Controle da pressão arterial e fatores de risco adicionais em hipertensos: evolução dos dados da pesquisa estadual de saúde e nutrição de Pernambuco

• Autor(a) principal: Souza, Nathália Paula de
• Data de Publicação: 2018
• Outros Autores: Cesse, Eduarda Ângela Pessoa, Souza, Wayner Vieira de, Fontbonne, Annick, Barreto, Maria Nelly Sobreira de Carvalho, Barbosa, Maria Andressa Gomes, Oliveira, Juliana Souza, Leal, Vanessa Sá, Batista Filho, Malaquias, Lira, Pedro Israel Cabral de
• Tipo de documento: Artigo de conferência
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
• Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/38015
• topic: Pressão arterial sistólica; Fator de risco; Doenças cerebrovasculares; Hipertensos

A pressão arterial sistólica foi o fator de risco de maior carga para perdas de anos ajustados por incapacidade, em 2015, ultrapassando o hábito de fumar e a obesidade, segundo dados do Global Burden of Disease. Por outro lado, observa-se tendência de diminuição da mortalidade por doenças cerebrovasculares no Brasil, na qual o adequado controle dos hipertensos apresenta grande impacto. Avaliar a evolução do controle da pressão arterial (PA) e fatores de risco (FR) adicionais em adultos hipertensos do estado de Pernambuco entre 2006 e 2016. Estudo de corte transversal utilizando dados das Pesquisas Estaduais de Saúde e Nutrição, 2006 e 2016. Foram realizadas amostras aleatórias de domicílios, de áreas urbanas e rurais, cujo público alvo foi adulto a partir de 20 anos de idade. A população geral destas pesquisas foi composta por 1718 indivíduos em 2006 e 1195 em 2016, sendo selecionados 386 e 291 hipertensos autorreferidos dos respectivos estudos, com dados completos de PA, bioquímicos e antropométricos. O risco cardiovascular foi avaliado conforme a VII Diretriz Brasileira de Hipertensão. O software estatístico SPSS (versão 19) foi utilizado para análise dos dados. Entre 2006 e 2016, a população urbana passou de 52,8% para 72,5%, a proporção de idosos aumentou de 8,2% para 13,9%, os indivíduos com menos de oito anos de escolaridade reduziram de 71,9% para 55%, e a prevalência de hipertensão autorreferida passou de 28,9% para 28,6%, considerando a população geral das pesquisas. A medida da PA foi ≥140 ou ≥90 mmHg em 49,5% dos hipertensos em 2006 e 46% em 2016, destes 83,2% em 2006 e 65,7% em 2016 possuíam três ou mais FR adicionais. Houve uma redução de 18,1% na presença de três ou mais FR adicionais, que passou de 76,2% para 58,1%. No período, observou-se melhora no controle da PA e na redução dos FR adicionais, apesar da transição epidemiológica e consequências da urbanização no Estado. Ainda assim, quase metade dos hipertensos apresentou dificuldade de controle pressórico. Esses achados ratificam a importância da adoção de estratégias que assegurem o acesso e continuidade do cuidado com olhar focado na realidade local.