Validação e aplicação de método analítico para determinação de resíduos de ditiocarbamatos na cultura de couve (Brassica oleracea)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Saldanha, Juliana Tinoco
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/14731
Resumo: O uso de agrotóxicos na agricultura e a consequente contaminação dos alimentos têm sido alvo de constante preocupação no âmbito da saúde pública, gerando a necessidade de realização da avaliação toxicológica e monitoramento dessas substâncias. Os fungicidas Ditiocarbamatos (DTCs) representam uma importante classe extensivamente usada na agricultura, devido ao largo espectro de atividade contra vários patógenos e pelo baixo custo de produção. Para a matriz couve o ditiocarbamato recomendado é o mancozebe com um valor de limite máximo de resíduo permitido (LMR) de 1 mg kg-1 de CS2. A couve (Brassica oleracea) é uma hortaliça rica em glucosinolatos e indóis, compostos antioxidantes que inibem a mutação do DNA e desta forma contribuem no combate ao câncer, essas substâncias são precursoras de CS2 fitogênico e podem fornecer resultados falsos positivo de resíduos de ditiocarbamato, quando avaliados pelo método espectrofotométrico. Em 2001, a ANVISA iniciou o Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos (PARA) com o objetivo de avaliar os níveis de resíduos de agrotóxicos em vegetais consumidos pela população. Apenas nos anos 2009 e 2010, a couve foi acrescentada ao PARA, entretanto não foram analisados os DTCs nesta matriz. Devido a complexidade analítica da determinação de ditiocarbamatos pelo método espectrofotométrico na matriz couve, este trabalho teve o objetivo de comparar este método com método conduzido por cromatografia a gás acoplado ao detector por fotometria em chama (CG-DFC) visando a identificação do método mais adequado para esta matriz. As amostras isentas de resíduos de agrotóxicos (couve orgânica) foram obtidas na região de Nova Friburgo/RJ. O método 1 empregado foi o de Keppel, que consiste no tratamento ácido da amostra por uma solução digestiva de HCl e SnCl2 submetido a aquecimento e posteriormente na leitura do complexo formado com CS2 por espectrofotometria UV-Visível a 435 nm. No método 2, foi empregada a metodologia de De Kok e Van Bodegraven, o qual consiste em adicionar a amostra, a solução digestiva e o isooctano em frascos de vidros de 250 mL com tampa rosqueável e submete-los ao aquecimento, no banho termostatizado à 80 oC com agitação por 45 minutos. Após a digestão, uma alíquota da fase orgânica límpida foi analisada por CG-DFC. Dentre as fortificações dos 3 níveis no método 1, verificou-se que no nível 1, as recuperações encontradas (257 %, 212 %, 231 % e 201 %) estavam acima do valor especificado pelo SANCO, 70 a 120 %. Desta forma, buscou-se verificar se a causa disto poderia ser o armazenamento, refrigeração e preparo. Os resultados demonstraram que a couve picada e congelada apresentou recuperações acima da faixa aceitável. Já o método 2 demonstrou seletividade, recuperações e precisão adequadas. O branco da couve não apresentou sinal cromatográfico detectável. A média das recuperações dos 3 níveis (82 %, 86 % e 84 %) encontram-se dentro do permitido pela literatura. Os limites de detecção (0,1 mg.kg-1) e de quantificação (0,4 mg.kg-1) estão adequados ao LMR (Limite Máximo de Resíduos) para a matriz de estudo.
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Trabalho de Conclusão de Curso (Especialização em Saúde na Área de Vigilância Sanitária com Ênfase na Qualidade) – Programa de Pós-Graduação em Vigilância Sanitária, Instituto Nacional de Vigilância Sanitária, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2016.https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/14731O uso de agrotóxicos na agricultura e a consequente contaminação dos alimentos têm sido alvo de constante preocupação no âmbito da saúde pública, gerando a necessidade de realização da avaliação toxicológica e monitoramento dessas substâncias. Os fungicidas Ditiocarbamatos (DTCs) representam uma importante classe extensivamente usada na agricultura, devido ao largo espectro de atividade contra vários patógenos e pelo baixo custo de produção. Para a matriz couve o ditiocarbamato recomendado é o mancozebe com um valor de limite máximo de resíduo permitido (LMR) de 1 mg kg-1 de CS2. 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Devido a complexidade analítica da determinação de ditiocarbamatos pelo método espectrofotométrico na matriz couve, este trabalho teve o objetivo de comparar este método com método conduzido por cromatografia a gás acoplado ao detector por fotometria em chama (CG-DFC) visando a identificação do método mais adequado para esta matriz. As amostras isentas de resíduos de agrotóxicos (couve orgânica) foram obtidas na região de Nova Friburgo/RJ. O método 1 empregado foi o de Keppel, que consiste no tratamento ácido da amostra por uma solução digestiva de HCl e SnCl2 submetido a aquecimento e posteriormente na leitura do complexo formado com CS2 por espectrofotometria UV-Visível a 435 nm. No método 2, foi empregada a metodologia de De Kok e Van Bodegraven, o qual consiste em adicionar a amostra, a solução digestiva e o isooctano em frascos de vidros de 250 mL com tampa rosqueável e submete-los ao aquecimento, no banho termostatizado à 80 oC com agitação por 45 minutos. 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Programa de Pós-Graduação em Vigilância Sanitária. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porDitiocarbamatosCouveValidação de MétodosEtilenobis (Ditiocarbamatos)Contaminação de AlimentosAgroquímicosLimite Máximo de Agrotóxico em AlimentosEstudos de ValidaçãoBrassicaControle de QualidadeVigilância SanitáriaValidação e aplicação de método analítico para determinação de resíduos de ditiocarbamatos na cultura de couve (Brassica oleracea)info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisCoordenação de Pós-GraduaçãoFundação Oswaldo Cruz. Instituto Nacional de Controle de Qualidade em SaúdeRio de Janeiro/RJPrograma de Pós-Graduação em Vigilância Sanitáriainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZTEXTResidencia_Juliana_Tinoco.pdf.txtResidencia_Juliana_Tinoco.pdf.txtExtracted texttext/plain86269https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/14731/4/Residencia_Juliana_Tinoco.pdf.txtb7994ec356333e41009ae6d74ee0c8d5MD54ORIGINALResidencia_Juliana_Tinoco.pdfapplication/pdf861051https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/14731/2/Residencia_Juliana_Tinoco.pdf0a6731f7f9e107dbb6f9e1e64e3f55aaMD52LICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/14731/3/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD53icict/147312022-03-08 21:31:02.273oai:www.arca.fiocruz.br:icict/14731Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352022-03-09T00:31:02Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false
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