A hanseníase no laboratório
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2003 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
Texto Completo: | https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/33279 |
Resumo: | Médica, doutora em patologia, Euzenir Sarno é estudiosa da imunopatologia da hanseníase, infecção crônica das mais antigas que constitui uma doença exclusivamente humana. Integrante de um dos ambulatórios de referência sobre a doença no Brasil, no qual são diagnosticados de 220 a 250 pacientes novos/ano, ressalta que uma das conseqüências da impossibilidade de se cultivar o Mycobacterium leprae é a permanência das mesmas questões seculares a respeito da transmissão e a suscetibilidade à doença. Há, também, muitas interrogações no terreno epidemiológico que permanecem sem resposta. Estima-se que entre as pessoas que mantêm contato com pacientes multibacilares, 90% são infectados mas apenas 8% mais ou menos ficam doentes. O índice elevado de infecção de quem convive com doentes multibacilares, sem que a doença se manifeste, indica que apenas um pequeno número de indivíduos não tem resistência ao Mycobacterium leprae. Essa é uma das questões que a imunologia não consegue responder: por que algumas pessoas têm resistência e outras não. A proporção é menor se o contato ocorrer com pacientes paucibacilares, uma forma de manifestação com poucos bacilos. A hanseníase é conhecida como uma doença dermatológica, mas a especialista destaca que a primeira lesão é anestésica: o nervo é atingido. Além dos nervos sensitivos da pele, há danos que determinam lesões motoras e deformidades irreversíveis, que levam à amputação de extremidades. O Mycobacterium leprae foi uma das primeiras bactérias patogênicas que tiveram o genoma completamente sequenciado, em 2000. Agora é que se está começando a ter realmente condições para obter testes mais precisos. A doença não é hereditária e apenas em 1986 os serviços de saúde no Brasil passaram a se organizar para combatê-la, pois durante os vinte anos de ditadura militar o sistema foi desmantelado. Em 1991, o tratamento de um ano que inclui três drogas Dapsona, Rifanpicina e Clofazimina foi introduzido em nosso país. Apenas 30% dos casos são negativados. Segundo a entrevistada, enquanto a tuberculose é doença altamente bacilar e virulenta, o bacilo da lepra não é virulento, é preguiçoso; é um germe que está no fim de seu processo evolutivo; 1/3 de seu genoma não funciona. |
id |
CRUZ_10704956a46bc262d6cd7afec0ac336f |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:www.arca.fiocruz.br:icict/33279 |
network_acronym_str |
CRUZ |
network_name_str |
Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
repository_id_str |
2135 |
spelling |
Sarno, Euzenir Nunes2019-05-30T11:55:24Z2019-05-30T11:55:24Z2003SARNO, Euzenir Nunes. A Hanseníase no Laboratório. História, Ciências, Saúde-Manguinhos, v. 10, Suppl. 1, p. 277-90, 2003.0104-5970https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/3327910.1590/S0104-597020030004000131678-4758Médica, doutora em patologia, Euzenir Sarno é estudiosa da imunopatologia da hanseníase, infecção crônica das mais antigas que constitui uma doença exclusivamente humana. Integrante de um dos ambulatórios de referência sobre a doença no Brasil, no qual são diagnosticados de 220 a 250 pacientes novos/ano, ressalta que uma das conseqüências da impossibilidade de se cultivar o Mycobacterium leprae é a permanência das mesmas questões seculares a respeito da transmissão e a suscetibilidade à doença. Há, também, muitas interrogações no terreno epidemiológico que permanecem sem resposta. Estima-se que entre as pessoas que mantêm contato com pacientes multibacilares, 90% são infectados mas