O papel do rádio no campo da saúde no contexto da Reforma Psiquiátrica brasileira: estudo de caso da Webradio Revolução FM

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Fortuna, Danielle Barros Silva
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/7089
Resumo: O presente estudo relaciona-se com o contexto da Reforma psiquiátrica brasileira cujas estratégias são fundamentadas em atividades artísticas, culturais e comunitárias. Dentre essas atividades destacamos as oficinas psicossociais midiáticas que são utilizadas nas próprias unidades de saúde em que os usuários desenvolvem programas utilizando vários tipos de mídias: oficinas de rádio e/ou webradio, oficina de fotografia, construção de jornal e/ou sites, oficina de TV e/ou produção de vídeos. Partimos da hipótese de que estas experiências contribuem nos processos terapêuticos dos seus participantes na perspectiva da inclusão e ressocialização. Nesse sentido, como objetivo geral da pesquisa buscou-se compreender como o rádio (em ondas eletromagnéticas/hertzianas, oficinas em estúdio de circuito interno e em webradios) tem sido utilizado como atividade psicossocial na perspectiva da inclusão social a partir do mapeamento dessas experiências realizadas no contexto brasileiro e do estudo de caso da Rádio Revolução FM. Como parte da revisão bibliográfica mapeamos as experiências de oficinas radiofônicas realizadas com usuários de saúde mental e, para o estudo de caso, fizemos observação de campo e realização de entrevistas/depoimentos com pessoas que participaram de oficinas de rádio da Revolução FM. De acordo com os resultados do mapeamento das oficinas de rádio, foram encontradas 16 experiências no país. Quanto ao estudo de caso, das entrevistas, emergiram cinco categorias de análise: I) A rádio como reinserção/manutenção da pessoa no ramo profissional radiofônico; II) A afinidade pelo rádio e/ou associação de atividades prediletas ao “fazer” rádio; III) A rádio como terapia e/ou reabilitação para a saúde; IV) A rádio como estratégia de luta por ideais e utopias; e V) A rádio como espaço de processos educativos, mediação e vínculo. A análise das narrativas demonstrou que, para além de contribuir para o desenvolvimento de habilidades, a Revolução FM ajudou pessoas a se adaptarem a uma nova forma de sentir e estar no mundo, com foco em suas potencialidades e não nas restrições (físicas, mentais ou motoras). O papel do rádio está atrelado ao uso social que se faz dele: reabilitação, terapia, lazer, processos educativos, etc. Concluímos que os processos educativos e comunicacionais ensejados entre os participantes das oficinas são fatores que contribuem para que o sujeito protagonize um novo papel social e assim, a produção radiofônica termina por proporcionar efeitos terapêuticos, ainda que esta não seja a finalidade principal das oficinas. Contudo, é preciso atentar para que propostas de educação não-formal, como essas oficinas radiofônicas, que em seus discursos se afirmam como atividades horizontalizadas, não sejam reproduções das práticas verticalizadas e homogeneizantes fundamentadas na comunicação unidirecional, ou como afirma Paulo Freire, calcadas na educação bancária.
id CRUZ_13a8f7906c1fa5836f1d951346df496d
oai_identifier_str oai:www.arca.fiocruz.br:icict/7089
network_acronym_str CRUZ
network_name_str Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
repository_id_str 2135
spelling Fortuna, Danielle Barros SilvaAraújo, Inesita Soares deGuizardi, Francini LubeOliveira, Valdir de Castro2013-10-07T17:52:16Z2013-10-07T17:52:16Z2013FORTUNA, Danielle Barros Silva. O papel do rádio no campo da saúde no contexto da Reforma Psiquiátrica brasileira: estudo de caso da Webradio Revolução FM. 2013. 