Uso de corticosteroide antenatal no Brasil: análise dos dados da Pesquisa Nacional Nascer no Brasil
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Data de Publicação: | 2021 |
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Título da fonte: | Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
Texto Completo: | https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/49167 |
Resumo: | Objetivo: Estimar a taxa de uso de corticosteroide antenatal (CAN) em gestantes e identificar condições associadas à não utilização do medicamento no Brasil. Métodos: Análise secundária de dados da Pesquisa Nascer no Brasil de 2011–2012, inquérito nacional de base hospitalar sobre parto e nascimento. A amostra foi caracterizada em relação a idade materna, estado civil e escolaridade da mãe, paridade, via de parto e local de moradia. Foram associados o uso de CAN e a idade gestacional do parto e o tipo do parto. As intercorrências maternas observadas foram a presença de hipertensão, pré-eclâmpsia/eclâmpsia, pielonefrite, infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) ou síndrome de imunodeficiência adquirida. Resultados: Foram identificadas 2.623 gestantes com idade gestacional inferior a 37 semanas e, destas, 835 (31,8%) receberam CAN. A faixa de idade gestacional de 26–34 semanas foi a que mais recebeu, em 481 (48,7%) casos. Em gestação com menos de 37 semanas, a utilização de CAN em parto espontâneo foi de 23,9%; em parto induzido, de 20,6%; e naquelas que não entraram em trabalho de parto, de 43,8%. As variáveis parto vaginal (Odds Ratio — OR=2,5; intervalo de confiança de 95% — IC95% 1,8–3,4) e residir em cidades do interior estiveram associadas ao não uso do CAN. Ocorrência de pré-eclâmpsia/eclâmpsia (OR=1,8; IC95% 1,2–2,9) mostrou-se associada ao seu uso. Conclusões: O uso de CAN em gestantes brasileiras foi baixo. Intervenções para aumentar sua utilização são necessárias e podem contribuir para reduzir a mortalidade e a morbidade neonatal. Deve-se promover a utilização de CAN em gestações com menos de 37 semanas, especialmente em casos de parto vaginal e naquelas residindo em cidades do interior. |
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Cunha, Antônio José Ledo Alves daRezende, Karina Bilda de CastroMoreira, Maria Elisabeth LopesGama, Silvana Granado Nogueira daLeal, Maria do Carmo2021-09-27T14:31:10Z2021-09-27T14:31:10Z2021CUNHA, Antônio José Ledo Alves da et al. Uso de corticosteroide antenatal no Brasil: análise dos dados da Pesquisa Nacional Nascer no Brasil. Revista Paulista de Pediatria, v. 40, p. 1-7, 01 set. 2021.0103-0582https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/4916710.1590/1984-0462/2022/40/20201261984-0462Objetivo: Estimar a taxa de uso de corticosteroide antenatal (CAN) em gestantes e identificar condições associadas à não utilização do medicamento no Brasil. Métodos: Análise secundária de dados da Pesquisa Nascer no Brasil de 2011–2012, inquérito nacional de base hospitalar sobre parto e nascimento. A amostra foi caracterizada em relação a idade materna, estado civil e escolaridade da mãe, paridade, via de parto e local de moradia. Foram associados o uso de CAN e a idade gestacional do parto e o tipo do parto. As intercorrências maternas observadas foram a presença de hipertensão, pré-eclâmpsia/eclâmpsia, pielonefrite, infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) ou síndrome de imunodeficiência adquirida. Resultados: Foram identificadas 2.623 gestantes com idade gestacional inferior a 37 semanas e, destas, 835 (31,8%) receberam CAN. A faixa de idade gestacional de 26–34 semanas foi a que mais recebeu, em 481 (48,7%) casos. Em gestação com menos de 37 semanas, a utilização de CAN em parto espontâneo foi de 23,9%; em parto induzido, de 20,6%; e naquelas que não entraram em trabalho de parto, de 43,8%. As variáveis parto vaginal (Odds Ratio — OR=2,5; intervalo de confiança de 95% — IC95% 1,8–3,4) e residir em cidades do interior estiveram associadas ao não uso do CAN. Ocorrência de pré-eclâmpsia/eclâmpsia (OR=1,8; IC95% 1,2–2,9) mostrou-se associada ao seu uso. Conclusões: O uso de CAN em gestantes brasileiras foi baixo. Intervenções para aumentar sua utilização são necessárias e podem contribuir para reduzir a mortalidade e a morbidade neonatal. Deve-se promover a utilização de CAN em gestações com menos de 37 semanas, especialmente em casos de parto vaginal e naquelas residindo em cidades do interior.Objective: To estimate the rate of the use of antenatal corticosteroids (ANC) among pregnant women and to identify the conditions associated with their non-use in Brazil. Methods: Secondary data analysis from "Birth in Brazil", a national hospital-based survey carried out in 2011–2012 on childbirth and birth. The sample was characterized regarding maternal age, marital status and maternal education, parity, mode of delivery and place of residence. The association of ANC use with gestational age and type of delivery was analyzed. The studied maternal complications were the presence of hypertension, preeclampsia/eclampsia, and pyelonephritis, infection by the HIV virus or acquired immune deficiency syndrome. Results: 2,623 pregnant women with less than 37 weeks of gestational age were identified, and, of these, 835 (31.8%) received ANC. The frequency of ANC use was higher among women with gestational ages between 26–34 weeks (481 cases; 48.73%). In pregnancies with less than 37 weeks, the use of ANC was 23.9% in spontaneous deliveries, 20.6% in induced deliveries and 43.8% among those who did not go into labor. The variables vaginal delivery (OR 2.5; 95%CI 1.8–3.4) and living in the countryside were associated with not using ANC, and the occurrence of pre-eclampsia/eclampsia (OR 1.8; 95%CI 1.2–2.9) was associated with the use of ANC. Conclusions: The use of ANC among Brazilian pregnant women was low. Interventions to increase its use are necessary and can contribute to reduce neonatal mortality and morbidity. ANC should be promoted in pregnancies of less than 37 weeks, especially in cases of vaginal delivery and for those living in the countryside.Universidade Federal do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.Universidade Federal do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porSociedade de Pediatria de São PauloCorticosteroidesCuidado pré-natalTrabalho de parto prematuroPrevenção primáriaFatores de riscoAdrenal cortex hormonesPrenatal careObstetric laborRisk factorsPrematurePrimary preventionUso de corticosteroide antenatal no Brasil: análise dos dados da Pesquisa Nacional Nascer no BrasilUse of antenatal corticosteroids in Brazil: data analysis from the National Survey Nascer no Brasilinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-83132https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/49167/1/license.txt33967fcc8ef681b8f5c2c34178ebc114MD51ORIGINALve_Maria_Moreira_etal_IFF_2022_pt_BR.PDFve_Maria_Moreira_etal_IFF_2022_pt_BR.PDFArtigo em 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