Papel das proteínas ABCG1, ABCG4, HMGCoA redutase e ORP1L na homeostasia de colesterol em Leishmania spp

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pereira, Thaís Martins
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/37717
Resumo: Na biossíntese de colesterol em células de mamíferos, a HMGCoA redutase é a enzima limitante da velocidade de síntese. Os tripanossomatídeos têm a sua própria maquinaria para a síntese de esteróis, sintetizando esteróis com esqueleto ergostano. No entanto, uma alta porcentagem de colesterol exógeno é encontrada em Leishmania spp. O transporte de colesterol e outros esteróis em sua forma livre ainda não está bem descrito nesses parasitos, estando as proteínas ABCG1 e ABCG4 relacionadas com o transporte de colesterol e fosfolipídeos em mamíferos. O genoma de Leishmania spp. tem 42 genes da família ABC, mas suas funções ainda estão sendo elucidadas. Em relação à célula hospedeira, a ORP1L é uma proteína presente nos endossomas tardios que interage com o retículo endoplasmático quando a célula apresenta baixos níveis de colesterol. Além disso, a ORP1L já foi identificada no vacúolo parasitóforo de Coxiella burnetii, que é semelhante ao de Leishmania spp. Neste trabalho visamos compreender o papel de algumas enzimas e transportadores na homeostase de esteróis de Leishmania ssp. Para estudar o papel da HMGCoA redutase, da ABCG1 e da ABCG4, foram produzidas cepas de Leishmania spp. superexpressando esses genes. As promastigotas ABCG1high e o HMGCoAhigh apresentaram significativa resistência ao cetoconazol, inibidor da biossíntese de ergosterol (5 vezes e 4 vezes, respectivamente) Após os testes de suscetipibilidade, investigamos a infectividade de cada cepa e observamos que a superexpressão dos genes ABCG1 e 4, levaram a redução na infectividade do parasito. Em relação à atividade antiamastigota, HMGCoAhigh foi resistente ao cetoconazol e à terbinafina; entretanto, ABCG1high e ABCG4high foram sensíveis à terbinafina. Em seguida avaliamos o perfil de esteróis dos parasitos após o tratamento com terbinafina e cetoconazol em meio completo; as cepas ABCG4high e HMGCoAhigh não captaram colesterol exógeno com o tratamento, entretando a ABCG1high captou colesterol do meio de forma dose dependente. O perfil de esteróis em meio deslipidado com oferta ou não de colesterol solúvel não apresentou diferença para a cepa HMGCoAhigh, mas a cepa ABCG4high incorporou menos colesterol solúvel que o controle. Depois disso, avaliamos a captação de NBD-colesterol por citometria de fluxo, em estresse nutricional (privação de esteróis no meio de cultura). As cepas HMGCoAhigh e ABCG4high aumentaram a captação de colesterol até 4 h após a incubação; entretanto, a ABCG1high fez efluxo do colesterol. Para estudar a ORP1L, transfectamos células HeLa e Raw com ORP1L-GFP e detectamos sua presença no vacúolo parasitóforo por fluorescência. Em conjunto, esses resultados mostram que a enzima HMGCoA redutase e os transportadores ABCG1 e ABCG4 desempenham um papel na homeostasia de esteróis e que ORP1L está presente no vacúolo parasitóforo de Leishmania amazonensis.
