O efeito do Vínculo Materno-Fetal sobre a qualidade do Vínculo Mãe-Bebê: dados de uma coorte de gestantes de Manguinhos, Rio de Janeiro

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Reis, Talita Borges Queiroga dos
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/56966
Resumo: O ciclo gravídico-puerperal é um momento especial no ciclo vital da mulher. Na gestação, a mulher começa a despertar para o papel materno e a se envolver emocionalmente com o seu bebê no útero estabelecendo o vínculo materno-fetal. Da mesma forma no pós-parto, a identidade da mãe continua sendo construída na interação com o recém-nascido e no estabelecimento do vínculo mãe-bebê. Problemas no desenvolvimento do vínculo materno-fetal e no vínculo mãe-bebê podem trazer prejuízos a saúde materno-infantil. O objetivo deste estudo é analisar o efeito do vínculo materno-fetal sobre o vínculo mãe-bebê, além de verificar os fatores associados a ambos. Estudo de coorte prospectivo foi realizado por meio de entrevistas durante a gestação e o pós-parto com 361 mulheres que iniciaram com até 20 semanas gestacionais o acompanhamento pré-natal nas unidades básicas de saúde Centro de Saúde Escola Germano Sinval Faria e Clínica da Família Vitor Vala, localizadas na comunidade de Manguinhos, na cidade do Rio de Janeiro. O vínculo materno-fetal foi aferido a partir do terceiro mês gestacional e o vínculo mãe-bebê foi aferido entre 1 e 10 meses após o parto com as escalas Maternal Fetal Attachment Scale (MFAS-12) e Postpartum Bonding Questionnaire (PBQ-12), respectivamente. Modelos lineares generalizados com distribuição gama e função de ligação identidade foram ajustados para estimar a associação entre vínculo materno-fetal e vínculo mãe-bebê e seus respectivos fatores associados. O efeito causal foi encontrado entre o vínculo materno-fetal e vínculo mãe-bebê no modelo bruto (ß =-0,125 p valor = <0,001) e ajustado (ß =-0,096 p valor = 0,01). O vínculo mãe-bebê foi associado a mulheres autodeclaradas pretas, sem trabalho remunerado, com problemas emocionais prévios, percepção de apoio social, sintomas de depressão gestacional e sintomas de ansiedade na gravidez. O vínculo materno-fetal foi associado a mulheres menos escolarizadas, sem companheiro, com maior paridade, que não queriam engravidar, com percepção de apoio social e com sintomas de depressão na gestação. Neste estudo, mulheres com maior vínculo maternofetal apresentaram maior qualidade de vínculo mãe-bebê no pós-parto. Os determinantes psicológicos do vínculo mãe-bebê se mostram mais relevantes do que os socioeconômicos e obstétricos. A evidência da relação desses tipos de vinculação materna colabora para a possibilidade da identificação precoce de gestantes mais suscetíveis a ter dificuldades na formação de vínculo com o seu bebê, podendo ser feito durante o acompanhamento pré-natal nas unidades básicas de saúde. A criação de novos protocolos de atendimento psicológico no Sistema Único de Saúde que promovam a saúde mental materna e que olhe para as suas particularidades dessa população são fundamentais. Sobre os fatores associados, novos estudos são necessários para entender se esses fatores possuem efeitos diretos ou indiretos nestes processos de vinculação.
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Problemas no desenvolvimento do vínculo materno-fetal e no vínculo mãe-bebê podem trazer prejuízos a saúde materno-infantil. O objetivo deste estudo é analisar o efeito do vínculo materno-fetal sobre o vínculo mãe-bebê, além de verificar os fatores associados a ambos. Estudo de coorte prospectivo foi realizado por meio de entrevistas durante a gestação e o pós-parto com 361 mulheres que iniciaram com até 20 semanas gestacionais o acompanhamento pré-natal nas unidades básicas de saúde Centro de Saúde Escola Germano Sinval Faria e Clínica da Família Vitor Vala, localizadas na comunidade de Manguinhos, na cidade do Rio de Janeiro. O vínculo materno-fetal foi aferido a partir do terceiro mês gestacional e o vínculo mãe-bebê foi aferido entre 1 e 10 meses após o parto com as escalas Maternal Fetal Attachment Scale (MFAS-12) e Postpartum Bonding Questionnaire (PBQ-12), respectivamente. Modelos lineares generalizados com distribuição gama e função de ligação identidade foram ajustados para estimar a associação entre vínculo materno-fetal e vínculo mãe-bebê e seus respectivos fatores associados. O efeito causal foi encontrado entre o vínculo materno-fetal e vínculo mãe-bebê no modelo bruto (ß =-0,125 p valor = <0,001) e ajustado (ß =-0,096 p valor = 0,01). O vínculo mãe-bebê foi associado a mulheres autodeclaradas pretas, sem trabalho remunerado, com problemas emocionais prévios, percepção de apoio social, sintomas de depressão gestacional e sintomas de ansiedade na gravidez. O vínculo materno-fetal foi associado a mulheres menos escolarizadas, sem companheiro, com maior paridade, que não queriam engravidar, com percepção de apoio social e com sintomas de depressão na gestação. Neste estudo, mulheres com maior vínculo maternofetal apresentaram maior qualidade de vínculo mãe-bebê no pós-parto. Os determinantes psicológicos do vínculo mãe-bebê se mostram mais relevantes