170 f. Dissertação (Mestrado em Informação, Comunicação em Saúde) – Fundação Oswaldo Cruz, Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde, Rio de Janeiro, 2013https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/7089O presente estudo relaciona-se com o contexto da Reforma psiquiátrica brasileira cujas estratégias são fundamentadas em atividades artísticas, culturais e comunitárias. Dentre essas atividades destacamos as oficinas psicossociais midiáticas que são utilizadas nas próprias unidades de saúde em que os usuários desenvolvem programas utilizando vários tipos de mídias: oficinas de rádio e/ou webradio, oficina de fotografia, construção de jornal e/ou sites, oficina de TV e/ou produção de vídeos. Partimos da hipótese de que estas experiências contribuem nos processos terapêuticos dos seus participantes na perspectiva da inclusão e ressocialização. Nesse sentido, como objetivo geral da pesquisa buscou-se compreender como o rádio (em ondas eletromagnéticas/hertzianas, oficinas em estúdio de circuito interno e em webradios) tem sido utilizado como atividade psicossocial na perspectiva da inclusão social a partir do mapeamento dessas experiências realizadas no contexto brasileiro e do estudo de caso da Rádio Revolução FM. Como parte da revisão bibliográfica mapeamos as experiências de oficinas radiofônicas realizadas com usuários de saúde mental e, para o estudo de caso, fizemos observação de campo e realização de entrevistas/depoimentos com pessoas que participaram de oficinas de rádio da Revolução FM. De acordo com os resultados do mapeamento das oficinas de rádio, foram encontradas 16 experiências no país. Quanto ao estudo de caso, das entrevistas, emergiram cinco categorias de análise: I) A rádio como reinserção/manutenção da pessoa no ramo profissional radiofônico; II) A afinidade pelo rádio e/ou associação de atividades prediletas ao “fazer” rádio; III) A rádio como terapia e/ou reabilitação para a saúde; IV) A rádio como estratégia de luta por ideais e utopias; e V) A rádio como espaço de processos educativos, mediação e vínculo. A análise das narrativas demonstrou que, para além de contribuir para o desenvolvimento de habilidades, a Revolução FM ajudou pessoas a se adaptarem a uma nova forma de sentir e estar no mundo, com foco em suas potencialidades e não nas restrições (físicas, mentais ou motoras). O papel do rádio está atrelado ao uso social que se faz dele: reabilitação, terapia, lazer, processos educativos, etc. Concluímos que os processos educativos e comunicacionais ensejados entre os participantes das oficinas são fatores que contribuem para que o sujeito protagonize um novo papel social e assim, a produção radiofônica termina por proporcionar efeitos terapêuticos, ainda que esta não seja a finalidade principal das oficinas. Contudo, é preciso atentar para que propostas de educação não-formal, como essas oficinas radiofônicas, que em seus discursos se afirmam como atividades horizontalizadas, não sejam reproduções das práticas verticalizadas e homogeneizantes fundamentadas na comunicação unidirecional, ou como afirma Paulo Freire, calcadas na educação bancária.This study was carried out in the context of Brazilian Psychiatric Reform, whose strategies are based on artistic, cultural and community activities. Among these, we focused our research efforts on psychosocial media workshops adopted in health treatment units where patients develop programs using several medias: radio, webradio, photography, newspapers, website, TV, and video production. The underlying hypothesis was that these experiences are an adjuvant tool in therapeutic processes, from the perspective of inclusion and resocialization. In this sense, the chief aim of this research was to understand how radio (as electromagnetic waves, studio workshops in closed circuit and webradios) has been used as a psychosocial activity in social inclusion, based on a case study of a radio station, Rádio Revolução FM, and a survey on the experiments carried out in the Brazilian context. The bibliographic review included a survey on experiments in radio production conducted with mental health service patients. The case study was based on field observations and interviews and statements given by participants of the workshops offered by Revolução FM. The results of radio workshop survey show 16 ongoing experiments in Brazil. In the case study, interviews revealed five categories to be analyzed: I) Radio as a means of reinsertion and permanence in professional radio; II) The attractiveness of radio and the combination of preferred activities; III) Radio is a therapeutic and rehabilitation tool; IV) Radio as a means in the fight for ideals and utopias; and V) Radio as educational, mediation and connection media. The narratives collected revealed