Isolamento e caracterização de fibrócitos murinos e teste de sensibilidade de infecção pelo Trypanosoma cruzi

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Henrique Previtalli da
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/34586
Resumo: Os fibrócitos são células de origem hematopoiética, com propriedades pró-inflamatórias semelhantes às dos macrófagos e propriedades de remodelamento teciduais dos fibroblastos. Diversas condições de cultivo in vitro têm sido usadas para gerar fibrócitos humanos, murinos e suínos. Os protocolos desenvolvidos por Bucala e colaboradores (1994) vêm sendo usados como base para esse cultivo, contudo, variações nesses protocolos vêm sendo realizadas para a melhoria na obtenção destes fibrócitos. A tripanossomíase americana ou doença de Chagas, causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi, há mais de um século após sua descoberta, ainda é considerada um importante problema social e de saúde pública. A fibrose, uma das manifestações mais significativas da cardiopatia chagásica crônica, encontra-se associada a infiltrados inflamatórios e cardiomiócitos em degeneração. Evidências têm sugerido a participação de outras células neste processo, como células endoteliais e fibrócitos circulantes. Tem sido extensamente descrito na literatura que fibrócitos do sangue periférico, produtores de matriz extracelular, podem contribuir para o desenvolvimento de fibrose pulmonar, renal e cardíaca. Estas células estão significativamente aumentadas no coração de indivíduos acometidos por isquemia cardíaca, hipertensão e fibrilação atrial, o que nos leva a pensar que podem estar presentes também nas lesões fibróticas da cardiopatia chagásica crônica e que podem ser um alvo potencial para o tratamento da fibrose cardíaca Diante disso, o presente estudo padronizou um protocolo de obtenção e estabelecimento de fibrócitos murinos em cultura e investigou se o T. cruzi é capaz de infectar estas células. Desta forma, para padronização da obtenção dos fibrócitos, diferentes protocolos de obtenção de PBMCs, a partir de sangue periférico de camundongos Swiss Webster foram testados, assim como diferentes anticoagulantes, meios de cultura e suplementação com SFB. Após o estabelecimento do protocolo, investigamos a possibilidade de infecção dos fibrócitos pela cepa SC2005 de T. cruzi. Os resultados mostraram que o uso do EDTA como anticoagulante proporcionou uma melhor obtenção de PBMCs e o meio de cultura DMEM/F-12 sem SFB foi o melhor para o estabelecimento e diferenciação dos fibrócitos. A caracterização dos fibrócitos foi realizada por imunofluorescência com marcações para CD11b, CD45, colágenos I, III, IV e fibronectina, sendo apenas esta última negativa. Os ensaios de infecção celular pelo T. cruzi mostraram um aumento gradativo no número de células infectadas até 24h, e um aumento no número de amastigotas entre 2 e 72h. A avaliação da produção de óxido nítrico foi semelhante em fibrócitos infectados e não infectados. Concluímos que a obtenção dos fibrócitos a partir de PBMCs depende não só do processamento sanguíneo, como também da composição do meio utilizado no cultivo das células e que o T. cruzi é capaz de infectar essas células de forma progressiva, com multiplicação crescente do número de amastigotas intracelulares. Outros estudos devem ser realizados para embasar os efeitos da infecção por T. cruzi nestas células.
