Hospitalizações e mortalidade por esporotricose no Brasil com ênfase no estado do Rio de Janeiro: uma análise de 25 anos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Falcão, Eduardo Mastrangelo Marinho
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/26980
Resumo: A esporotricose é uma micose subcutânea de distribuição global e, em geral, os pacientes são tratados ambulatorialmente. Fora do Brasil, o maior surto relatado na literatura ocorreu na África do Sul, acometendo mais de 3.000 indivíduos, com 5 casos graves. No Brasil, os relatos e séries de casos concentram-se nas regiões sul e sudeste. Desde o final da década de 1990, é observado um aumento nos casos dessa doença no estado do Rio de Janeiro, principalmente por transmissão zoonótica envolvendo gatos infectados, além de incremento constante da coinfecção com o HIV, com aumento das hospitalizações e dos óbitos. O Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI) da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), centro de referência no diagnóstico, tratamento e pesquisa desta micose, tem funcionado como unidade sentinela no acompanhamento e combate à progressão da hiperendemia. Este estudo avaliou dados de 25 anos, de bancos de dados do Sistema Único de Saúde (SUS) e prontuários do INI. Foram estudadas 782 hospitalizações do Brasil, entre 1992 e 2015, e 65 óbitos, entre 1991 e 2015. Em 6,0% das hospitalizações e 40,0% dos óbitos, o HIV estava associado. No estado do Rio de Janeiro, ocorreram 250 hospitalizações e 36 óbitos Observou-se um aumento progressivo no número de hospitalizações e óbitos em todo o país, de forma mais expressiva no estado do Rio de Janeiro. Destacaram-se pelo número de hospitalizações, além do Rio de Janeiro, os estados de São Paulo e Goiás, este último sem relatos na literatura de surtos ou áreas hiperendêmicas de esporotricose humana. O INI foi responsável pelo diagnóstico de 4.517 pacientes nesse período, 75 foram hospitalizados 118 vezes e 11 evoluíram a óbito. Eram coinfectados pelo HIV, 38,7% dos hospitalizados e 54,5% dos que evoluíram a óbito. A razão de chances de um paciente coinfectado em relação a um não coinfectado no INI ser hospitalizado foi igual a 66 e de morrer foi 81,9. Além disso, observou-se aumento no número de casos notificados no estado do Rio de Janeiro, chegando a 7.897. Ocorreu expansão da doença ao longo dos anos estudados além do \201Ccinturão\201D previamente descrito, principalmente para a zona oeste da capital, Baixada Fluminense e espalhamento da micose para o restante do estado. Os homens, não brancos, com baixa renda familiar e baixa escolaridade foram os mais frequentes entre os hospitalizados e óbitos. Conclui-se que a esporotricose é causa de hospitalizações e óbitos em todo o território nacional e, no Rio de Janeiro, permanece em expansão, sendo observada uma população mais vulnerável que vem sendo exposta ao fungo, levando ao aumento da morbimortalidade
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spelling Falcão, Eduardo Mastrangelo MarinhoGalhardo, Maria Clara GutierrezorientMutis, Martha Cecilia SuarezBastos, Francisco Inácio Pinkusfeld MonteiroCoutinho, Ziadir FranciscoValle, Antonio Carlos Francesconi doCampos, Dayse PereiraFreitas, Dayvison Francis Saraiva2018-06-19T18:24:21Z2018-06-19T18:24:21Z2018FALCÃO, Eduardo Mastrangelo Marinho. Hospitalizações e mortalidade por esporotricose no Brasil com ênfase no estado do Rio de Janeiro: uma análise de 25 anos. 2018. 96 f. Dissertação (Mestrado em Medicina Tropical)-Fundação Oswaldo Cruz, Instituto Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2018.https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/26980A esporotricose é uma micose subcutânea de distribuição global e, em geral, os pacientes são tratados ambulatorialmente. Fora do Brasil, o maior surto relatado na literatura ocorreu na África do Sul, acometendo mais de 3.000 indivíduos, com 5 casos graves. No Brasil, os relatos e séries de casos concentram-se nas regiões sul e sudeste. Desde o final da década de 1990, é observado um aumento nos casos dessa doença no estado do Rio de Janeiro, principalmente por transmissão zoonótica envolvendo gatos infectados, além de incremento constante da coinfecção com o HIV, com aumento das hospitalizações e dos óbitos. O Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI) da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), centro de referência no diagnóstico, tratamento e pesquisa desta micose, tem funcionado como unidade sentinela no acompanhamento e combate à progressão da hiperendemia. Este estudo avaliou dados de 25 anos, de bancos de dados do Sistema Único de Saúde (SUS) e prontuários do INI. Foram estudadas 782 hospitalizações do Brasil, entre 1992 e 2015, e 65 óbitos, entre 1991 e 2015. Em 6,0% das hospitalizações e 40,0% dos óbitos, o HIV estava associado. No estado do Rio de Janeiro, ocorreram 250 hospitalizações e 36 óbitos Observou-se um aumento progressivo no número de hospitalizações e óbitos em todo o país, de forma mais expressiva no estado do Rio de Janeiro. Destacaram-se pelo número de hospitalizações, além do Rio de Janeiro, os estados de São