that, apart from contributing to the development of personal capabilities, Revolution FM helped people adapt to a new way of feeling and being in the world, emphasizing their personal potentials, not their physical, mental or motor restrictions. The role played by radio is linked to the way it is used in social contexts: rehabilitation, therapy, leisure, education etc. It was possible to conclude that education and communication processes that take place between workshop participants help the subject to act out a new social role. Therefore, radio workshops have therapeutic outcomes, even though this is not what these workshops were primarily designed for. However, it should be stressed that initiatives in non-formal education such as these radio workshops, which consolidate as horizontal activities in their respective discourses, are not a reproduction of vertical, homogenizing practices based on unidirectional communication or based on the “banking model education”, as described by Paulo Freire.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde. Rio de Janeiro, RJ, BrasilporInstituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em SaúdeComunicaçãoSaúde MentalRádioWebradioInclusão SocialCommunicationMental healthRadioWebradioSocial inclusionSaúde MentalComunicação em SaúdeMeios de Comunicação de MassaO papel do rádio no campo da saúde no contexto da Reforma Psiquiátrica brasileira: estudo de caso da Webradio Revolução FMinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis2013Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde.Mestrado AcadêmicoRio de Janeiro, RJPrograma de Pós-Graduação em Informação e Comunicação em Saúdeinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZORIGINALDanielle Barros.pdfDanielle Barros.pdfapplication/pdf2899218https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/7089/1/Danielle%20Barros.pdf020edbe985e73151b1b71d7bfa7bba95MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81914https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/7089/2/license.txt7d48279ffeed55da8dfe2f8e81f3b81fMD52TEXTDanielle Barros.pdf.txtDanielle Barros.pdf.txtExtracted texttext/plain439304https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/7089/5/Danielle%20Barros.pdf.txt0cd20001b081170531e0b88477417127MD55THUMBNAILDanielle Barros.pdf.jpgDanielle Barros.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1234https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/7089/4/Danielle%20Barros.pdf.jpgf7e7a221ff6480ed429e6a40b28a5adbMD54icict/70892018-04-06 08:55:19.868oai:www.arca.fiocruz.br:icict/7089TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEKCkFvIGNvbmNvcmRhciBlIGFjZWl0YXIgZXN0YSBsaWNlbsOnYSB2b2PDqiAoYXV0b3Igb3UgZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzKToKCmEpIERlY2xhcmEgcXVlIGNvbmhlY2UgYSBwb2zDrXRpY2EgZGUgY29weXJpZ2h0IGRhIGVkaXRvcmEgZG8gc2V1IGRvY3VtZW50by4KCmIpIERlY2xhcmEgcXVlIGNvbmhlY2UgZSBhY2VpdGEgYXMgRGlyZXRyaXplcyBwYXJhIG8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgRnVuZGHDp8OjbyBPc3dhbGRvIENydXogKEZJT0NSVVopLgoKYykgQ29uY2VkZSDDoCBGSU9DUlVaIG8gZGlyZWl0byBuw6NvLWV4Y2x1c2l2byBkZSBhcnF1aXZhciwgcmVwcm9kdXppciwgY29udmVydGVyIChjb21vIGRlZmluaWRvIGEgc2VndWlyKSwgY29tdW5pY2FyCiAKZS9vdSBkaXN0cmlidWlyIG5vIFJlcG9zaXTDs3JpbyBkYSBGSU9DUlVaLCBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSAoaW5jbHVpbmRvIG8gcmVzdW1vL2Fic3RyYWN0KSBlbSBmb3JtYXRvIGRpZ2l0YWwgb3UgCgpwb3IgcXVhbHF1ZXIgb3V0cm8gbWVpby4KCmQpIERlY2xhcmEgcXVlIGF1dG9yaXphIGEgRklPQ1JVWiBhIGFycXVpdmFyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZXN0ZSBkb2N1bWVudG8gZSBjb252ZXJ0w6otbG8sIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gc2V1IGNvbnRlw7pkbywgCgpwYXJhIHF1YWxxdWVyIGZvcm1hdG8gZGUgYXJxdWl2bywgbWVpbyBvdSBzdXBvcnRlLCBwYXJhIGVmZWl0b3MgZGUgc2VndXJhbsOnYSwgcHJlc2VydmHDp8OjbyAoYmFja3VwKSBlIGFjZXNzby4KCmUpIERlY2xhcmEgcXVlIG8gZG9jdW1lbnRvIHN1Ym1ldGlkbyDDqSBvIHNldSB0cmFiYWxobyBvcmlnaW5hbCwgZSBxdWUgZGV0w6ltIG8gZGlyZWl0byBkZSBjb25jZWRlciBhIHRlcmNlaXJvcyBvcyBkaXJlaXRvcyAKCmNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBEZWNsYXJhIHRhbWLDqW0gcXVlIGEgZW50cmVnYSBkbyBkb2N1bWVudG8gbsOjbyBpbmZyaW5nZSBvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBxdWFscXVlciBvdXRyYSBwZXNzb2Egb3UgZW50aWRhZGUuCgpmKSBEZWNsYXJhIHF1ZSwgbm8gY2FzbyBkbyBkb2N1bWVudG8gc3VibWV0aWRvIGNvbnRlciBtYXRlcmlhbCBkbyBxdWFsIG7Do28gZGV0w6ltIG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIGF1dG9yLCBvYnRldmUgYSBhdXRvcml6YcOnw6NvIAoKaXJyZXN0cml0YSBkbyByZXNwZWN0aXZvIGRldGVudG9yIGRlc3NlcyBkaXJlaXRvcywgcGFyYSBjZWRlciBhIEZJT0NSVVogb3MgZGlyZWl0b3MgcmVxdWVyaWRvcyBwb3IgZXN0YSBMaWNlbsOnYSBlIGF1dG9yaXphciBhIAoKdXRpbGl6w6EtbG9zIGxlZ2FsbWVudGUuIERlY2xhcmEgdGFtYsOpbSBxdWUgZXNzZSBtYXRlcmlhbCBjdWpvcyBkaXJlaXRvcyBzw6NvIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3TDoSBjbGFyYW1lbnRlIGlkZW50aWZpY2FkbyBlIHJlY29uaGVjaWRvIAoKbm8gdGV4dG8gb3UgY29udGXDumRvIGRvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZS4KCmcpIFNFIE8gRE9DVU1FTlRPIEVOVFJFR1VFIMOJIEJBU0VBRE8gRU0gVFJBQkFMSE8gRklOQU5DSUFETyBPVSBBUE9JQURPIFBPUiBPVVRSQSBJTlNUSVRVScOHw4NPIFFVRSBOw4NPIEEgRklPQ1JVWiwgREVDTEFSQSBRVUUgQ1VNUFJJVSAKClFVQUlTUVVFUiBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUEVMTyBSRVNQRUNUSVZPIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4gQSBGSU9DUlVaIGlkZW50aWZpY2Fyw6EgY2xhcmFtZW50ZSBvKHMpIG5vbWUocykgZG8ocykgYXV0b3IoZXMpIGRvcyAKCmRpcmVpdG9zIGRvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSBlIG7Do28gZmFyw6EgcXVhbHF1ZXIgYWx0ZXJhw6fDo28sIHBhcmEgYWzDqW0gZG8gcHJldmlzdG8gbmEgYWzDrW5lYSBjKS4KRepositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352018-04-06T11:55:19Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv O papel do rádio no campo da saúde no contexto da Reforma Psiquiátrica brasileira: estudo de caso da Webradio Revolução FM
title O papel do rádio no campo da saúde no contexto da Reforma Psiquiátrica brasileira: estudo de caso da Webradio Revolução FM
spellingShingle O papel do rádio no campo da saúde no contexto da Reforma Psiquiátrica brasileira: estudo de caso da Webradio Revolução FM
Fortuna, Danielle Barros Silva
Comunicação
Saúde Mental
Rádio
Webradio
Inclusão Social
Communication
Mental health
Radio
Webradio
Social inclusion
Saúde Mental
Comunicação em Saúde
Meios de Comunicação de Massa
title_short O papel do rádio no campo da saúde no contexto da Reforma Psiquiátrica brasileira: estudo de caso da Webradio Revolução FM
title_full O papel do rádio no campo da saúde no contexto da Reforma Psiquiátrica brasileira: estudo de caso da Webradio Revolução FM
title_fullStr O papel do rádio no campo da saúde no contexto da Reforma Psiquiátrica brasileira: estudo de caso da Webradio Revolução FM
title_full_unstemmed O papel do rádio no campo da saúde no contexto da Reforma Psiquiátrica brasileira: estudo de caso da Webradio Revolução FM
title_sort O papel do rádio no campo da saúde no contexto da Reforma Psiquiátrica brasileira: estudo de caso da Webradio Revolução FM
author Fortuna, Danielle Barros Silva
author_facet Fortuna, Danielle Barros Silva
author_role author
dc.contributor.member.none.fl_str_mv Araújo, Inesita Soares de
Guizardi, Francini Lube
dc.contributor.author.fl_str_mv Fortuna, Danielle Barros Silva
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Oliveira, Valdir de Castro
contributor_str_mv Oliveira, Valdir de Castro
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Comunicação
Saúde Mental
Rádio
Webradio
Inclusão Social
topic Comunicação
Saúde Mental
Rádio
Webradio
Inclusão Social
Communication
Mental health
Radio
Webradio
Social inclusion
Saúde Mental
Comunicação em Saúde
Meios de Comunicação de Massa
dc.subject.en.pt_BR.fl_str_mv Communication
Mental health
Radio
Webradio
Social inclusion
dc.subject.decs.pt_BR.fl_str_mv Saúde Mental
Comunicação em Saúde
Meios de Comunicação de Massa
description O presente estudo relaciona-se com o contexto da Reforma psiquiátrica brasileira cujas estratégias são fundamentadas em atividades artísticas, culturais e comunitárias. Dentre essas atividades destacamos as oficinas psicossociais midiáticas que são utilizadas nas próprias unidades de saúde em que os usuários desenvolvem programas utilizando vários tipos de mídias: oficinas de rádio e/ou webradio, oficina de fotografia, construção de jornal e/ou sites, oficina de TV e/ou produção de vídeos. Partimos da hipótese de que estas experiências contribuem nos processos terapêuticos dos seus participantes na perspectiva da inclusão e ressocialização. Nesse sentido, como objetivo geral da pesquisa buscou-se compreender como o rádio (em ondas eletromagnéticas/hertzianas, oficinas