Doutores da Batalha da Borracha: os médicos do Serviço Especial de Mobilização de Trabalhadores para a Amazônia (SEMTA) e o recrutamento de trabalhadores para os seringais em tempo de guerra (1942-1943)
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Dissertação |
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Título da fonte: | Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
Texto Completo: | https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/18966 |
Resumo: | Essa dissertação analisa a participação dos médicos do Serviço Especial de Mobilização de Trabalhadores para Amazônia (SEMTA), responsáveis em recrutar e selecionar trabalhadores fisicamente capazes visando aumentar a produção nos seringais amazônicos que atenderia a demanda dos Aliados durante a Segunda Guerra Mundial na denominada Batalha da Borracha entre os anos de 1942 e 1943. O SEMTA foi criado pelo ministro João Alberto Lins de Barros, da Coordenação de Mobilização Econômica (CME), em 30 de novembro de 1942, e sob o discurso de que era preciso colaborar com o esforço de guerra; socorrer flagelados do nordeste e contribuir com a colonização da Amazônia. A organização deveria recrutar, selecionar e encaminhar os soldados da borracha por vias interiores, devido ao perigo dos ataques alemães que rondava o litoral brasileiro nessa época. Esse episódio significou uma tensão entre a situação de urgência provocada pelo envolvimento do Brasil na guerra com velhos problemas e com soluções de longo prazo. Os médicos do SEMTA participaram ativamente das principais atividades da denominada Batalha da Borracha. Eles tiveram que lidar com conflitos junto às autoridades locais e com a pressão proveniente da meta de trabalhadores encaminhados para a Amazônia que foi estipulada entre o SEMTA e a agência norte-americana Rubber Reserve Company (posteriormente denominada Rubber Development Corporation ). Não obstante, esses profissionais tiveram de enfrentar o desafio de recrutar em meio a uma população pobre, doente e abandonada pelo poder público uma realidade bem distante da dimensão simbólica construída pela propaganda acerca do soldado da borracha. |
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O SEMTA foi criado pelo ministro João Alberto Lins de Barros, da Coordenação de Mobilização Econômica (CME), em 30 de novembro de 1942, e sob o discurso de que era preciso colaborar com o esforço de guerra; socorrer flagelados do nordeste e contribuir com a colonização da Amazônia. A organização deveria recrutar, selecionar e encaminhar os soldados da borracha por vias interiores, devido ao perigo dos ataques alemães que rondava o litoral brasileiro nessa época. Esse episódio significou uma tensão entre a situação de urgência provocada pelo envolvimento do Brasil na guerra com velhos problemas e com soluções de longo prazo. Os médicos do SEMTA participaram ativamente das principais atividades da denominada Batalha da Borracha. Eles tiveram que lidar com conflitos junto às autoridades locais e com a pressão proveniente da meta de trabalhadores encaminhados para a Amazônia que foi estipulada entre o SEMTA e a agência norte-americana Rubber Reserve Company (posteriormente denominada Rubber Development Corporation ). Não obstante, esses profissionais tiveram de enfrentar o desafio de recrutar em meio a uma população pobre, doente e abandonada pelo poder público uma realidade bem distante da dimensão simbólica construída pela propaganda acerca do soldado da borracha.This dissertation is an analysis of the participation of doctors from the Special Service for the Mobilization of Workers to the Amazon (its acronym in Portuguese is SEMTA), responsible for recruiting and selecting “physically able” workers in order to increase production in Amazon rubber plantations in the so-called Battle for Rubber in 1942 and 1943, which would help meet the demand of the Allies during the Second World War. SEMTA was formed by minister João Alberto Lins de Barros, of the Coordination of Economic Mobilization (CME in Portuguese), on November 30, 1942, using the argument that it was necessary to collaborate in the war effort, to aid suffering Northeasterners, and to contribute to the colonization of the Amazon region. The organization was to recruit, select and send off the “Rubber Soldiers” via inland routes, due to the risk of attacks by the Germans along the Brazilian coast at that time. This episode created tension between the urgency caused by Brazil’s involvement in the war and the old problems requiring long-term solutions. SEMTA doctors actively participated in the main activities of the so-called Battle for Rubber. They had to deal with conflicts with local authorities, and the pressure of the quota for workers sent to the Amazon, as established by SEMTA and the American Rubber Reserve Company (later renamed Rubber Development Corporation). Nonetheless, these professionals had to face the challenge of recruiting workers from a population that was poor, sick, and abandoned by the public system – a reality that was quite different from the symbolic dimension created by the propaganda of the Rubber Soldiers.Fundação Oswaldo Cruz. Casa de Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porCasa de Oswaldo CruzSeringalPhysiciansWorkersRegional Medical ProgramsHistoryDelivery of Health CareBrazilTrabajadoresProgramas Médicos RegionalesHistoriaPrestación de Atención de SaludMédicosTrabalhadoresProgramas Médicos RegionaisHistóriaAssistência à SaúdeBrasilDoutores da Batalha da Borracha: os médicos do Serviço Especial de Mobilização de Trabalhadores para a Amazônia (SEMTA) e o recrutamento de trabalhadores para os seringais em tempo de guerra (1942-1943)Doctors of the Rubber Battle: the physicians of the Special Service of Mobilization of Workers for the Amazon (SEMTA) and the recruitment of workers to the rubber plantations in time of war (1942-1943)info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis2013Casa de Oswaldo CruzFundação Oswaldo Cruz. Casa de Oswaldo CruzMestrado AcadêmicoRio de JaneiroPrograma de Pós-Graduação em História das Ciências e da Saúdeinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/18966/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINAL178.pdfapplication/pdf3567269https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/18966/2/178.pdfcebd738b62d9ada89089b2b2574f4fa3MD52TEXT178.pdf.txt178.pdf.txtExtracted texttext/plain469112https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/18966/3/178.pdf.txt58ecdee40a4fb3abf837a0d66492edfeMD53icict/189662018-08-15 03:18:35.252oai:www.arca.fiocruz.br:icict/18966Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352018-08-15T06:18:35Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false |
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