Paulo e Goiás, este último sem relatos na literatura de surtos ou áreas hiperendêmicas de esporotricose humana. O INI foi responsável pelo diagnóstico de 4.517 pacientes nesse período, 75 foram hospitalizados 118 vezes e 11 evoluíram a óbito. Eram coinfectados pelo HIV, 38,7% dos hospitalizados e 54,5% dos que evoluíram a óbito. A razão de chances de um paciente coinfectado em relação a um não coinfectado no INI ser hospitalizado foi igual a 66 e de morrer foi 81,9. Além disso, observou-se aumento no número de casos notificados no estado do Rio de Janeiro, chegando a 7.897. Ocorreu expansão da doença ao longo dos anos estudados além do \201Ccinturão\201D previamente descrito, principalmente para a zona oeste da capital, Baixada Fluminense e espalhamento da micose para o restante do estado. Os homens, não brancos, com baixa renda familiar e baixa escolaridade foram os mais frequentes entre os hospitalizados e óbitos. Conclui-se que a esporotricose é causa de hospitalizações e óbitos em todo o território nacional e, no Rio de Janeiro, permanece em expansão, sendo observada uma população mais vulnerável que vem sendo exposta ao fungo, levando ao aumento da morbimortalidadeSporotrichosis is a subcutaneous mycosis of global distribution and, mainly, patients are treated as outpatients. Outside Brazil, the largest reported outbreak was in South Africa, affecting more than 3,000 individuals, with 5 severe cases. In Brazil, publications are mainly from the south and southeast regions. Since the 1990s, there has been an increase in cases of the disease in the state of Rio de Janeiro due to zoonotic transmission involving infected cats. There was an increase in cases reported to be associated with HIV leading to more serious illnesses, hospitalizations and deaths. The Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI) of the Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) is a reference center for the diagnosis, treatment and research of this disease and has operated monitoring and combating the progress of the hyperendemia. This study evaluated 25 years of data from databases of the Sistema Único de Saúde (SUS) and INI charts. There were 782 hospitalizations in Brazil between 1992 and 2015 and 65 deaths between 1991 and 2015. HIV was associated in 6.0% of hospitalizations and 40.0% of deaths In the state of Rio de Janeiro there were 250 hospitalizations and 36 deaths. There was an increase in the number of hospitalizations and deaths throughout the country, more significantly in the state of Rio de Janeiro. In addition to Rio de Janeiro, there was an important number of hospitalizations in São Paulo and Goiás states, the latter without reports of hyperendemic areas or outbreaks of human sporotrichosis. The INI was responsible for the diagnosis of 4,517 patients in this period, 75 were hospitalized 118 times and 11 died. Patients coinfected with HIV represented 38.7% of these hospitalized patients and 54.5% of those who died. The odds ratio of a coinfected patient in relation to a non-coinfected one to be hospitalized at the INI was 66 and of dying was 81.9. The number of cases in the state of Rio de Janeiro reached 7,897. There was an expansion of the disease over the years studied, in addition to the "belt" previously described, mainly to a western part of the capital and to the rest of the state. The non-white men with low family income and few years of schooling were the most frequently among the hospitalized and deaths. We conclude that sporotrichosis is cause of hospitalizations and deaths in the national territory and, in Rio de Janeiro, it is expanding, with a more vulnerable population being exposed to the fungus, leading to increased morbimortality.2020-02-01Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porEsporotricoseHospitalizaçãoRegistros de MortalidadeDistribuição Espacial da PopulaçãoHIVEsporotricoseHospitalizaçãoRegistros de MortalidadeDistribuição Espacial da PopulaçãoHIVHospitalizações e mortalidade por esporotricose no Brasil com ênfase no estado do Rio de Janeiro: uma análise de 25 anosinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis2018Pós-Graduação em Medicina TropicalFundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo CruzMestrado AcadêmicoRio de Janeiro/RJPrograma de Pós-Graduação em Medicina Tropicalinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/26980/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINALeduardo_falcao_ioc_mest_2018.pdfeduardo_falcao_ioc_mest_2018.pdfapplication/pdf3715077https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/26980/2/eduardo_falcao_ioc_mest_2018.pdf3d3463e00e07e3e47c42887fbb3a78c8MD52TEXTeduardo_falcao_ioc_mest_2018.pdf.txteduardo_falcao_ioc_mest_2018.pdf.txtExtracted texttext/plain183252https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/26980/3/eduardo_falcao_ioc_mest_2018.pdf.txtb58c11b93a83b6afd906ef78ca76075dMD53icict/269802023-09-04 11:49:13.387oai:www.arca.fiocruz.br:icict/26980Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352023-09-04T14:49:13Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false
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