em estúdio de circuito interno e em webradios) tem sido utilizado como atividade psicossocial na perspectiva da inclusão social a partir do mapeamento dessas experiências realizadas no contexto brasileiro e do estudo de caso da Rádio Revolução FM. Como parte da revisão bibliográfica mapeamos as experiências de oficinas radiofônicas realizadas com usuários de saúde mental e, para o estudo de caso, fizemos observação de campo e realização de entrevistas/depoimentos com pessoas que participaram de oficinas de rádio da Revolução FM. De acordo com os resultados do mapeamento das oficinas de rádio, foram encontradas 16 experiências no país. Quanto ao estudo de caso, das entrevistas, emergiram cinco categorias de análise: I) A rádio como reinserção/manutenção da pessoa no ramo profissional radiofônico; II) A afinidade pelo rádio e/ou associação de atividades prediletas ao “fazer” rádio; III) A rádio como terapia e/ou reabilitação para a saúde; IV) A rádio como estratégia de luta por ideais e utopias; e V) A rádio como espaço de processos educativos, mediação e vínculo. A análise das narrativas demonstrou que, para além de contribuir para o desenvolvimento de habilidades, a Revolução FM ajudou pessoas a se adaptarem a uma nova forma de sentir e estar no mundo, com foco em suas potencialidades e não nas restrições (físicas, mentais ou motoras). O papel do rádio está atrelado ao uso social que se faz dele: reabilitação, terapia, lazer, processos educativos, etc. Concluímos que os processos educativos e comunicacionais ensejados entre os participantes das oficinas são fatores que contribuem para que o sujeito protagonize um novo papel social e assim, a produção radiofônica termina por proporcionar efeitos terapêuticos, ainda que esta não seja a finalidade principal das oficinas. Contudo, é preciso atentar para que propostas de educação não-formal, como essas oficinas radiofônicas, que em seus discursos se afirmam como atividades horizontalizadas, não sejam reproduções das práticas verticalizadas e homogeneizantes fundamentadas na comunicação unidirecional, ou como afirma Paulo Freire, calcadas na educação bancária.
publishDate 2013
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2013-10-07T17:52:16Z
dc.date.available.fl_str_mv 2013-10-07T17:52:16Z
dc.date.issued.fl_str_mv 2013
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.citation.fl_str_mv FORTUNA, Danielle Barros Silva. O papel do rádio no campo da saúde no contexto da Reforma Psiquiátrica brasileira: estudo de caso da Webradio Revolução FM. 2013. 170 f. Dissertação (Mestrado em Informação, Comunicação em Saúde) – Fundação Oswaldo Cruz, Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde, Rio de Janeiro, 2013
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/7089
identifier_str_mv FORTUNA, Danielle Barros Silva. O papel do rádio no campo da saúde no contexto da Reforma Psiquiátrica brasileira: estudo de caso da Webradio Revolução FM. 2013. 170 f. Dissertação (Mestrado em Informação, Comunicação em Saúde) – Fundação Oswaldo Cruz, Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde, Rio de Janeiro, 2013
url https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/7089
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde
publisher.none.fl_str_mv Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)
instacron:FIOCRUZ
instname_str Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)
instacron_str FIOCRUZ
institution FIOCRUZ
reponame_str Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
collection Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
bitstream.url.fl_str_mv https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/7089/1/Danielle%20Barros.pdf
https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/7089/2/license.txt
https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/7089/5/Danielle%20Barros.pdf.txt
https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/7089/4/Danielle%20Barros.pdf.jpg
bitstream.checksum.fl_str_mv 020edbe985e73151b1b71d7bfa7bba95
7d48279ffeed55da8dfe2f8e81f3b81f
0cd20001b081170531e0b88477417127
f7e7a221ff6480ed429e6a40b28a5adb
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)
repository.mail.fl_str_mv repositorio.arca@fiocruz.br
_version_ 1798324919198547968