apenas 8% mais ou menos ficam doentes. O índice elevado de infecção de quem convive com doentes multibacilares, sem que a doença se manifeste, indica que apenas um pequeno número de indivíduos não tem resistência ao Mycobacterium leprae. Essa é uma das questões que a imunologia não consegue responder: por que algumas pessoas têm resistência e outras não. A proporção é menor se o contato ocorrer com pacientes paucibacilares, uma forma de manifestação com poucos bacilos. A hanseníase é conhecida como uma doença dermatológica, mas a especialista destaca que a primeira lesão é anestésica: o nervo é atingido. Além dos nervos sensitivos da pele, há danos que determinam lesões motoras e deformidades irreversíveis, que levam à amputação de extremidades. O Mycobacterium leprae foi uma das primeiras bactérias patogênicas que tiveram o genoma completamente sequenciado, em 2000. Agora é que se está começando a ter realmente condições para obter testes mais precisos. A doença não é hereditária e apenas em 1986 os serviços de saúde no Brasil passaram a se organizar para combatê-la, pois durante os vinte anos de ditadura militar o sistema foi desmantelado. Em 1991, o tratamento de um ano que inclui três drogas Dapsona, Rifanpicina e Clofazimina foi introduzido em nosso país. Apenas 30% dos casos são negativados. Segundo a entrevistada, enquanto a tuberculose é doença altamente bacilar e virulenta, o bacilo da lepra não é virulento, é preguiçoso; é um germe que está no fim de seu processo evolutivo; 1/3 de seu genoma não funciona.A physical doctor with a PhD in Pathology, Euzenir Nunes Sarno studies the immunology factors of Hansen s disease, one of the oldest chronic infections and that is an exclusively human disease. Staff member of an ambulatory that has become a reference on the disease in Brazil with 220 to 250 new patients per year, Euzenir emphasizes that the fact one cannot cultivate Mycobacterium leprae brings about some everlasting questions in relation to the transmission of and the sensitivity to the disease. There are also many epidemiology questions that remain unanswered. Estimates show that, among those who have contact with multi-bacilli patients, 90% are infected but only about 8% get sick. The high infection rate of those who live with multi-bacilli patients but never fall sick shows that just a small number of individuals are sensitive to Mycobacterium leprae. This is one of the questions immunology has not been able to answer. Why do some people resist to it and some don t? The figures are even lower when compared to those who are in contact with patients that are paucibacillus- infected, i.e. a manifestation of the disease with few bacilli. Hansen s disease is known as a skin malady. But, according to the specialist, its first damage is to the nerve, when the area becomes insensitive. Besides damaging the sensitive skin nerves, the disease can lead to motor disability and irreversible deformities, which sometimes lead to the amputation of limbs and protruded parts of the body. Mycobacterium leprae was one of the first pathogenic bacteria whose genome sequence has been entirely mapped. Only now we have the capacity to have more precise assessments. The disease is not inherited, and only in 1986 health services in Brazil began to take the responsibility for both the disease and its patients. During the twenty-year military dictatorship the country underwent, the health system was dismantled. In 1991, the one-year treatment with three drugs Dapsone, Rifanpicine and Clofazimine was introduced in our country. Just 30% of the cases get to negative results after the treatment. According to the interviewee, whereas tuberculosis is a highly virulent multi-bacilli disease, leprosy bacillus is not virulent, is a lazy germ at the end of its evolutional process. One third of its genome does not work.Fundação Oswaldo Cruz. Vice-Presidência de Pesquisa. Rio de Janeiro, RJ, Brasil / Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Laboratório de Hanseníase. