Haitianos em Cascavel, Paraná: história, trabalho e saúde

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Eberhardt, Leonardo Dresch
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/24113
Resumo: O escopo do estudo é a relação entre saúde e imigração, do ponto de vista da saúde do trabalhador e da determinação social do processo saúde-doença. Utiliza-se, também, o aporte do materialismo histórico-dialético. O objetivo é analisar a relação entre saúde, trabalho e organização coletiva dos haitianos residentes em Cascavel, Paraná, Brasil. Optou-se por tratar a relação trabalho-saúde a partir da experiência dos haitianos em um dos frigoríficos de aves da cidade. Trata-se de pesquisa qualitativa na interface das ciências sociais e humanas em saúde, com quatro fontes de dados: entrevistas semi-estruturadas; acordos coletivos de trabalho; notícias de portais online e jornais digitais; e revisão bibliográfica. Os resultados estão agrupados em quatro seções: história da presença dos haitianos em Cascavel; aproximação à relação trabalho-saúde dos haitianos a partir do trabalho em um frigorífico de aves; formas de resistência e organização coletiva; e imigração, racismo, violência e saúde. Discute-se que os haitianos começaram a chegar a Cascavel em 2010, após o terremoto que atingiu a parte central do Haiti, atraídos por empresários locais. Iniciaram sua inserção em setores produtivos como a construção civil, comércio e, finalmente, a agroindústria avícola, onde grande parte deles estava empregada. Neste setor produtivo, são relatados pela literatura casos graves de lesões por esforço repetitivo e doenças psíquicas. Na amostra de indivíduos entrevistados (11) foram descritas diversas situações envolvidas na saúde do trabalhador, classificadas pelos autores como sofrimento difuso, com base na literatura. Além disso, foram expostas condições de vida e saúde desfavoráveis, acompanhadas por casos de violência e racismo. Diante deste cenário, a comunidade haitiana tem procurado formas de resistência individuais e coletivas, com destaque para a Associação Haitiana de Cascavel – entidade que tenta defender os direitos e interesses dos haitianos – e a participação deles nas igrejas locais, entendida como forma de procurar solidariedade e sentido para a vida diante de tantas dificuldades. Conclui-se que a relação saúde-imigração dos haitianos, além de perpassada pelas formas de produção e reprodução da vida social, é também relacionada à violência e ao racismo. O estudo espera, assim, contribuir para o fortalecimento da Associação Haitiana de Cascavel e para a luta da comunidade haitiana por saúde e trabalho.
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Trata-se de pesquisa qualitativa na interface das ciências sociais e humanas em saúde, com quatro fontes de dados: entrevistas semi-estruturadas; acordos coletivos de trabalho; notícias de portais online e jornais digitais; e revisão bibliográfica. Os resultados estão agrupados em quatro seções: história da presença dos haitianos em Cascavel; aproximação à relação trabalho-saúde dos haitianos a partir do trabalho em um frigorífico de aves; formas de resistência e organização coletiva; e imigração, racismo, violência e saúde. Discute-se que os haitianos começaram a chegar a Cascavel em 2010, após o terremoto que atingiu a parte central do Haiti, atraídos por empresários locais. Iniciaram sua inserção em setores produtivos como a construção civil, comércio e, finalmente, a agroindústria avícola, onde grande parte deles estava empregada. Neste setor produtivo, são relatados pela literatura casos graves de lesões por esforço repetitivo e doenças psíquicas. Na amostra de indivíduos entrevistados (11) foram descritas diversas situações envolvidas na saúde do trabalhador, classificadas pelos autores como sofrimento difuso, com base na literatura. Além disso, foram expostas condições de vida e saúde desfavoráveis, acompanhadas por casos de violência e racismo. Diante deste cenário, a comunidade haitiana tem procurado formas de resistência individuais e coletivas, com destaque para a Associação Haitiana de Cascavel – entidade que tenta defender os direitos e interesses dos haitianos – e a participação deles nas igrejas locais, entendida como forma de procurar solidariedade e sentido para a vida diante de tantas dificuldades. Conclui-se que a relação saúde-imigração dos haitianos, além de perpassada pelas formas de produção e reprodução da vida social, é também relacionada à violência e ao racismo. O estudo espera, assim, contribuir para o fortalecimento da Associação Haitiana de Cascavel e para a luta da comunidade haitiana por saúde e trabalho.The scope of this research is the relationship between health and immigration by the standpoint of worker’s health, social determination of health and historical-dialectical materialism. The aim is to analyze the relationship between health, work and collective organization of Haitians residing in Cascavel, Paraná, Brazil. The relation work-health is approached starting from the background of a local poultry slaughterhouse. It is a qualitative research on the connection of social sciences and health, with four data sources: interviews, news from online web portals, collective work agreements and cientific literature review. The results are grouped in four sections: history of the Haitian presence in Cascavel; aproximation to the relation work-health starting form the work on a poultry slaughterhouse; forms of resistance and collective organization; and immigration, racism, violence and health. The Haitians have been started to arrive at Cascavel in 2010 – after a earthquake that reached Haiti – attracted by local business people. Formerly, they were integrated in productive sectors such as construction industry, trading and, finally, the pultry slaughterhouses, where a huge part of them was employed. Scientific literature reports serious cases of repetitive strain injury and psychic diseases in this productive sector. The individuals interviewed reported various situations envolved with worker’s health, classified by authors as difuse distress. Besides, life and health unfavorable conditions has been exposed, followed by violence and racism. In front of this context, the Haitian community have been looking for individual and collective forms of resistence, such as the Haitian Association of Cascavel – which try to defend haitians rights – and their participation in local churces, understood as a form of search solidarity and a meaning to life. Thus, the relation health-immigratian is ran through by forms of social life production, reproduction and by violence and racism. The research hope to contribute to the Haitian Association of Cascavel strenghtening and to her struggle for helth and work.Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porTrabalhadoresSaúde do TrabalhadorEmigração e ImigraçãoSaúde PúblicaWorkersOccupational HealthEmigration and ImmigrationPublic HealthTrabalhadoresSaúde do TrabalhadorEmigração e ImigraçãoSaúde PúblicaProcesso Saúde-DoençaRacismoHaitianos em Cascavel, Paraná: história, trabalho e saúdeHaitians in Cascavel, Paraná: history, work and healthinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisEscola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz.Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca.Rio de Janeiro/RJPrograma de Pós-Graduação em Saúde Públicainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/24113/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINALve_Leonardo_Dresch_ENSP_2017.pdfapplication/pdf6223383https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/24113/2/ve_Leonardo_Dresch_ENSP_2017.pdf71748e132130e579df9b56a4d47c0413MD52TEXTleonardo_dresch.pdf.txtleonardo_dresch.pdf.txtExtracted texttext/plain491932https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/24113/3/leonardo_dresch.pdf.txt305006989c166a36e9b32d6548e77e58MD53ve_Leonardo_Dresch_ENSP_2017.pdf.txtve_Leonardo_Dresch_ENSP_2017.pdf.txtExtracted texttext/plain491932https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/24113/4/ve_Leonardo_Dresch_ENSP_2017.pdf.txt305006989c166a36e9b32d6548e77e58MD54icict/241132023-01-17 13:59:49.37oai:www.arca.fiocruz.br:icict/24113Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352023-01-17T16:59:49Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false
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