Análise fenotípicas e genotípicas de estirpes autoaglutinantes de Bacillus thuringensis

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Chaves, Jeane Quintanilha
Data de Publicação: 2004
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/36067
Resumo: Vinte e oito estirpes de B. thuringiensis autoaglutinantes foram estudadas, mediante o emprego de métodos fenotípicos e genotípicos, com o objetivo de se avaliar a similaridade e a homogeneidade intra-específica entre essas estirpes, isoladas de diferentes nichos ecológicos e regiões geográficas. Na avaliação da atividade biológica qualitativa foram efetuados bioensaios preliminares contra duas espécies de mosquitos-vetores: Aedes aegypti (vetor da Dengue e Febre Amarela) e Culex quinquefasciatus (vetor da Filariose Bancroftiana). Os resultados da atividade larvicida mostram que 26 estirpes foram patogênicas aos mosquitos-vetores (mortalidade larval > 50%) e duas estirpes apresentaram baixa toxicidade (mortalidade larval entre 0% a 20%). Quanto aos caracteres fenotípicos, as estirpes demonstraram, em sua maioria, os mesmos parâmetros característicos para a espécie em estudo. No perfil de resistência, as estirpes revelaram múltipla resistência a antimicrobianos, destacando-se ainda que 100% dessas apresentaram 100% de resistência a seis antimicrobianos (Bacitracina, Lincomicina, Penicilina G, Polimixina B, Rifampicina, Vancomicina) e somente dois Netilmicina e Sulfametoxazol/Trimetoprim demonstraram 100% de inibição para as estirpes estudadas. A análise das proteínas dos cristais de protoxinas revelaram quatro grupos com perfis protéicos distintos. O principal grupo incluem-se 23 estirpes mosquitocidas, as quais apresentaram o mesmo perfil protéico do sorovar israelensis. Através da eletroforese de isoenzimas, foi observada a presença de três tipos eletroforéticos (TEs) Todas as estirpes mosquitocidas agruparam-se em um único TE. O polimorfismo do DNA, obtido com amplificação do RAPD-PCR, formou para cada um dos seis iniciadores, três diferentes perfis de RAPD para as 28 estirpes autoaglutinantes, possibilitando, desta forma, correlacionar os perfis obtidos com a toxicidade verificada nos bioensaios qualitativos. Todos os amplicons produzidos pelas as estirpes autoaglutinantes mosquitocidas, para cada um dos seis iniciadores utilizados, apresentaram-se idênticas aos do sorovar israelensis. Para as estirpes atóxicas, cada iniciador reproduziu amplicons distintos, o que demonstra tratar-se provavelmente de subespécies diferentes. Por fim, mesmo não sendo identificada pela sorologia flagelar clássica, as 26 estirpes autoaglutinantes de B. thuringiensis, apresentaram na análise isoenzimática e no perfil de RAPD, características compatíveis com àquelas conhecidas em B. thuringiensis sorovar israelensis.