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porFundação Oswaldo Cruz. Casa de Oswaldo CruzHanseníasePesquisas laboratoriaisImunopatologiaMycobacterium lepraeEstatísticasLeprosyHansen´s diseaseLab researchImmuno-pathologyMycobacterium lepraeStatisticsA hanseníase no laboratórioHansen s disease in the laboratoryinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82991https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/33279/1/license.txt5a560609d32a3863062d77ff32785d58MD51ORIGINALEuzenirNunes_Sarno_IOC_2003.pdfEuzenirNunes_Sarno_IOC_2003.pdfapplication/pdf140071https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/33279/2/EuzenirNunes_Sarno_IOC_2003.pdfd64c8f2a21dbe62b47d99079f5b72af9MD52TEXTEuzenirNunes_Sarno_IOC_2003.pdf.txtEuzenirNunes_Sarno_IOC_2003.pdf.txtExtracted texttext/plain43112https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/33279/3/EuzenirNunes_Sarno_IOC_2003.pdf.txte9337ec9a4c66b88d82c34c627c6290bMD53icict/332792019-06-01 16:54:45.185oai:www.arca.fiocruz.br:icict/33279Q0VTU8ODTyBOw4NPIEVYQ0xVU0lWQSBERSBESVJFSVRPUyBBVVRPUkFJUwoKQW8gYWNlaXRhciBvcyBURVJNT1MgZSBDT05EScOHw5VFUyBkZXN0YSBDRVNTw4NPLCBvIEFVVE9SIGUvb3UgVElUVUxBUiBkZSBkaXJlaXRvcwphdXRvcmFpcyBzb2JyZSBhIE9CUkEgZGUgcXVlIHRyYXRhIGVzdGUgZG9jdW1lbnRvOgoKKDEpIENFREUgZSBUUkFOU0ZFUkUsIHRvdGFsIGUgZ3JhdHVpdGFtZW50ZSwgw6AgRklPQ1JVWiAtIEZVTkRBw4fDg08gT1NXQUxETyBDUlVaLCBlbQpjYXLDoXRlciBwZXJtYW5lbnRlLCBpcnJldm9nw6F2ZWwgZSBOw4NPIEVYQ0xVU0lWTywgdG9kb3Mgb3MgZGlyZWl0b3MgcGF0cmltb25pYWlzIE7Dg08KQ09NRVJDSUFJUyBkZSB1dGlsaXphw6fDo28gZGEgT0JSQSBhcnTDrXN0aWNhIGUvb3UgY2llbnTDrWZpY2EgaW5kaWNhZGEgYWNpbWEsIGluY2x1c2l2ZSBvcyBkaXJlaXRvcwpkZSB2b3ogZSBpbWFnZW0gdmluY3VsYWRvcyDDoCBPQlJBLCBkdXJhbnRlIHRvZG8gbyBwcmF6byBkZSBkdXJhw6fDo28gZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCBlbQpxdWFscXVlciBpZGlvbWEgZSBlbSB0b2RvcyBvcyBwYcOtc2VzOwoKKDIpIEFDRUlUQSBxdWUgYSBjZXNzw6NvIHRvdGFsIG7Do28gZXhjbHVzaXZhLCBwZXJtYW5lbnRlIGUgaXJyZXZvZ8OhdmVsIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcwpwYXRyaW1vbmlhaXMgbsOjbyBjb21lcmNpYWlzIGRlIHV0aWxpemHDp8OjbyBkZSBxdWUgdHJhdGEgZXN0ZSBkb2N1bWVudG8gaW5jbHVpLCBleGVtcGxpZmljYXRpdmFtZW50ZSwKb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgZGlzcG9uaWJpbGl6YcOnw6NvIGUgY29tdW5pY2HDp8OjbyBww7pibGljYSBkYSBPQlJBLCBlbSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IHZlw61jdWxvLAppbmNsdXNpdmUgZW0gUmVwb3NpdMOzcmlvcyBEaWdpdGFpcywgYmVtIGNvbW8gb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgcmVwcm9kdcOnw6NvLCBleGliacOnw6NvLCBleGVjdcOnw6NvLApkZWNsYW1hw6fDo28sIHJlY2l0YcOnw6NvLCBleHBvc2nDp8OjbywgYXJxdWl2YW1lbnRvLCBpbmNsdXPDo28gZW0gYmFuY28gZGUgZGFkb3MsIHByZXNlcnZhw6fDo28sIGRpZnVzw6NvLApkaXN0cmlidWnDp8OjbywgZGl2dWxnYcOnw6NvLCBlbXByw6lzdGltbywgdHJhZHXDp8OjbywgZHVibGFnZW0sIGxlZ2VuZGFnZW0sIGluY2x1c8OjbyBlbSBub3ZhcyBvYnJhcyBvdQpjb2xldMOibmVhcywgcmV1dGlsaXphw6fDo28sIGVkacOnw6NvLCBwcm9kdcOnw6NvIGRlIG1hdGVyaWFsIGRpZMOhdGljbyBlIGN1cnNvcyBvdSBxdWFscXVlciBmb3JtYSBkZQp1dGlsaXphw6fDo28gbsOjbyBjb21lcmNpYWw7CgooMykgUkVDT05IRUNFIHF1ZSBhIGNlc3PDo28gYXF1aSBlc3BlY2lmaWNhZGEgY29uY2VkZSDDoCBGSU9DUlVaIC0gRlVOREHDh8ODTyBPU1dBTERPCkNSVVogbyBkaXJlaXRvIGRlIGF1dG9yaXphciBxdWFscXVlciBwZXNzb2Eg4oCTIGbDrXNpY2Egb3UganVyw61kaWNhLCBww7pibGljYSBvdSBwcml2YWRhLCBuYWNpb25hbCBvdQplc3RyYW5nZWlyYSDigJMgYSBhY2Vzc2FyIGUgdXRpbGl6YXIgYW1wbGFtZW50ZSBhIE9CUkEsIHNlbSBleGNsdXNpdmlkYWRlLCBwYXJhIHF1YWlzcXVlcgpmaW5hbGlkYWRlcyBuw6NvIGNvbWVyY2lhaXM7CgooNCkgREVDTEFSQSBxdWUgYSBvYnJhIMOpIGNyaWHDp8OjbyBvcmlnaW5hbCBlIHF1ZSDDqSBvIHRpdHVsYXIgZG9zIGRpcmVpdG9zIGFxdWkgY2VkaWRvcyBlIGF1dG9yaXphZG9zLApyZXNwb25zYWJpbGl6YW5kby1zZSBpbnRlZ3JhbG1lbnRlIHBlbG8gY29udGXDumRvIGUgb3V0cm9zIGVsZW1lbnRvcyBxdWUgZmF6ZW0gcGFydGUgZGEgT0JSQSwKaW5jbHVzaXZlIG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIHZveiBlIGltYWdlbSB2aW5jdWxhZG9zIMOgIE9CUkEsIG9icmlnYW5kby1zZSBhIGluZGVuaXphciB0ZXJjZWlyb3MgcG9yCmRhbm9zLCBiZW0gY29tbyBpbmRlbml6YXIgZSByZXNzYXJjaXIgYSBGSU9DUlVaIC0gRlVOREHDh8ODTyBPU1dBTERPIENSVVogZGUKZXZlbnR1YWlzIGRlc3Blc2FzIHF1ZSB2aWVyZW0gYSBzdXBvcnRhciwgZW0gcmF6w6NvIGRlIHF1YWxxdWVyIG9mZW5zYSBhIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIG91CmRpcmVpdG9zIGRlIHZveiBvdSBpbWFnZW0sIHByaW5jaXBhbG1lbnRlIG5vIHF1ZSBkaXogcmVzcGVpdG8gYSBwbMOhZ2lvIGUgdmlvbGHDp8O1ZXMgZGUgZGlyZWl0b3M7CgooNSkgQUZJUk1BIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgUG9sw610aWNhIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGUgQWNlc3NvIEFiZXJ0byBkYSBGSU9DUlVaIC0gRlVOREHDh8ODTwpPU1dBTERPIENSVVogZSBhcyBkaXJldHJpemVzIHBhcmEgbyBmdW5jaW9uYW1lbnRvIGRvIHJlcG9zaXTDs3JpbyBpbnN0aXR1Y2lvbmFsIEFSQ0EuCgpBIFBvbMOtdGljYSBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRlIEFjZXNzbyBBYmVydG8gZGEgRklPQ1JVWiAtIEZVTkRBw4fDg08gT1NXQUxETyBDUlVaIHJlc2VydmEKZXhjbHVzaXZhbWVudGUgYW8gQVVUT1Igb3MgZGlyZWl0b3MgbW9yYWlzIGUgb3MgdXNvcyBjb21lcmNpYWlzIHNvYnJlIGFzIG9icmFzIGRlIHN1YSBhdXRvcmlhCmUvb3UgdGl0dWxhcmlkYWRlLCBzZW5kbyBvcyB0ZXJjZWlyb3MgdXN1w6FyaW9zIHJlc3BvbnPDoXZlaXMgcGVsYSBhdHJpYnVpw6fDo28gZGUgYXV0b3JpYSBlIG1hbnV0ZW7Dp8OjbwpkYSBpbnRlZ3JpZGFkZSBkYSBPQlJBIGVtIHF1YWxxdWVyIHV0aWxpemHDp8Ojby4KCkEgUG9sw610aWNhIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGUgQWNlc3NvIEFiZXJ0byBkYSBGSU9DUlVaIC0gRlVOREHDh8ODTyBPU1dBTERPIENSVVoKcmVzcGVpdGEgb3MgY29udHJhdG9zIGUgYWNvcmRvcyBwcmVleGlzdGVudGVzIGRvcyBBdXRvcmVzIGNvbSB0ZXJjZWlyb3MsIGNhYmVuZG8gYW9zIEF1dG9yZXMKaW5mb3JtYXIgw6AgSW5zdGl0dWnDp8OjbyBhcyBjb25kacOnw7VlcyBlIG91dHJhcyByZXN0cmnDp8O1ZXMgaW1wb3N0YXMgcG9yIGVzdGVzIGluc3RydW1lbnRvcy4KRepositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352019-06-01T19:54:45Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
A hanseníase no laboratório |
dc.title.alternative.pt_BR.fl_str_mv |
Hansen s disease in the laboratory |
title |
A hanseníase no laboratório |
spellingShingle |
A hanseníase no laboratório Sarno, Euzenir Nunes Hanseníase Pesquisas laboratoriais Imunopatologia Mycobacterium leprae Estatísticas Leprosy Hansen´s disease Lab research Immuno-pathology Mycobacterium leprae Statistics |
title_short |
A hanseníase no laboratório |
title_full |
A hanseníase no laboratório |
title_fullStr |
A hanseníase no laboratório |
title_full_unstemmed |
A hanseníase no laboratório |
title_sort |
A hanseníase no laboratório |
author |
Sarno, Euzenir Nunes |
author_facet |
Sarno, Euzenir Nunes |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Sarno, Euzenir Nunes |
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv |
Hanseníase Pesquisas laboratoriais Imunopatologia Mycobacterium leprae Estatísticas |
topic |
Hanseníase Pesquisas laboratoriais Imunopatologia Mycobacterium leprae Estatísticas Leprosy Hansen´s disease Lab research Immuno-pathology Mycobacterium leprae Statistics |
dc.subject.en.pt_BR.fl_str_mv |
Leprosy Hansen´s disease Lab research Immuno-pathology Mycobacterium leprae Statistics |
description |
