Determinantes da autoavaliação de saúde no Brasil e a influência dos comportamentos saudáveis: resultados da Pesquisa Nacional de Saúde, 2013

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Szwarcwald, Celia Landmann
Data de Publicação: 2015
Outros Autores: Damacena, Giseli Nogueira, Souza Júnior, Paulo Roberto Borges de, Almeida, Wanessa da Silva de, Lima, Lilandra Torquato Medrado de, Malta, Deborah Carvalho, Stopa, Sheila Rizzato, Vieira, Maria Lúcia França Pontes, Pereira, Cimar Azeredo
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
DOI: 10.1590/1980-5497201500060004
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/60615
Resumo: Objetivo: Investigar os determinantes da autoavaliação de saúde (AAS) no Brasil e a influência dos comportamentos saudáveis. Métodos: Foram usados os dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2013. A AAS foi categorizada em muito boa/boa, regular, ruim/muito ruim. Foram testadas diferenças na distribuição da AAS segundo faixa de idade e sexo e foram usados modelos de regressão logística para investigar os efeitos de grau de escolaridade, raça/cor e presença de pelo menos uma doença crônica não transmissível (DCNT) sobre a AAS ruim/muito ruim. Adicionalmente, testou-se a influência dos comportamentos saudáveis, controlando-se os efeitos dos fatores sociodemográficos e presença de pelo menos uma DCNT. Resultados: Foram analisados 60.202 indivíduos, 66,1% avaliaram o seu estado de saúde como muito bom/bom, e 5,9%, como ruim/muito ruim; 47,1% referiram o diagnóstico de pelo menos uma DCNT; e apenas 9,3% disseram ter “estilo de vida saudável” (não usa produtos de tabaco, consome frutas e hortaliças e pratica atividade física no lazer). Entre os fatores sociodemográficos, idade, sexo, grau de escolaridade e raça mostraram associações significativas com a AAS, bem como a presença de pelo menos uma DCNT. Os efeitos de todos os comportamentos saudáveis foram significativos, mesmo após o controle dos demais determinantes. Conclusão: Embora a adoção dos comportamentos saudáveis no Brasil ainda seja insuficiente, a associação dos hábitos saudáveis com a percepção da saúde encontrada neste estudo é um indício de que a população brasileira já começa a relacionar os comportamentos saudáveis ao seu bem-estar e à avaliação melhor da saúde.
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Foram testadas diferenças na distribuição da AAS segundo faixa de idade e sexo e foram usados modelos de regressão logística para investigar os efeitos de grau de escolaridade, raça/cor e presença de pelo menos uma doença crônica não transmissível (DCNT) sobre a AAS ruim/muito ruim. Adicionalmente, testou-se a influência dos comportamentos saudáveis, controlando-se os efeitos dos fatores sociodemográficos e presença de pelo menos uma DCNT. Resultados: Foram analisados 60.202 indivíduos, 66,1% avaliaram o seu estado de saúde como muito bom/bom, e 5,9%, como ruim/muito ruim; 47,1% referiram o diagnóstico de pelo menos uma DCNT; e apenas 9,3% disseram ter “estilo de vida saudável” (não usa produtos de tabaco, consome frutas e hortaliças e pratica atividade física no lazer). Entre os fatores sociodemográficos, idade, sexo, grau de escolaridade e raça mostraram associações significativas com a AAS, bem como a presença de pelo menos uma DCNT. Os efeitos de todos os comportamentos saudáveis foram significativos, mesmo após o controle dos demais determinantes. Conclusão: Embora a adoção dos comportamentos saudáveis no Brasil ainda seja insuficiente, a associação dos hábitos saudáveis com a percepção da saúde encontrada neste estudo é um indício de que a população brasileira já começa a relacionar os comportamentos saudáveis ao seu bem-estar e à avaliação melhor da saúde.Objective: To investigate the determinants of self-rated health in Brazil and the influence of healthy lifestyles. Methods: We used data from the National Health Survey (PNS), 2013. The self-rated health was categorized as very good/good, fair, and poor/very poor. Differences in the distribution of self-rated health according to the age group and sex were tested. Logistic regression models were used to test the effects of educational level, race/skin color, and the presence of at least one noncommunicable chronic disease on poor/very poor health perception. In addition, the influence of healthy behaviors was tested controlling for the effects of sociodemographic factors and the presence of at least one chronic disease. Results: We analyzed 60,202 individuals; about 66.1% rated their health as very good/good and 5.9% as poor/very poor; about 47.1% reported the diagnosis of at least one noncommunicable chronic disease; and only 9.3% reported a “healthy lifestyle” (do not use tobacco products, consume fruits and vegetables properly, and do physical activity during leisure time). Among the sociodemographic factors, age, sex, educational level, and race were significantly associated with self-rated health and the presence of at least one chronic disease. The effects of all healthy behaviors were statistically significant even after controlling for the other determinants. Conclusion: Although the adoption of healthy lifestyles in Brazil is still insufficient, the association of healthy practices with selfperception of health found in this study is an indication that the Brazilian population is beginning to relate healthy behaviors to their well-being and better health evaluation.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância de Doenças e Agravos não Transmissíveis e Promoção da Saúde. Brasília, DF, Brasil.Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância de Doenças e Agravos não Transmissíveis e Promoção da Saúde. Brasília, DF, Brasil.Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porAssociação Brasileira de Pós-Graduação em Saúde ColetivaInquéritoMorbidadeDeterminantes epidemiológicosDoenças crônicasComportamentos saudáveisBrasilData collectionMorbilidadEpidemiologic factorsChronic diseaseHealthy lifestylesBrazilDeterminantes da autoavaliação de saúde no Brasil e a influência dos comportamentos saudáveis: resultados da Pesquisa Nacional de Saúde, 2013Determinants of self-rated health and the influence of healthy behaviors: results from the National Health Survey, 2013info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; 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