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O genoma de Leishmania spp. tem 42 genes da família ABC, mas suas funções ainda estão sendo elucidadas. Em relação à célula hospedeira, a ORP1L é uma proteína presente nos endossomas tardios que interage com o retículo endoplasmático quando a célula apresenta baixos níveis de colesterol. Além disso, a ORP1L já foi identificada no vacúolo parasitóforo de Coxiella burnetii, que é semelhante ao de Leishmania spp. Neste trabalho visamos compreender o papel de algumas enzimas e transportadores na homeostase de esteróis de Leishmania ssp. Para estudar o papel da HMGCoA redutase, da ABCG1 e da ABCG4, foram produzidas cepas de Leishmania spp. superexpressando esses genes. 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Depois disso, avaliamos a captação de NBD-colesterol por citometria de fluxo, em estresse nutricional (privação de esteróis no meio de cultura). As cepas HMGCoAhigh e ABCG4high aumentaram a captação de colesterol até 4 h após a incubação; entretanto, a ABCG1high fez efluxo do colesterol. Para estudar a ORP1L, transfectamos células HeLa e Raw com ORP1L-GFP e detectamos sua presença no vacúolo parasitóforo por fluorescência. Em conjunto, esses resultados mostram que a enzima HMGCoA redutase e os transportadores ABCG1 e ABCG4 desempenham um papel na homeostasia de esteróis e que ORP1L está presente no vacúolo parasitóforo de Leishmania amazonensis.In the biosynthesis of cholesterol in mammalian cells, HMGCoA reductase is the rate-limiting enzyme of synthesis. Trypanosomatids have their own machinery for the synthesis of sterols, synthesizing sterols with ergostane skeleton. However, a high percentage of exogenous cholesterol is found in Leishmania spp. The transport of cholesterol and other sterols in their free form is still not well described in these parasites, with ABCG1 and ABCG4 proteins being related to the transport of cholesterol and phospholipids in mammals. The genome of Leishmania spp. has 42 genes from the ABC family, but their functions are still being elucidated. Regarding the host cell, ORP1L is a protein present in late endosomes that interacts with the endoplasmic reticulum when the cell has low levels of cholesterol. In addition, ORP1L has already been identified in the parasitic vacuole of Coxiella burnetii, which is similar to Leishmania spp. In this work we aim to understand the role of some enzymes and transporters in the sterol homeostasis of Leishmania spp. To study the role of HMGCoA reductase, ABCG1 and ABCG4, Leishmania spp. strains were produced by overexpressing these genes. The ABCG1high promastigotes and HMGCoAhigh showed significant resistance to ketoconazole, inhibitor of ergosterol biosynthesis (5-fold and 4-fold, respectively). After the susceptibility tests, we investigated the infectivity of each strain and observed that the overexpression of the ABCG1 and 4 genes led to a reduction in infectivity of the parasite. Regarding antiamastigote activity, HMGCoAhigh was resistant to ketoconazole and terbinafine; however, ABCG1high and ABCG4high were sensitive to terbinafine. We then evaluated the sterol profile of the parasites after treatment with terbinafine and ketoconazole in complete medium; the ABCG4high and HMGCoAhigh strains did not capture exogenous cholesterol with the treatment, whereas ABCG1high captured cholesterol from the medium in a dose-dependent manner. The profile of sterols in a delipidated medium with or without soluble cholesterol showed no difference for the HMGCoAhigh strain, but the ABCG4high strain incorporated less soluble cholesterol than the control. After that, we evaluated the uptake of NBD-cholesterol by flow cytometry in nutritional stress (deprivation of sterols in the culture medium). The HMGCoAhigh and ABCG4high strains increased cholesterol uptake up to 4h after incubation; however, ABCG1high has made cholesterol outflow. To study ORP1L, we transfected HeLa and Raw cells with ORP1L-GFP and detected their presence in the parasitoid vacuole by fluorescence. Taken together, these results show that the enzyme HMGCoA reductase and the ABCG1 and ABCG4 transporters play a role in the sterol homeostasis and that ORP1L is present in the vacuole parasitophorous of Leishmania amazonensis.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porLeishmania sppColesterolBiossíntese de esteróisTransportadoresLipídeosLeishmaniaColesterol - biossíteseLipídeosSubfamília G de transportadores de cassetes de ligação ATPPapel das proteínas ABCG1, ABCG4, HMGCoA redutase e ORP1L na homeostasia de colesterol em Leishmania sppinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis2018Instituto Oswaldo CruzFundação Oswaldo CruzRio de JaneiroPrograma de Pós-Graduação em Biologia Celular e Molecularinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/37717/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINALthais_pereira_ioc_dout_2018.pdfthais_pereira_ioc_dout_2018.pdfapplication/pdf3554418https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/37717/2/thais_pereira_ioc_dout_2018.pdfd26abb414f56c6a12e8e01b419cc7c0eMD52TEXTthais_pereira_ioc_dout_2018.pdf.txtthais_pereira_ioc_dout_2018.pdf.txtExtracted texttext/plain173071https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/37717/3/thais_pereira_ioc_dout_2018.pdf.txtda66463a9afc1f09c5541d90eeadda4cMD53icict/377172019-12-10 22:42:09.562oai:www.arca.fiocruz.br:icict/37717Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352019-12-11T01:42:09Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false
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