Helmintos intestinais de tayassuidae e suidae (mammalia: artiodactyla) no Pantanal: um estudo sobre a circulação de espécies na Reserva Particular do Patrimônio Nacional SESC Pantanal e seu entorno, Barão de Melgaço, Mato Grosso, Brasil
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
Texto Completo: | https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/24341 |
Resumo: | A convivência de mais de dez mil anos fez com que homens e porcos compartilhassem parasitos, frutos da coevolução. Neste cenário inserem-se os taiassuídeos, porcos americanos que também participam desta complexa relação. Além da via filogenética, a perda de habitats decorrentes da ação humana gera alterações nos ecossistemas naturais, modificando as interações parasito/hospedeiro e provocando a emergência e reemergência de doenças nas populações animais e humanas. E é neste contexto que a Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) SESC Pantanal, MT surge como cenário para o estudo da convivência homem-parasito-suíno/taiassuídeo, no qual porcos selvagens, domésticos, asselvajados, homens e outros animais coabitamesta área. Com objetivo de identificar os helmintos intestinais em suínos e catetos da RPPN SESC Pantanal, o presente estudo buscou correlacionar a biodiversidade e a similaridade da fauna helmíntica com sua importância epidemiológica e suas possíveis consequências com a sanidade animal e saúde pública local. Para isso, foram utilizados índices de Shannon (H’), de Simpson (Ds) e equitabilidade (J), além do índice de similaridade de Sorensen. A coleta de amostras de fezes dos animais em estudo foi realizada em quatro expedições entre os anos de 2009 a 2012 na RPPN SESC Pantanal. As amostras foram coletadas oportunísticamente e diretamente do solo, identificadas, analisadas microscopicamente por meio de sedimentação espontânea e os ovos de helmintos foram medidos e fotografados digitalmente. Das 109 amostras de fezes de suiniformes coletadas, 53 foram de catetos e 56 de porcos/porcos Monteiros com positividade para ovos de helmintos intestinais em 67,93% (36/53) e 73,21% (41/56) das amostras, respectivamente. Onze morfoespécies de ovos de helmintos foram encontradas, 9 pertencem ao Filo Nemathelminthes Classe Nematoda: Ascaris suum, Strongylida 1, Strongylida 2, Metastrongylus sp., Oxyuridae, Spiruridae, Trichostrongylidae, Nematoda, Trichurissp., uma pertence ao Filo Platyhelminthes Classe Cestoda (Anaplocephalidae) e uma ao Filo Acanthocephala, Macracanthorhynchushirudinaceus. Nota para novos registros de Trichuris sp. e Anaplocephalidae em P. tajacu na região do Pantanal. As prevalências das morfoespécies em S. scrofa foram 30,36% (n=17/56) de Strongylida 1; 28,57%, (n=16/56) de Metastrongylus sp. e A. suum; 14,29% (n=8/56); de M. hirudinaceus, 5,36% (n=3/56); de Strongylida 2 e Oxyuridae; 3,57% (n=2/56);de Spiruridae e Trichuris .sp. 7,9% (n=1/56). Nas amostras de fezes de P. tajacu a prevalência foi de 66,04% (n=35/53) para M. hirudinaceus; ; 15,09% (n=8/53) para Metastrongylus sp.; 9,43% (n=5) para Nematoda; 5,66% (n=3/53) para Spiruridae; 3,77% (n=2/53) para Strongylida 1, Strongylida 2 e Trichonstrongylidae e 1,89% (n=1/53) para Trichurissp. E Anaplocephalidae. A similaridade entre os helmintos nas duas espécies de hospedeiros foi de 71%, e entre o grupo de helmintos de importância zootécnica observou-se o compartilhamento de 83% das morfoespécies encontradas e 80% do compartilhamento de espécies do grupo de importância médica. As morfoespécies mais encontradas em ambientes silvestres foram Nematoda, Trichostrongilidae e Anaplocephalidae, com 100% de suas presenças na área da Reserva e o M. hirudinaceuscom 83,72%. As morfoespécies encontradas com maior frequência nas comunidades humanas do entorno da Reserva foram o A. suum, Trichuris sp. Oxyuridae com 100% de presença neste ambiente antropizado e o Strongilida 1, Metastrongylus sp. e o Strongylida 2 com 89,47%, 70,83% e 60% de presença nesta área, respectivamente. Esta distribuição de helmintos por área antropizada e área silvestre sugerea favorabilidade destes ambientes à transmissão dos parasitos a fatores do ambientes e não necessariamente ao seu hospedeiro. Uma melhor compreensão destes mecanismos e fluxos no futuro poderá possibilitar a indicação de boas práticas para a saúde humana, a criação de suínos na região e o manejo de taiassuídeos na Reserva. |
id |
CRUZ_193769c3386a23920e85ebdd1a7eeef3 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:www.arca.fiocruz.br:icict/24341 |
network_acronym_str |
CRUZ |
network_name_str |
Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
repository_id_str |
2135 |
spelling |
