Óxido nítrico no tratamento da hipertensão pulmonar persistente do recém-nascido

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Lopes, José Maria de Andrade
Data de Publicação: 1996
Outros Autores: Carvalho, Manoel de, Moreira, Maria Elisabeth Lopes, Cabral, Jofre O.
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/6351
Resumo: Este trabalho descreve os efeitos do óxido nítrico em recémnascidos com hipertensão pulmonar persistente. Estudamos 9 recém-nascidos com insuficiência respiratória grave caracterizada por hipoxemia acentuada e hipertensão pulmonar. Em todos os recém-nascidos havia indicação de utilização de oxigenação de membrana com circulação extra-corpórea (ECMO) e o índice de oxigenação (OI) era superior a 25. O peso médio dos pacientes foi de 2648 ± 661g e a idade gestacional 36,4 ± 2,6 semanas. O óxido nítrico foi administrado em circuito em Y na linha inspiratória do circuito do respirador, de um tanque com 1000 ppm. As concentrações de NO e NO2 foram aferidas com monitores eletroquímicos (PACI e PACII-Draeger) na linha expiatória dos pacientes. O diagnóstico de hipertensão pulmonar foi feito com base nos sinais clínicos e ecocardiográficos. A pressão da artéria pulmonar foi estimada através de ecardiografia e o shunt pelo canal arterial e/ou forâmen oval confirmado por doppler colorido. Todos os pacientes mostraram uma melhora significativa na oxigenação arterial após a administração do óxido nítrico. A concentração inicialmente utilizada foi de 20 ppm. Trinta minutos após o início da administração do óxido nítrico, o índice de oxigenação médio, que era 48,5, caiu para 17,7, e com 6 h e 12 h de óxido nítrico, o índice de oxigenação era de 14,1 e 10,5 respectivamente. O óxido nítrico levou a uma redução importante da resistência vascular pulmonar, traduzida por queda significativa na pressão da artéria pulmonar e inversão do shunt direito esquerdo através do canal ou forâmem oval. Não observamos alteração na pressão arterial sistêmica com o uso do óxido nítrico e os níveis plasmáticos de metaemoglobina permaneceram abaixo de 1,5%. Dos 9 pacientes estudados, apenas 1 foi a óbito, após ter revertido o quadro de hipertensão pulmonar, em conseqüência de complicações de asfixia perinatal.
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As concentrações de NO e NO2 foram aferidas com monitores eletroquímicos (PACI e PACII-Draeger) na linha expiatória dos pacientes. O diagnóstico de hipertensão pulmonar foi feito com base nos sinais clínicos e ecocardiográficos. A pressão da artéria pulmonar foi estimada através de ecardiografia e o shunt pelo canal arterial e/ou forâmen oval confirmado por doppler colorido. Todos os pacientes mostraram uma melhora significativa na oxigenação arterial após a administração do óxido nítrico. A concentração inicialmente utilizada foi de 20 ppm. Trinta minutos após o início da administração do óxido nítrico, o índice de oxigenação médio, que era 48,5, caiu para 17,7, e com 6 h e 12 h de óxido nítrico, o índice de oxigenação era de 14,1 e 10,5 respectivamente. O óxido nítrico levou a uma redução importante da resistência vascular pulmonar, traduzida por queda significativa na pressão da artéria pulmonar e inversão do shunt direito esquerdo através do canal ou forâmem oval. Não observamos alteração na pressão arterial sistêmica com o uso do óxido nítrico e os níveis plasmáticos de metaemoglobina permaneceram abaixo de 1,5%. Dos 9 pacientes estudados, apenas 1 foi a óbito, após ter revertido o quadro de hipertensão pulmonar, em conseqüência de complicações de asfixia perinatal.This study describes the effects of nitric oxide in newborns with persistent pulmonary hypertension. We studied 9 infants with severe respiratory failure characterized by hypoxemia and pulmonary hypertension. All infants met ECMO criteria and the oxygenation index (OI) was greater than 25. Mean birth weight was 2698 ± 661 g and gestational age was 36.4 ± 2.6 weeks. Nitric oxide was administered