Análise temporal da mortalidade por suicídio: 1979 a 2015

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Galvão, Pauliana Valéria Machado
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/48897
Resumo: Introdução: O suicídio é um problema de saúde pública de impacto mundial, entretanto, para o Brasil, poucos estudos epidemiológicos foram realizados. E quando o assunto é a distri-buição temporal do suicídio, muito ainda há de ser consolidado. Objetivo: analisar a distribuição temporal da mortalidade por suicídio no Brasil, utilizando modelos estatísticos, e no mundo, a partir de uma revisão sistemática. Métodos: um protocolo de revisão sistemática foi criado des-crevendo a estratégia de busca, as bases utilizadas, os termos empregados, sem restrição de ano ou idioma de publicação e a forma de seleção e análise dos artigos selecionados e foi registrado no PROSPERO, sob número CRD42016038470. Diante dos achados, duas modelagens de ten-dência temporal foram propostas: a primeira observou além da produção de um perfil nacional da vítima de suicídio, uma evolução anual das taxas de mortalidade, para a população geral e por sexo, propondo uma modelagem que corrigisse a autocorrelação serial dos resíduos; e a segunda buscou analisar o efeito da idade-período-coorte da mortalidade por suicídio para a população brasileira e por regiões e comparando este efeito por sexo e pelos três principais métodos de suicídio. Para a primeira abordagem, além da estatística descritiva, foi empregado um modelo de regressão de Prais-Winster para identificar a tendência anual, sendo a autocorre-lação serial dos resíduos testada pelo teste de Durbin-Watson; já para a segunda abordagem, o modelo de regressão de Poisson, empregando funções estimáveis, foi empregado. Resultados: Este estudo encontrou 50 artigos de 26 países e evidenciou que padrões sazonais claros foram observados para dia da semana, mês, estação do ano e efeitos idade-período-coorte. O modelo para a população brasileira evidenciou um crescimento de 4,7% ao ano, em média. Para a mo-delagem idade-período-coorte, foi encontrado que, o modelo com os efeitos dos três compo-nentes é o que melhor explica o comportamento das taxas de suicídio e, na sequência, o efeito de coorte e posteriormente o efeito de período para a população geral e por sexo. Analisando do ponto de vista dos principais métodos de suicídio empregados, esta também é a realidade encontrada para o enforcamento. Já para o suicídio por arma de fogo e a autointoxicação, o efeito de período é o que mais influenciou o comportamento das taxas de suicídio, por motivos diferentes. Conclusão: Há ainda muito a se descobrir sobre o suicídio, mas esta abordagem direciona a formulação de políticas e estratégias para enfrentar este agravo. Este estudo não encerra um ponto, ele abre o caminho para tentarmos aprofundar os conhecimentos sobre o tema do suicídio.
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spelling Galvão, Pauliana Valéria MachadoSilva, Cosme Marcelo Furtado Passos da2021-09-01T16:59:36Z2021-09-01T16:59:36Z2019GALVÃO, Pauliana Valéria Machado. Análise temporal da mortalidade por suicídio: 1979 a 2015. 2019. 182 f. Tese (Doutorado em Epidemiologia em Saúde Pública) - Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2019.https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/48897Introdução: O suicídio é um problema de saúde pública de impacto mundial, entretanto, para o Brasil, poucos estudos epidemiológicos foram realizados. E quando o assunto é a distri-buição temporal do suicídio, muito ainda há de ser consolidado. Objetivo: analisar a distribuição temporal da mortalidade por suicídio no Brasil, utilizando modelos estatísticos, e no mundo, a partir de uma revisão sistemática. Métodos: um protocolo de revisão sistemática foi criado des-crevendo a estratégia de busca, as bases utilizadas, os termos empregados, sem restrição de ano ou idioma de publicação e a forma de seleção e análise dos artigos selecionados e foi registrado no PROSPERO, sob número CRD42016038470. Diante dos achados, duas modelagens de ten-dência temporal foram propostas: a primeira observou além da produção de um perfil nacional da vítima de suicídio, uma evolução anual das taxas de mortalidade, para a população geral e por sexo, propondo uma modelagem que corrigisse a autocorrelação serial dos resíduos; e a segunda buscou analisar o efeito da idade-período-coorte da mortalidade por suicídio para a população brasileira e por regiões e comparando este efeito por sexo e pelos três principais métodos de suicídio. Para a primeira abordagem, além da estatística descritiva, foi empregado um