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Os protocolos desenvolvidos por Bucala e colaboradores (1994) vêm sendo usados como base para esse cultivo, contudo, variações nesses protocolos vêm sendo realizadas para a melhoria na obtenção destes fibrócitos. A tripanossomíase americana ou doença de Chagas, causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi, há mais de um século após sua descoberta, ainda é considerada um importante problema social e de saúde pública. A fibrose, uma das manifestações mais significativas da cardiopatia chagásica crônica, encontra-se associada a infiltrados inflamatórios e cardiomiócitos em degeneração. Evidências têm sugerido a participação de outras células neste processo, como células endoteliais e fibrócitos circulantes. Tem sido extensamente descrito na literatura que fibrócitos do sangue periférico, produtores de matriz extracelular, podem contribuir para o desenvolvimento de fibrose pulmonar, renal e cardíaca. Estas células estão significativamente aumentadas no coração de indivíduos acometidos por isquemia cardíaca, hipertensão e fibrilação atrial, o que nos leva a pensar que podem estar presentes também nas lesões fibróticas da cardiopatia chagásica crônica e que podem ser um alvo potencial para o tratamento da fibrose cardíaca Diante disso, o presente estudo padronizou um protocolo de obtenção e estabelecimento de fibrócitos murinos em cultura e investigou se o T. cruzi é capaz de infectar estas células. Desta forma, para padronização da obtenção dos fibrócitos, diferentes protocolos de obtenção de PBMCs, a partir de sangue periférico de camundongos Swiss Webster foram testados, assim como diferentes anticoagulantes, meios de cultura e suplementação com SFB. Após o estabelecimento do protocolo, investigamos a possibilidade de infecção dos fibrócitos pela cepa SC2005 de T. cruzi. Os resultados mostraram que o uso do EDTA como anticoagulante proporcionou uma melhor obtenção de PBMCs e o meio de cultura DMEM/F-12 sem SFB foi o melhor para o estabelecimento e diferenciação dos fibrócitos. A caracterização dos fibrócitos foi realizada por imunofluorescência com marcações para CD11b, CD45, colágenos I, III, IV e fibronectina, sendo apenas esta última negativa. Os ensaios de infecção celular pelo T. cruzi mostraram um aumento gradativo no número de células infectadas até 24h, e um aumento no número de amastigotas entre 2 e 72h. A avaliação da produção de óxido nítrico foi semelhante em fibrócitos infectados e não infectados. Concluímos que a obtenção dos fibrócitos a partir de PBMCs depende não só do processamento sanguíneo, como também da composição do meio utilizado no cultivo das células e que o T. cruzi é capaz de infectar essas células de forma progressiva, com multiplicação crescente do número de amastigotas intracelulares. Outros estudos devem ser realizados para embasar os efeitos da infecção por T. cruzi nestas células.Fibrocytes are hematopoietic origin cells, with macrophages proinflammatory properties and fibroblast tissue remodeling properties. Various in vitro culture conditions have been used to generate human, murine and swine fibrocytes. Many protocols have been used to fibrocytes cultivation, however, variations in these protocols have been carried out to improve the collection of these cells. American trypanosomiasis or Chagas disease, caused by the protozoan hemoflagellate Trypanosoma cruzi, more than a century after its discovery, it is still considered an important social and public health problem. Fibrosis is one of the most significant manifestations of chronic chagasic cardiopathy and is associated with inflammatory infiltrates and degenerating cardiomyocytes. Evidence has suggested the involvement of other cells in this process, such as endothelial cells and circulating fibrocytes. It has been extensively described in the literature that peripheral blood fibrocytes, extracellular matrix producers, may contribute to the development of pulmonary, renal and cardiac fibrosis. These cells are significantly increased in the heart of individuals affected with cardiac ischemia, hypertension and atrial fibrillation, which leads us to believe that they may also be present in the fibrotic lesions of chronic chagasic cardiopathy and may be a potential target for the treatment of cardiac fibrosis Therefore, the present study standardized a protocol for obtaining and establishing murine fibrocytes in culture and investigated whether T. cruzi is capable of infecting these cells. Thus, for standardization of fibrocyte production, different protocols for obtaining PBMCs, from peripheral blood of Swiss Webster mice, were tested, as well as different anticoagulants, culture media and supplementation with SFB. After establishing the protocol, we investigated the possibility of infection of the fibrocytes by T. cruzi SC2005 strain. The results showed that EDTA was better at obtaining the PBMCs and the DMEM/F-12 culture medium, without SFB, was the best for fibrocyte establishment. Fibrocyte characterization was performed by immunofluorescence with labels for CD11b, CD45, collagens I, III, IV and fibronectin, only the latter being negative. The T. cruzi cell infection assays showed a gradual increase in the number of infected cells up to 24h, and an increase in the number of amastigotes between 2 and 72h. The evaluation of nitric oxide production was similar in both infected and not infected fibrocytes. We conclude that obtaining the fibrocytes from PBMCs depends not only on the blood processing, but also on the composition of the medium used in cell culture and that T. cruzi is capable of infecting these cells progressively, with increasing multiplication of the number of intracellular amastigotes. Further studies should be performed to support the effects of T. cruzi infection on these cells.2020-11-13Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porTrypanosoma cruziFibroblastosMuridaeTestes de Sensibilidade ParasitáriaIsolamento e caracterização de fibrócitos murinos e teste de sensibilidade de infecção pelo Trypanosoma cruziinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis2018Pós-Graduação em Medicina TropicalFundação Oswaldo Cruz. 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