do que os socioeconômicos e obstétricos. A evidência da relação desses tipos de vinculação materna colabora para a possibilidade da identificação precoce de gestantes mais suscetíveis a ter dificuldades na formação de vínculo com o seu bebê, podendo ser feito durante o acompanhamento pré-natal nas unidades básicas de saúde. A criação de novos protocolos de atendimento psicológico no Sistema Único de Saúde que promovam a saúde mental materna e que olhe para as suas particularidades dessa população são fundamentais. Sobre os fatores associados, novos estudos são necessários para entender se esses fatores possuem efeitos diretos ou indiretos nestes processos de vinculação.The pregnancy-puerperal cycle is a special moment in a woman's life cycle. During pregnancy, the woman begins to awaken to the maternal role and to become emotionally involved with her baby in the uterus, establishing the maternal-fetal bond. In the same way in the postpartum period, the mother's identity continues to be built in the interaction with the newborn and in the establishment of the mother-baby bonding. Problems in the development of the maternal-fetal attachment and in the mother-infant bonding can harm maternal-infant health. The objective of this study is to analyze the effect of the maternal-fetal attachment on the mother-infant bonding, in addition to verifying the factors associated with these two relationships. A prospective cohort study was carried out through interviews during pregnancy and postpartum with 361 women who started prenatal care at up to 20 gestational weeks in basic health units Centro de Saúde Escola Germano Sinval Faria and Clínica da Família Vitor Vala, located in the community of Manguinhos, in the city of Rio de Janeiro. The maternal-fetal attachment was measured from the third gestational month and the mother-infant bonding was measured between 1 and 10 months after delivery with the Maternal Fetal Attachment Scale (MFAS-12) and Postpartum Bonding Questionnaire (PBQ-12), respectively. Generalized linear models with gamma distribution and identity linkage function were fitted to estimate the association between maternal-fetal attachment and mother-infant bonding and their respective associated factors. A causal effect was found between maternal-fetal attachment and motherinfant bonding in the crude (ß =-0,125 p valor = <0,001) and adjusted model (ß =-0,096 p valor = 0,01). The mother-infant bondingwas associated with self-declared black women, without paid work, with previous emotional problems, perceived social support, symptoms of gestational depression and symptoms of anxiety during pregnancy. The maternal-fetal attachmentwas associated with less educated women, without a partner, with greater parity, who did not want to become pregnant, with a perception of social support and with symptoms of depression during pregnancy. In this study, women with a high maternal-fetal attachmentwere more likely to have a better quality of mother-baby bondingin the postpartum period. The psychological determinants of the mother-baby bondingare more relevant than the socioeconomic and obstetric ones. The evidence of the relationship between these types of maternal attachment contributes to the possibility of early identification of pregnant women who are more susceptible to having difficulties in forming a bond with their baby, which can be done during prenatal care at basic health units. The creation of new psychological care protocols in the Unified Health System that promote maternal mental health and that look at the particularities of this population are fundamental. Regarding the associated factors, further studies are needed to understand whether these factors have direct or indirect effects on these attachment processes.Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porVínculo Materno-FetalVínculo Mãe-BebêSaúde Mental MaternaSaúde ColetivaMaternal-Fetal AttachmentMother-Infant BondMaternal Mental HealthPublic HealthSaúde MentalSaúde Materno-InfantilRelações Mãe-FilhoEntrevistaGravidez / Rio de JaneiroO efeito do Vínculo Materno-Fetal sobre a qualidade do Vínculo Mãe-Bebê: dados de uma coorte de gestantes de Manguinhos, Rio de JaneiroThe effect of the maternal-fetal attachment on the quality of the mother-infant bonding: data from a cohort of pregnant women in Manguinhos, Rio de Janeiroinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis2022-04-07Escola Nacional de Saúde Pública Sergio AroucaFundação Oswaldo CruzMestrado AcadêmicoRio de JaneiroPrograma de Pós-Graduação em Epidemiologia em Saúde Públicainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/56966/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINALtalita_borges_queiroga_reis_ensp_mest_2022.pdfapplication/pdf1390429https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/56966/2/talita_borges_queiroga_reis_ensp_mest_2022.pdfb7d8a0612d8ef6e8a48a7d0f5b8f5a05MD52icict/569662023-02-09 09:59:54.513oai:www.arca.fiocruz.br:icict/56966Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352023-02-09T12:59:54Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false
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