O Papel da Placenta na Ontogenia do Sistema HematopoéticoOrigem, Distribuição Espacial e Perfil Fenotípico e de Expressão Gênica de Células Comprometidas com a Hematopoese$

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Portilho, Nathália Azevedo
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/25157
Resumo: Apesar de alguns estudos terem identificado um potencial hematopoético da placenta humana e de camundongos, pouco se sabe sobre a real contribuição deste tecido na ontogenia do sistema sanguíneo e da vasculogênese. Nesse sentido, o grande impacto potencial dessa constatação contrasta com a escassez de artigos que falam sobre a hematopoese na placenta. Propusemo-nos então a realizar um estudo detalhado das células hematopoéticas da placenta de camundongos durante a metade da gestação identificando a sua topografia e nicho. O objetivo foi identificar prováveis arranjos hematopoéticos e vasculares bem como a identidade dos precursores e das células que compõem o microambiente indutor. Para isso, foram realizadas análises morfológicas da placenta de camundongos na metade da gestação através de técnicas de histologia convencional, imunofluorescência de tecidos e de whole mount. Foram analisados camundongos de diferentes linhagens incluindo Swiss Webster, C57BL/6 e camundongos knockout para o gene Pgf (Pgf-/-). Foram realizadas também análises da expressão gênica de células após sua captura por microdissecção a laser e experimentos de enxerto subcapsular renal. Nestes, o cone ectoplacentário (EPC) de camundongos que expressavam GFP foi implantado abaixo da cápsula renal de camundongos receptores imunodeficientes. Foram identificados dois nichos principais na região de labirinto das placentas com 10,5 e 11,5 dias gestacionais, nos quais as células sanguíneas parecem se diferenciar por mecanismos distintos que ocorrem no mesmo período do desenvolvimento Além de formar células tronco e progenitores hematopoéticos de forma distinta, a porção distal da placenta parece também induzir a proliferação destas células e ainda uma segunda onda de eritrócitos nucleados que atende ao rápido crescimento fetal dessa etapa da gestação. Algumas células trofoblásticas gigantes, células espongiotrofoblásticas e deciduais podem fornecer um nicho favorável à eritropoese. Foi observado uma forte associação entre as células hematopoéticas e endoteliais sugerindo uma origem comum a essas duas linhagens celulares. A imunofluorescência mostrou a transição epitélio-mesenquimal de algumas células espongiotrofoblásticas. O potencial intrínseco de transição epitélio-mesenquimal destas células bem como seu potencial de diferenciação em células hematopoéticas Runx1+ foi confirmado em experimentos de enxerto com o EPC, o tecido progenitor das células espongiotrofoblásticas. A análise dos camundongos Pgf-/- reforçaram a teoria de que as linhagens hematopoéticas e endoteliais podem ser formadas de novo a partir de endotélio hemogênico. A análise da expressão gênica de células hematopoéticas microdissecadas não só ajudou na caracterização destas células na placenta como também confirmaram que algumas células espongiotrofoblásticas poderiam formar células sanguíneas por um mecanismo de diferenciação epitélio-mesenquimal-hematopoético
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Propusemo-nos então a realizar um estudo detalhado das células hematopoéticas da placenta de camundongos durante a metade da gestação identificando a sua topografia e nicho. O objetivo foi identificar prováveis arranjos hematopoéticos e vasculares bem como a identidade dos precursores e das células que compõem o microambiente indutor. Para isso, foram realizadas análises morfológicas da placenta de camundongos na metade da gestação através de técnicas de histologia convencional, imunofluorescência de tecidos e de whole mount. Foram analisados camundongos de diferentes linhagens incluindo Swiss Webster, C57BL/6 e camundongos knockout para o gene Pgf (Pgf-/-). Foram realizadas também análises da expressão gênica de células após sua captura por microdissecção a laser e experimentos de enxerto subcapsular renal. Nestes, o cone ectoplacentário (EPC) de camundongos que expressavam GFP foi implantado abaixo da cápsula renal de camundongos receptores imunodeficientes. Foram identificados dois nichos principais na região de labirinto das placentas com 10,5 e 11,5 dias gestacionais, nos quais as células sanguíneas parecem se diferenciar por mecanismos distintos que ocorrem no mesmo período do desenvolvimento Além de formar células tronco e progenitores hematopoéticos de forma distinta, a porção distal da placenta parece também induzir a proliferação destas células e ainda uma segunda onda de eritrócitos nucleados que atende ao rápido crescimento fetal dessa etapa da gestação. Algumas células trofoblásticas