Médica, doutora em patologia, Euzenir Sarno é estudiosa da imunopatologia da hanseníase, infecção crônica das mais antigas que constitui uma doença exclusivamente humana. Integrante de um dos ambulatórios de referência sobre a doença no Brasil, no qual são diagnosticados de 220 a 250 pacientes novos/ano, ressalta que uma das conseqüências da impossibilidade de se cultivar o Mycobacterium leprae é a permanência das mesmas questões seculares a respeito da transmissão e a suscetibilidade à doença. Há, também, muitas interrogações no terreno epidemiológico que permanecem sem resposta. Estima-se que entre as pessoas que mantêm contato com pacientes multibacilares, 90% são infectados mas apenas 8% mais ou menos ficam doentes. O índice elevado de infecção de quem convive com doentes multibacilares, sem que a doença se manifeste, indica que apenas um pequeno número de indivíduos não tem resistência ao Mycobacterium leprae. Essa é uma das questões que a imunologia não consegue responder: por que algumas pessoas têm resistência e outras não. A proporção é menor se o contato ocorrer com pacientes paucibacilares, uma forma de manifestação com poucos bacilos. A hanseníase é conhecida como uma doença dermatológica, mas a especialista destaca que a primeira lesão é anestésica: o nervo é atingido. Além dos nervos sensitivos da pele, há danos que determinam lesões motoras e deformidades irreversíveis, que levam à amputação de extremidades. O Mycobacterium leprae foi uma das primeiras bactérias patogênicas que tiveram o genoma completamente sequenciado, em 2000. Agora é que se está começando a ter realmente condições para obter testes mais precisos. A doença não é hereditária e apenas em 1986 os serviços de saúde no Brasil passaram a se organizar para combatê-la, pois durante os vinte anos de ditadura militar o sistema foi desmantelado. Em 1991, o tratamento de um ano que inclui três drogas Dapsona, Rifanpicina e Clofazimina foi introduzido em nosso país. Apenas 30% dos casos são negativados. Segundo a entrevistada, enquanto a tuberculose é doença altamente bacilar e virulenta, o bacilo da lepra não é virulento, é preguiçoso; é um germe que está no fim de seu processo evolutivo; 1/3 de seu genoma não funciona. |
publishDate |
2003 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2003 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2019-05-30T11:55:24Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2019-05-30T11:55:24Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.citation.fl_str_mv |
SARNO, Euzenir Nunes. A Hanseníase no Laboratório. História, Ciências, Saúde-Manguinhos, v. 10, Suppl. 1, p. 277-90, 2003. |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/33279 |
dc.identifier.issn.pt_BR.fl_str_mv |
0104-5970 |
dc.identifier.doi.pt_BR.fl_str_mv |
10.1590/S0104-59702003000400013 |
dc.identifier.eissn.none.fl_str_mv |
1678-4758 |
identifier_str_mv |
SARNO, Euzenir Nunes. A Hanseníase no Laboratório. História, Ciências, Saúde-Manguinhos, v. 10, Suppl. 1, p. 277-90, 2003. 0104-5970 10.1590/S0104-59702003000400013 1678-4758 |
url |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/33279 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Fundação Oswaldo Cruz. Casa de Oswaldo Cruz |
publisher.none.fl_str_mv |
Fundação Oswaldo Cruz. Casa de Oswaldo Cruz |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) instacron:FIOCRUZ |
instname_str |
Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) |
instacron_str |
FIOCRUZ |
institution |
FIOCRUZ |
reponame_str |
Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
collection |
Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/33279/1/license.txt https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/33279/2/EuzenirNunes_Sarno_IOC_2003.pdf https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/33279/3/EuzenirNunes_Sarno_IOC_2003.pdf.txt |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
5a560609d32a3863062d77ff32785d58 d64c8f2a21dbe62b47d99079f5b72af9 e9337ec9a4c66b88d82c34c627c6290b |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) |
repository.mail.fl_str_mv |
repositorio.arca@fiocruz.br |
_version_ |
1822792051296567296 |