Geologia e aspectos metalogenéticos dos elementos do grupo da platina no complexo máfico-ultramáfico da Serra do Onça, Sul do Pará.
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Data de Publicação: | 1997 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional de Geociências - RIGEO |
Texto Completo: | https://rigeo.cprm.gov.br/handle/doc/1288 |
Resumo: | O Complexo Máfico-Ultramáfico da Serra da Onça - CMSO - está localizado nos municípios de Tucumã e Água Azul do Norte, ao Sul do Estado do Pará. Apresenta em superfície uma forma longilinear, com um comprimento de cerca de 25km, disposto aproximadamente segundo a direção leste-oeste. Sob o ponto de vista geotectônico, o CMSO está localizado no Cráton Amazônico e, no âmbito estratigráfico, é parte integrante da Suíte Intrusiva Cateté. As rochas encaixantes do CMSO são de idade arqueana e constituídas pelo Granito Plaquê (monzogranitos) e pelo Complexo Xingu (tonalitos e granodioritos). As diversas unidades litológicas que compõem o CMSO apresentam um ordenado e seqüencial acamadamento segundo a direção E-W e mergulho para sul. Neste sentido foi identificada, da base para o topo, um conjunto de serpentinitos, piroxenitos e gabronoritos. Os serpentinitos são constituídos essencialmente por lizardita e por veios de crisotila; nos exemplares mais preservados do processo de serpentinização, são observados cristais reliquiares e pseudomorfos de olivina cúmulus e de piroxênio intercúmulus; ocorrem igualmente cristais de espinélio cromífero, sulfetos (Fe-Cu), vênulas de amianto e veios de calcedônia/crisoprásio. Os piroxenitos são constituídos por cristais cúmulus de bronzita, hiperstênio, olivina e cristais de plagioclásio intercúmulus. A variação proporcional dos constituintes mineralógicos permite identificar a presença de bronzititos, bronzititos feldspáticos e olivina-piroxenitos. Os gabronoritos são constituídos por plagioclásio (labradorita), piroxênio (augita, hiperstênio e bronzita), hornblenda, biotita e opacos (magnetita). Exibem localmente texturas do tipo piegeonita invertida, laminação ígnea e disseminação de sulfetos (Cu-Ni-Fe). Em diversos locais foram detectados diques de diabásio os quais pertencem a dois grupos: um associado às últimas manifestações básicas do magmatismo máfico-ultramáfico que originou o CMSO, e outro ao Diabásio Cururu de idade mesozóica. O estudo petrológico demonstrou que o CMSO possui natureza sub-alcalina toleítica. No diagrama AFM as rochas seguem o trend toleítico, sendo os gabros os termos mais evoluídos e mais enriquecidos em Fe. No diagrama multicatiônico de JENSEN (1976) as rochas máficas da Serra da Onça situam-se no limite entre os campos dos basaltos alcalinos e dos toleítos com alto Mg e as rochas ultramáficas localizam-se no campo dos komatiítos peridotíticos. O diagrama multicatiônico R1-R2 demonstra para o CMSO uma afinidade toleítica e uma origem por cristalização fracionada de um magma originado da fusão parcial do manto. Uma idade de 2.378 ± 55 Ma foi determinada pelo método Sm/Nd para o corpo máfico-ultramáfico, o que permite enquadrar o CMSO no Paleoproterozóico. Os minerais do Grupo da Platina - MGP são constituídos principalmente de Pt, Pd, Ir e Os, combinados em diversas associações minerais. Com base nas informações acumuladas, admite-se que o CMSO seja uma intrusão intraplaca diferenciada, acamadada, não metamorfisada, não deformada, alojada em ambiente cratonizado, anorogênico e de idade paleoproterozóica. Ademais, o complexo apresenta uma vocação metalogenética para EGP. Essas características são similares às de outros complexos máfico-ultramáficos ocorrentes em diversas partes do mundo, nos quais foram detectados reefs platiníferos tais como, Bushveld (África do Sul), Great Dyke (Zimbábue) e Stillwater (Estados Unidos), sendo que este último apresenta as maiores semelhanças com o CMSO. |
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MACAMBIRA, Edésio Maria Buenano2014-07-30T17:42:52Z2014-07-30T17:42:52Z1997MACAMBIRA, Edésio Maria Buenano. Geologia e aspectos metalogenéticos dos elementos do grupo da platina no complexo máfico-ultramáfico da Serra do Onça, Sul do Pará. Belém, 1997. 178 f. Dissertação (Mestrado em Geoquímica)-Centro de Geociências, Universidade Federal do Pará, Belém, 1997.https://rigeo.cprm.gov.br/handle/doc/1288O Complexo Máfico-Ultramáfico da Serra da Onça - CMSO - está localizado nos municípios de Tucumã e Água Azul do Norte, ao Sul do Estado do Pará. Apresenta em superfície uma forma longilinear, com um comprimento de cerca de 25km, disposto aproximadamente segundo a direção leste-oeste. Sob o ponto de vista geotectônico, o CMSO está localizado no Cráton Amazônico e, no âmbito estratigráfico, é parte integrante da Suíte Intrusiva Cateté. As rochas encaixantes do CMSO são de idade arqueana e constituídas pelo Granito Plaquê (monzogranitos) e pelo Complexo Xingu (tonalitos e granodioritos). As diversas unidades litológicas que compõem o CMSO apresentam um ordenado e seqüencial acamadamento segundo a direção E-W e mergulho para sul. Neste sentido foi identificada, da base para o topo, um conjunto de serpentinitos, piroxenitos e gabronoritos. Os serpentinitos são constituídos essencialmente por lizardita e por veios de crisotila; nos exemplares mais preservados do processo de serpentinização, são observados cristais reliquiares e pseudomorfos de olivina cúmulus e de piroxênio intercúmulus; ocorrem igualmente cristais de espinélio cromífero, sulfetos (Fe-Cu), vênulas de amianto e veios de calcedônia/crisoprásio. Os piroxenitos são constituídos por cristais cúmulus de bronzita, hiperstênio, olivina e cristais de plagioclásio intercúmulus. A variação proporcional dos constituintes mineralógicos permite identificar a presença de bronzititos, bronzititos feldspáticos e olivina-piroxenitos. 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