Mortalidade por câncer do colo do útero em três localidades da Região Sudeste, no período de 1980 a 2009: análise do efeito da idade-período-coorte

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Meira, Karina Cardoso
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/23002
Resumo: Objetivo: Estimar o efeito da idade-período e coorte de nascimento (APC) mortalidade por câncer do colo do útero nos estado de Minas Gerais e nos municípios de São Paulo e Rio de Janeiro, no período de 1980 a 2009. Material e Método: Trata-se de um estudo de tendência temporal cuja população foi composta por óbitos de mulheres por câncer do colo do útero (CCL), útero porção não especificada (PNE) e corpo do útero (CC) com idade igual ou superior a 30 anos, nos municípios de São Paulo (MSP), Rio de Janeiro (MRJ) e estado de Minas Gerais (MG), no período de 1980-2009. As informações de mortalidade e a população para o cálculo das taxas foram extraídas do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) do DATASUS. Realizou-se a redistribuição dos registros classificados como PNE, para os óbitos por CCL e CC de acordo com a proporção de registros certificados originalmente para cada uma das categorias por causa, ano e faixa etária. Após a redistribuição, foram calculadas taxas de mortalidade segundo as faixas etárias e taxas de mortalidade padronizadas pelo método direto, utilizando-se como população padrão a Mundial, proposta por Segi Ajustaram-se modelos APC para as taxas de mortalidade por CCL em MSP, MRJ e MG, baseados na distribuição de Poisson. Também se aplicou três métodos para avaliar o efeito APC para o estado de Minas Gerais. Resultados: A taxa de mortalidade média do período por 100.000 mulheres no MRJ foi 15,90, 15,87 no MSP e 14,70 em MG. Verificou-se redução significativa na mortalidade por CCL nos dois períodos (1980-1994 e 1995-2009) no MRJ, MSP e em MG, sendo estes respectivamente, -1,20 por cento (IC 95 por cento -2,20 por cento ; -0,09 por cento),-1,46 por cento (IC 95 por cento -2,30 por cento ; -0,61 por cento) e -1,25 por cento (IC95 por cento 1,74; -0,76). E no período de 1995-2009, -2,58 por cento (IC 95 por cento -3,41 por cento; -1,76 por cento), -3,30 por cento (IC 95 por cento -4,30 por cento; -2,29 por cento) e -2,77 por cento (IC95 por cento -3,63; -1,91). A análise dos efeitos nas três localidades indicou progressiva redução no risco de morte nas sucessivas coortes, sendo RR (...) 1 nas mulheres nascidas após a década de 1960. Em relação ao período, observou-se diminuição no RR a partir dos anos 2000. E a comparação das três metodologias no Estado de Minas Gerais evidenciou efeito protetor para as mulheres nascidas após a década de 1940. Salienta-se que os resultados dos modelos APC baseados em funções de penalização, indicam que o modelo idade-coorte de nascimento se ajusta melhor aos dados do que o modelo idade-período. Conclusão: A utilização dos modelos APC, possibilita avaliar o efeito da idade, período e coorte de nascimento na evolução das taxas de mortalidade. Os resultados do presente estudo evidenciam a presença de um efeito de período no decréscimo das taxas de mortalidade por CCL, tendo em vista que a redução das mesmas ocorreu simultaneamente a implantação do programa de prevenção e controle dessa neoplasia que ocorreu no Brasil no final da década de 1990. Além disso, a aplicação das três metodologias indicou não ser possível utilizar apenas as funções de penalização na análise da evolução das taxas de mortalidade, pois essa tende a dar maior peso ao efeito da coorte quando as outras metodologias indicam ser o efeito de período o mais significativo.
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E no período de 1995-2009, -2,58 por cento (IC 95 por cento -3,41 por cento; -1,76 por cento), -3,30 por cento (IC 95 por cento -4,30 por cento; -2,29 por cento) e -2,77 por cento (IC95 por cento -3,63; -1,91). A análise dos efeitos nas três localidades indicou progressiva redução no risco de morte nas sucessivas coortes, sendo RR (...) 1 nas mulheres nascidas após a década de 1960. Em relação ao período, observou-se diminuição no RR a partir dos anos 2000. E a comparação das três metodologias no Estado de Minas Gerais evidenciou efeito protetor para as mulheres nascidas após a década de 1940. Salienta-se que os resultados dos modelos APC baseados em funções de penalização, indicam que o modelo idade-coorte de nascimento se ajusta melhor aos dados do que o modelo idade-período. Conclusão: A utilização dos modelos APC, possibilita avaliar o efeito da idade, período e coorte de nascimento na evolução das taxas de mortalidade. Os resultados do presente estudo evidenciam a presença de um efeito de período no decréscimo das taxas de mortalidade por CCL, tendo em vista que a redução das mesmas ocorreu simultaneamente a implantação do programa de prevenção e controle dessa neoplasia que ocorreu no Brasil no final da década de 1990. Além disso, a aplicação das três metodologias indicou não ser possível utilizar apenas as funções de penalização na análise da evolução das taxas de mortalidade, pois essa tende a dar maior peso ao efeito da coorte quando as outras metodologias indicam ser o efeito de período o mais significativo.Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porMortalidade por câncer do colo do útero em três localidades da Região Sudeste, no período de 1980 a 2009: análise do efeito da idade-período-coorteMortality from cancer of the cervix in three locations in the Southeast, in the period from 1980 to 2009: analysis of the effect of age-period-cohortinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisEscola Nacional de Saúde Pública Sergio AroucaRio de Janeiro/RJPrograma de Pós-Graduação em Epidemiologia em Saúde PúblicaNeoplasias do Colo do Útero/mortalidadeCoeficiente de MortalidadeDistribuição TemporalPrevenção de Câncer de Colo Uterinoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZORIGINAL534.pdfapplication/pdf2368532https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/23002/1/534.pdf799c5cb105b6f4901a14a4dfd9f3e269MD51LICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/23002/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52TEXT534.pdf.txt534.pdf.txtExtracted texttext/plain302724https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/23002/3/534.pdf.txt3ba3117a0288b431b561abc4e7d6f2b9MD53icict/230022023-01-17 11:32:46.149oai:www.arca.fiocruz.br:icict/23002Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352023-01-17T14:32:46Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false
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