in a Y circuit in the inspiratory line of the mechanical ventilator. Nitric oxide and NO2 concentrations were monitored with electrochemical analyzers (PACI and PACII-Draeger). Pulmonary hypertension was diagnosed with clinical and echocardiografic criteria, with detection of right to left shunt with color doppler. All patients showed a dramatic improvement in oxigenation after nitric oxide administration. The drug reduced the mean OI, which was 48.5 before its administration, to 17.7 after 30', 14.1 after 6 hours, and 10.5 after 12 hours. We observed in all patients a reduction in pulmonary vascular resistance, reversal of the right to left shunt without any effects on systemic arterial pressure. Metahemoglobin levels did not reach 1.5% in any patient. Only one out of the 9 patients died, after reversal of the pulmonary hypertension, from other complications of perinatal asphyxia. Our data show that nitric oxide is a promising drug in the treatment of neonatal pulmonary hypertension and that it may reduce the need of ECMO in severe respiratory failure.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Fernandes Figueira. Departamento de Pesquisa. Rio de Janeiro, RJ, BrasilFundação Oswaldo Cruz. Instituto Fernandes Figueira. Unidade de Terapia Intensiva Neonatal. Rio de Janeiro, RJ, BrasilFundação Oswaldo Cruz. Instituto Fernandes Figueira. Departamento de Neonatologia. Rio de Janeiro, RJ, BrasilClínica Perinatal Laranjeiras. Unidade de Terapia Intensiva Neonatal. Rio de Janeiro, RJ, BrasilporPublicações Científicas LTDAGersony W M. Neonatal pulmonary hypertension: pathophysiology, classification, and etiology. Clin Perinatol 1984; 11:517-24.Andrews AF, Rolof DW, Bartlett RH. Use of extra-corporeal membrane oxygenators in Persistent Pulmonary Hypertension of the Newborn. Clin Perinatol 1984; 11: 729-35.Ignaro LJ, Buga GM, Wood KS et al. Endothelium-derived relaxing factor produced and released from artery and vein with nitric oxide. Proc Natl Acad Sci USA 1987; 84:9265-9.Ignaro LJ. Biological actions and properties of endotheliumderived nitric oxide formed and released from artery and vein. Circ Res 1989; 65:1-21.Roberts JD, Chen TY, Kawai N et al. Inhaled nitric oxide reverses pulmonary vasoconstriction in the hypoxic and acidotic newborn lamb. Circ Res 1993; 72:246-54.Zayek M, Cheveland D, Morin FCIII. Treatment of persistent pulmonary hypertension in the newborn lamb by inhaled nitric oxide. J Pediatr 1993; 122:743-50.Abman SH, Griebel JL, Parker DN et al. Acute effects of inhaled nitric oxide in children with severe hypoxemic respiratory failure. J Pediatr 1994; 124:881-8.Storne L, Françoise M, Tahiri C et al. Inhaled nitric oxide (NO) in persistent pulmonary hypertension of the newborn. Preliminary results of the french open study. Ped Res 1994; 35: 60A.Kinsella JP, Abman SH. Inhalation nitric oxide therapy for persistent pulmonary hypertension of the newborn. Pediatrics 1993; 91:997-8.Peliowski A, Finer NN, Etches PC et al. Inhaled nitric oxide for premature infants after prolonged rupture of the membranes. J Pediatr 1995; 126:450-3.Roberts JD, Polaner DM, Lang P et al. Inhaled nitric oxide in persistent pulmonary hypertension of the newborn. Lancet 1992; 340:818-9.Walsh-Sukys MC. Persistent Pulmonary hypertension in the newborn. The black box revisited. Clin. Perinatol 1993; 20:127-43.National Institute for Occupational Safety and Health Standards. WR 1988; 37:21.