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Os resultados da atividade larvicida mostram que 26 estirpes foram patogênicas aos mosquitos-vetores (mortalidade larval > 50%) e duas estirpes apresentaram baixa toxicidade (mortalidade larval entre 0% a 20%). Quanto aos caracteres fenotípicos, as estirpes demonstraram, em sua maioria, os mesmos parâmetros característicos para a espécie em estudo. No perfil de resistência, as estirpes revelaram múltipla resistência a antimicrobianos, destacando-se ainda que 100% dessas apresentaram 100% de resistência a seis antimicrobianos (Bacitracina, Lincomicina, Penicilina G, Polimixina B, Rifampicina, Vancomicina) e somente dois Netilmicina e Sulfametoxazol/Trimetoprim demonstraram 100% de inibição para as estirpes estudadas. A análise das proteínas dos cristais de protoxinas revelaram quatro grupos com perfis protéicos distintos. O principal grupo incluem-se 23 estirpes mosquitocidas, as quais apresentaram o mesmo perfil protéico do sorovar israelensis. Através da eletroforese de isoenzimas, foi observada a presença de três tipos eletroforéticos (TEs) Todas as estirpes mosquitocidas agruparam-se em um único TE. O polimorfismo do DNA, obtido com amplificação do RAPD-PCR, formou para cada um dos seis iniciadores, três diferentes perfis de RAPD para as 28 estirpes autoaglutinantes, possibilitando, desta forma, correlacionar os perfis obtidos com a toxicidade verificada nos bioensaios qualitativos. Todos os amplicons produzidos pelas as estirpes autoaglutinantes mosquitocidas, para cada um dos seis iniciadores utilizados, apresentaram-se idênticas aos do sorovar israelensis. Para as estirpes atóxicas, cada iniciador reproduziu amplicons distintos, o que demonstra tratar-se provavelmente de subespécies diferentes. Por fim, mesmo não sendo identificada pela sorologia flagelar clássica, as 26 estirpes autoaglutinantes de B. thuringiensis, apresentaram na análise isoenzimática e no perfil de RAPD, características compatíveis com àquelas conhecidas em B. thuringiensis sorovar israelensis.Twenty eight “autoagglutinating” strains of Bacillus thuringiensis were studied by using through phenotypic and genotypic methods, aiming to evaluated the intra-specific similarity and homogeneity between them. Strains were isolated from different ecologic niches and distinct sites and could not be serologically typed. Biological activity was evaluated through bioassays against two species of mosquitoes: Aedes aegypti (vector of Dengue and Yellow Fever) and Culex quinquefasciatus (vector of Bancroftian Filariasis). The results of the larvicidal activity demonstrated that 26 “autoagglutinanting” strains were toxic to mosquitoes-vectors (mortality > 50%) and two strains presented low toxicity (mortality among 0% to 20%). The phenotypic characters of these bacterial strains demonstrated in their majority the same peculiar properties for the species under study. The resistance profiles of strains revealed multiple resistance to antimicrobials, being all these 28 “autoagglutinanting” strains 100% resistant to six antimicrobials Bacitracin, Lincomycin, Polymyxin B, Penicillin G, Rifampicin, Vancomycin and only two Netilmicin and Sulphamethoxazole/Trimethoprim, showed 100% of inhibition. The protein profiles of crystals components revealed four classes with distinctive protein patterns. The main class includes 23 mosquitocidal strains, which demonstrated the same protein profile of the serovar israelensis. Using isoenzyme analysis (MLEE), it was observed the presence of three electrophoretic types (ETs). The mosquitocidal strains grouped into one ET. The random amplified polymorphic DNA analysis (RAPD) was evaluated using six primers, which demonstrated three different patterns for the 28 “autoagglutinanting” strains, allowing to correlate the profiles obtained with the toxicity observed in the bioassays. The RAPD patterns established by mosquitocidal strains, demonstrated to be identical to the one of serovar israelensis. However, to strains of low toxicity, each primer established distinctive RAPD patterns, which demonstrated that these strains belongs to different serovars. Although the flagellar serotyping has not been identified the 26 “autoagglutinanting” strains of Bacillus thuringiensis, MLEE and RAPD profiles were compatible to that of Bacillus thuringiensis serovar israelensis.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porBacillus ThuringiensisFenótipoGenótipoAnálise fenotípicas e genotípicas de estirpes autoaglutinantes de Bacillus thuringensisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis2004Instituto Oswaldo CruzFundação Oswaldo CruzRio de JaneiroPrograma de Pós-Graduação em Biologia Celular e Molecularinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/36067/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINALjeane_chaves_ioc_mest_2004.pdfapplication/pdf1804073https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/36067/2/jeane_chaves_ioc_mest_2004.pdfa2d41feba79c002b575450008965f9cdMD52TEXTjeane_chaves_ioc_mest_2004.pdf.txtjeane_chaves_ioc_mest_2004.pdf.txtExtracted texttext/plain258346https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/36067/3/jeane_chaves_ioc_mest_2004.pdf.txt2f18a557555e014936cc87d0e93b4a0dMD53icict/360672019-10-06 10:22:49.133oai:www.arca.fiocruz.br:icict/36067Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352019-10-06T13:22:49Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false
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