predominando Latossolos Amarelos e Vermelhos, derivados dos sedimentos do Grupo Barreiras Indiviso. Ocorrem, ainda, Neossolos Litólicos, associados principalmente a litotipos das unidades neoproterozoicas que compõem a área (Domínios DCGMGL, DCGR1, DSVP2 e DSP2). Associados à Unidade DCa_Dpbc predominam solos de boa fertilidade natural, como Neossolos Flúvicos, Neossolos Quartzarênicos e Gleissolos Háplicos, adequados para o cultivo de culturas de várzea. Quanto aos recursos minerais, diversas unidades possuem adequabilidades para construção civil. Com destaque para o DCT, que tem ampla utilização como material de empréstimo na construção de estradas. Quanto às potencialidades, as demais unidades dos domínios pré-cenozoicos, DCGMGL, DCGR1, DSVP2 e DSP2, possuem potencial na construção civil, como pedra para brita e rocha ornamental. Nos domínios cenozoicos, há várias restrições quanto ao uso. Alguns, por serem áreas com alta fragilidade ambiental. Em relação ao geoturismo, a área possui patrimônio geológico de importância mundial.Levantamento da GeodiversidadeEstá nota explicativa é relacionada ao "Mapa geodiversidade do litoral norte do Ceará.", disponível em: https://rigeo.sgb.gov.br/handle/doc/23976Serviço Geológico do Brasil - CPRMhttps://rigeo.sgb.gov.br/jspui/handle/doc/23976GEODIVERSIDADEUNIDADES GEOLÓGICO-AMBIENTAISGESTÃO TERRITORIALGEOTURISMOGEOLOGIAESCALA 1:100.000CEARÁGeodiversidade dos municípios litorâneos da macrorregião do litoral norte do Ceará: nota explicativa: escala 1:100.000info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/reportFortalezaporreponame:Repositório Institucional de Geociências - RIGEOinstname:Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM)instacron:CPRMinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALgeodiversidade_litoral_norte_ceara_2024.pdfgeodiversidade_litoral_norte_ceara_2024.pdfNota explicativaapplication/pdf87805009http://rigeo.sgb.gov.br/jspui/bitstream/doc/24915/3/geodiversidade_litoral_norte_ceara_2024.pdf0c423650f8b73d985e329ec6d954bd7fMD53LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748http://rigeo.sgb.gov.br/jspui/bitstream/doc/24915/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52doc/249152024-08-09 14:22:26.316oai:rigeo.sgb.gov.br:doc/24915Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalONGhttps://rigeo.sgb.gov.br/oai/request https://rigeo.cprm.gov.br/oai/requestrigeo@sgb.gov.bropendoar:2024-08-09T17:22:26Repositório Institucional de Geociências - RIGEO - Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM)false
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