gigantes, células espongiotrofoblásticas e deciduais podem fornecer um nicho favorável à eritropoese. Foi observado uma forte associação entre as células hematopoéticas e endoteliais sugerindo uma origem comum a essas duas linhagens celulares. A imunofluorescência mostrou a transição epitélio-mesenquimal de algumas células espongiotrofoblásticas. O potencial intrínseco de transição epitélio-mesenquimal destas células bem como seu potencial de diferenciação em células hematopoéticas Runx1+ foi confirmado em experimentos de enxerto com o EPC, o tecido progenitor das células espongiotrofoblásticas. A análise dos camundongos Pgf-/- reforçaram a teoria de que as linhagens hematopoéticas e endoteliais podem ser formadas de novo a partir de endotélio hemogênico. A análise da expressão gênica de células hematopoéticas microdissecadas não só ajudou na caracterização destas células na placenta como também confirmaram que algumas células espongiotrofoblásticas poderiam formar células sanguíneas por um mecanismo de diferenciação epitélio-mesenquimal-hematopoéticoAlthough previous studies identified a hematopoietic potential of mid-gestational human and mouse placentas, their contribution to hematopoietic ontogeny and vasculogenesis is not clear. In this sense, we decided to characterize hematopoietic cells in mouse placenta over midgestation, identifying their topography and niche. The objective was to seek the existence of hemangioblastic foci and independent vasculogenesis in mouse placenta at midpregnancy. In addition, to establish the origin of hematopoietic cells through graft and the differentiation potential of these placental cell lineages. We performed morphological in situ analysis of mouse placenta through histology, immunohistochemistry (IHC) and whole mount fluorescence techniques in wild type (C57BL/6 and Swiss Webster) and PGF knockout mice. We also performed qRT-PCR after Laser Capture Microdissection (LCM) and renal subcapsular grafts, in which ectoplacental cone (EPC) from a GFP-mouse was implanted underneath kidney capsule of an immunedeficient receptor mouse. Two transient, simultaneous major niches for hematopoietic cell development were identified in the labyrinth of mouse placenta at 10.5 and 11.5 gestational days. In addition to producing hematopoietic stem/progenitor cells by two mechanisms, different niches at distal part of labyrinthine placenta seem to induce proliferation and produce an independent wave of nucleated erythrocytes that may support the rapid mid-pregnancy fetal growth Some trophoblast giant cells, spongiothrophoblast and decidual cells may offer an erythropoiesispromoting niche. A close relationship was apparent between placental hematopoietic and endothelial cells, suggesting the existence of a bipotent precursor for these two lineages. IHC suggested a mesenchyme transition of some spongiothrophoblast cells. The grafts experiments confirmed the intrinsic ability of EPC (spongiotrophoblast progenitor) to form mesenchyme channels and differentiate into Runx1+ hematopoietic cells. Analysis in both wild type and PGF knockout mice suggested that both endothelial and hematopoietic lineages might arise de novo from components of spongiothrophoblast layer, through a hemogenic endothelium cell. Gene expression profile of hematopoietic cells after LCM confirm our hypothesis that some spongiothrophoblast cells were able to produce CD41+ hematopoietic cells through epithelial-mesenchyme-hematopoietic transition. Gene profile also elucidated some features of hematopoietic cells phenotypeFundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porHematopoesePlacentaFenotipoO Papel da Placenta na Ontogenia do Sistema HematopoéticoOrigem, Distribuição Espacial e Perfil Fenotípico e de Expressão Gênica de Células Comprometidas com a Hematopoese$info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis2017Instituto Oswaldo CruzFundação Oswaldo CruzRio de JaneiroPrograma de Pós-Graduação em Biologia Celular e Molecularinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/25157/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINALnathalia_portilho_ioc_dout_2017.pdfapplication/pdf39762053https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/25157/2/nathalia_portilho_ioc_dout_2017.pdf11000ae7fbdc15c4755a5990d61d4d27MD52TEXTnathalia_portilho_ioc_dout_2017.pdf.txtnathalia_portilho_ioc_dout_2017.pdf.txtExtracted texttext/plain494865https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/25157/3/nathalia_portilho_ioc_dout_2017.pdf.txt305552845ac5cbf466ea8ec5782c4d75MD53icict/251572023-02-23 10:46:35.156oai:www.arca.fiocruz.br:icict/25157Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352023-02-23T13:46:35Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false
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