Óxido NítricoRecém-NascidoInsuficiência RespiratóriaNitric OxideNewbornRespiratory FailurePulmonary HypertensionÓxido NítricoDióxido de NitrogênioRecém-NascidoInsuficiência RespiratóriaHipertensão PulmonarUnidades de Terapia Intensiva NeonatalÓxido nítrico no tratamento da hipertensão pulmonar persistente do recém-nascidoNitric oxide in the treatment of neonatal pulmonary hypertensioninfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZORIGINALÓxido nítrico no tratamento.pdfÓxido nítrico no tratamento.pdfapplication/pdf33922https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/6351/1/%c3%93xido%20n%c3%adtrico%20no%20tratamento.pdf1c35b7f5399da9f36d758d9c65cba9d8MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81914https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/6351/2/license.txt7d48279ffeed55da8dfe2f8e81f3b81fMD52TEXTÓxido nítrico no tratamento.pdf.txtÓxido nítrico no tratamento.pdf.txtExtracted texttext/plain25312https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/6351/5/%c3%93xido%20n%c3%adtrico%20no%20tratamento.pdf.txt87491ec4858bb3fc962e0a0483a35ec0MD55THUMBNAILÓxido nítrico no tratamento.pdf.jpgÓxido nítrico no tratamento.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg2426https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/6351/4/%c3%93xido%20n%c3%adtrico%20no%20tratamento.pdf.jpg1db07c43ade6ae95b25333d2e55ca205MD54icict/63512018-04-06 08:50:35.755oai:www.arca.fiocruz.br:icict/6351TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEKCkFvIGNvbmNvcmRhciBlIGFjZWl0YXIgZXN0YSBsaWNlbsOnYSB2b2PDqiAoYXV0b3Igb3UgZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzKToKCmEpIERlY2xhcmEgcXVlIGNvbmhlY2UgYSBwb2zDrXRpY2EgZGUgY29weXJpZ2h0IGRhIGVkaXRvcmEgZG8gc2V1IGRvY3VtZW50by4KCmIpIERlY2xhcmEgcXVlIGNvbmhlY2UgZSBhY2VpdGEgYXMgRGlyZXRyaXplcyBwYXJhIG8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgRnVuZGHDp8OjbyBPc3dhbGRvIENydXogKEZJT0NSVVopLgoKYykgQ29uY2VkZSDDoCBGSU9DUlVaIG8gZGlyZWl0byBuw6NvLWV4Y2x1c2l2byBkZSBhcnF1aXZhciwgcmVwcm9kdXppciwgY29udmVydGVyIChjb21vIGRlZmluaWRvIGEgc2VndWlyKSwgY29tdW5pY2FyCiAKZS9vdSBkaXN0cmlidWlyIG5vIFJlcG9zaXTDs3JpbyBkYSBGSU9DUlVaLCBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSAoaW5jbHVpbmRvIG8gcmVzdW1vL2Fic3RyYWN0KSBlbSBmb3JtYXRvIGRpZ2l0YWwgb3UgCgpwb3IgcXVhbHF1ZXIgb3V0cm8gbWVpby4KCmQpIERlY2xhcmEgcXVlIGF1dG9yaXphIGEgRklPQ1JVWiBhIGFycXVpdmFyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZXN0ZSBkb2N1bWVudG8gZSBjb252ZXJ0w6otbG8sIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gc2V1IGNvbnRlw7pkbywgCgpwYXJhIHF1YWxxdWVyIGZvcm1hdG8gZGUgYXJxdWl2bywgbWVpbyBvdSBzdXBvcnRlLCBwYXJhIGVmZWl0b3MgZGUgc2VndXJhbsOnYSwgcHJlc2VydmHDp8OjbyAoYmFja3VwKSBlIGFjZXNzby4KCmUpIERlY2xhcmEgcXVlIG8gZG9jdW1lbnRvIHN1Ym1ldGlkbyDDqSBvIHNldSB0cmFiYWxobyBvcmlnaW5hbCwgZSBxdWUgZGV0w6ltIG8gZGlyZWl0byBkZSBjb25jZWRlciBhIHRlcmNlaXJvcyBvcyBkaXJlaXRvcyAKCmNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBEZWNsYXJhIHRhbWLDqW0gcXVlIGEgZW50cmVnYSBkbyBkb2N1bWVudG8gbsOjbyBpbmZyaW5nZSBvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBxdWFscXVlciBvdXRyYSBwZXNzb2Egb3UgZW50aWRhZGUuCgpmKSBEZWNsYXJhIHF1ZSwgbm8gY2FzbyBkbyBkb2N1bWVudG8gc3VibWV0aWRvIGNvbnRlciBtYXRlcmlhbCBkbyBxdWFsIG7Do28gZGV0w6ltIG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIGF1dG9yLCBvYnRldmUgYSBhdXRvcml6YcOnw6NvIAoKaXJyZXN0cml0YSBkbyByZXNwZWN0aXZvIGRldGVudG9yIGRlc3NlcyBkaXJlaXRvcywgcGFyYSBjZWRlciBhIEZJT0NSVVogb3MgZGlyZWl0b3MgcmVxdWVyaWRvcyBwb3IgZXN0YSBMaWNlbsOnYSBlIGF1dG9yaXphciBhIAoKdXRpbGl6w6EtbG9zIGxlZ2FsbWVudGUuIERlY2xhcmEgdGFtYsOpbSBxdWUgZXNzZSBtYXRlcmlhbCBjdWpvcyBkaXJlaXRvcyBzw6NvIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3TDoSBjbGFyYW1lbnRlIGlkZW50aWZpY2FkbyBlIHJlY29uaGVjaWRvIAoKbm8gdGV4dG8gb3UgY29udGXDumRvIGRvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZS4KCmcpIFNFIE8gRE9DVU1FTlRPIEVOVFJFR1VFIMOJIEJBU0VBRE8gRU0gVFJBQkFMSE8gRklOQU5DSUFETyBPVSBBUE9JQURPIFBPUiBPVVRSQSBJTlNUSVRVScOHw4NPIFFVRSBOw4NPIEEgRklPQ1JVWiwgREVDTEFSQSBRVUUgQ1VNUFJJVSAKClFVQUlTUVVFUiBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUEVMTyBSRVNQRUNUSVZPIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4gQSBGSU9DUlVaIGlkZW50aWZpY2Fyw6EgY2xhcmFtZW50ZSBvKHMpIG5vbWUocykgZG8ocykgYXV0b3IoZXMpIGRvcyAKCmRpcmVpdG9zIGRvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSBlIG7Do28gZmFyw6EgcXVhbHF1ZXIgYWx0ZXJhw6fDo28sIHBhcmEgYWzDqW0gZG8gcHJldmlzdG8gbmEgYWzDrW5lYSBjKS4KRepositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352018-04-06T11:50:35Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false
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