modelo de regressão de Prais-Winster para identificar a tendência anual, sendo a autocorre-lação serial dos resíduos testada pelo teste de Durbin-Watson; já para a segunda abordagem, o modelo de regressão de Poisson, empregando funções estimáveis, foi empregado. Resultados: Este estudo encontrou 50 artigos de 26 países e evidenciou que padrões sazonais claros foram observados para dia da semana, mês, estação do ano e efeitos idade-período-coorte. O modelo para a população brasileira evidenciou um crescimento de 4,7% ao ano, em média. Para a mo-delagem idade-período-coorte, foi encontrado que, o modelo com os efeitos dos três compo-nentes é o que melhor explica o comportamento das taxas de suicídio e, na sequência, o efeito de coorte e posteriormente o efeito de período para a população geral e por sexo. 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METHODS: A systematic review protocol was created de-creating the search strategy, the bases used, the terms used, without restriction of year or language of publication and the way of selection and analysis of the selected articles and was registered in PROSPERO, under number CRD42016038470. In view of the findings, two temporal trend models were proposed: the first one observed a annual evolution of mortality rates for the general population and by sex, proposing a national profile of the suicide victim a modeling that corrects the serial autocorrelation of the residues; and the second sought to analyze the age-period-cohort effect of suicide mortality for the Brazilian and Regions population and comparing this effect by sex and by the three main suicide methods. For the first approach, in addition to the descriptive statistics, a Prais-Winster regression model was used to identify annual trends, with the serial autocorrelation of the residues being tested by the Durbin-Watson test; for the second approach, the Poisson regression model, using estimable functions, was employed. Results: This study found 50 articles from 26 countries and evidenced that clear seasonal patterns were observed for day of week, month, season and age-period-cohort effects. The model for the Brazilian population showed an average growth of 4.7% per year. For modeling age-period-cohort, it was found that the model with the effects of the three components is the one that best explains the behavior of suicide rates and, subsequently, the cohort effect and then the period effect for the general population and by sex. Analyzing from the point of view of the main methods of suicide employed, this is also the reality found for the hanging. As for suicide by firearm and autointoxication, the period effect is the one that most influenced the behavior of suicide rates, for different reasons. Conclusion: Much remains to be learned about suicide, but this approach directs the formulation of policies and strategies to address this problem. This study does not close one point; it opens the way for us to try to deepen our understanding of the subject of suicide.Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porSuicídioEpidemiologiaMortalidadeEfeito IdadeEfeito PeríodoEfeito CoorteSuicideEpidemiologyMortalityAge EffectPeriod EffectCohort EffectSuicídioEpidemiologiaMortalidadeEfeito IdadeEfeito PeríodoEfeito de CoortesEstudos de Séries TemporaisRevisão SistemáticaEstudos EcológicosAnálise temporal da mortalidade por suicídio: 1979 a 2015Temporal analysis of suicide mortality: 1979 to 2015info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis2019-04-30Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz.Fundação Oswaldo Cruz, Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca.Rio de Janeiro/RJPrograma de Pós-Graduação em Epidemiologia em Saúde Públicainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/48897/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINALpauliana_valéria_machado_galvão_ensp_dout_2019.pdfapplication/pdf2646091https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/48897/2/pauliana_val%c3%a9ria_machado_galv%c3%a3o_ensp_dout_2019.pdf5bf09a55b47e7fe00a525d2bc3853d51MD52TEXTpauliana_valéria_machado_galvão_ensp_dout_2019.pdf.txtpauliana_valéria_machado_galvão_ensp_dout_2019.pdf.txtExtracted texttext/plain484965https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/48897/3/pauliana_val%c3%a9ria_machado_galv%c3%a3o_ensp_dout_2019.pdf.txt88a1caee53450747a5a9f5e61f0b96ffMD53icict/488972021-09-02 02:01:31.622oai:www.arca.fiocruz.br:icict/48897Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352021-09-02T05:01:31Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false
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