Souza, Hugo Costa deChame, Marcia2018-01-31T15:42:21Z2018-01-31T15:42:21Z2014SOUZA, Hugo Costa de. Helmintos intestinais de tayassuidae e suidae (mammalia: artiodactyla) no Pantanal: um estudo sobre a circulação de espécies na Reserva Particular do Patrimônio Nacional SESC Pantanal e seu entorno, Barão de Melgaço, Mato Grosso, Brasil. 2014. 107 f. Dissertação (Mestrado em Saúde Pública) - Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2014.https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/24341A convivência de mais de dez mil anos fez com que homens e porcos compartilhassem parasitos, frutos da coevolução. Neste cenário inserem-se os taiassuídeos, porcos americanos que também participam desta complexa relação. Além da via filogenética, a perda de habitats decorrentes da ação humana gera alterações nos ecossistemas naturais, modificando as interações parasito/hospedeiro e provocando a emergência e reemergência de doenças nas populações animais e humanas. E é neste contexto que a Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) SESC Pantanal, MT surge como cenário para o estudo da convivência homem-parasito-suíno/taiassuídeo, no qual porcos selvagens, domésticos, asselvajados, homens e outros animais coabitamesta área. Com objetivo de identificar os helmintos intestinais em suínos e catetos da RPPN SESC Pantanal, o presente estudo buscou correlacionar a biodiversidade e a similaridade da fauna helmíntica com sua importância epidemiológica e suas possíveis consequências com a sanidade animal e saúde pública local. Para isso, foram utilizados índices de Shannon (H’), de Simpson (Ds) e equitabilidade (J), além do índice de similaridade de Sorensen. A coleta de amostras de fezes dos animais em estudo foi realizada em quatro expedições entre os anos de 2009 a 2012 na RPPN SESC Pantanal. As amostras foram coletadas oportunísticamente e diretamente do solo, identificadas, analisadas microscopicamente por meio de sedimentação espontânea e os ovos de helmintos foram medidos e fotografados digitalmente. Das 109 amostras de fezes de suiniformes coletadas, 53 foram de catetos e 56 de porcos/porcos Monteiros com positividade para ovos de helmintos intestinais em 67,93% (36/53) e 73,21% (41/56) das amostras, respectivamente. Onze morfoespécies de ovos de helmintos foram encontradas, 9 pertencem ao Filo Nemathelminthes Classe Nematoda: Ascaris suum, Strongylida 1, Strongylida 2, Metastrongylus sp., Oxyuridae, Spiruridae, Trichostrongylidae, Nematoda, Trichurissp., uma pertence ao Filo Platyhelminthes Classe Cestoda (Anaplocephalidae) e uma ao Filo Acanthocephala, Macracanthorhynchushirudinaceus. Nota para novos registros de Trichuris sp. e Anaplocephalidae em P. tajacu na região do Pantanal. As prevalências das morfoespécies em S. scrofa foram 30,36% (n=17/56) de Strongylida 1; 28,57%, (n=16/56) de Metastrongylus sp. e A. suum; 14,29% (n=8/56); de M. hirudinaceus, 5,36% (n=3/56); de Strongylida 2 e Oxyuridae; 3,57% (n=2/56);de Spiruridae e Trichuris .sp. 7,9% (n=1/56). Nas amostras de fezes de P. tajacu a prevalência foi de 66,04% (n=35/53) para M. hirudinaceus; ; 15,09% (n=8/53) para Metastrongylus sp.; 9,43% (n=5) para Nematoda; 5,66% (n=3/53) para Spiruridae; 3,77% (n=2/53) para Strongylida 1, Strongylida 2 e Trichonstrongylidae e 1,89% (n=1/53) para Trichurissp. E Anaplocephalidae. A similaridade entre os helmintos nas duas espécies de hospedeiros foi de 71%, e entre o grupo de helmintos de importância zootécnica observou-se o compartilhamento de 83% das morfoespécies encontradas e 80% do compartilhamento de espécies do grupo de importância médica. As morfoespécies mais encontradas em ambientes silvestres foram Nematoda, Trichostrongilidae e Anaplocephalidae, com 100% de suas presenças na área da Reserva e o M. hirudinaceuscom 83,72%. As morfoespécies encontradas com maior frequência nas comunidades humanas do entorno da Reserva foram o A. suum, Trichuris sp. Oxyuridae com 100% de presença neste ambiente antropizado e o Strongilida 1, Metastrongylus sp. e o Strongylida 2 com 89,47%, 70,83% e 60% de presença nesta área, respectivamente. Esta distribuição de helmintos por área antropizada e área silvestre sugerea favorabilidade destes ambientes à transmissão dos parasitos a fatores do ambientes e não necessariamente ao seu hospedeiro. Uma melhor compreensão destes mecanismos e fluxos no futuro poderá possibilitar a indicação de boas práticas para a saúde humana, a criação de suínos na região e o manejo de taiassuídeos na Reserva.The coexistence of over ten thousand years has made men and pigs share parasites, fruits of coevolution. In this scenario are inserted the taiassuídeos, american pigs that also participate in this complex relationship. Besides the phylogenetic pathway, the habitat loss resulting from human action generates changes in the natural ecosystems, modifying the parasite/host interactions and triggering the emergence and reemergence of diseases in animal and human populations. And it’s in this context that the Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) SESC Pantanal, MT appears as a setting for a study ofcoexistence between manparasite-pig / taiassuídeo in which naturalized swines and wild and domestic pigs cohabit with men and other animals. To identify intestinal helminths in pigs and collared peccary of RPPN SESC Pantanal, this study sought to correlate the biodiversity and the similarity of helminth fauna with their epidemiologic relevance and their possible consequencesto animal health and to the local public health. For this, Shannon (H'), Simpson (Ds) and evenness (J) index were used, in addition to the Sorensen similarity index. The collection of stool samples from the animals under study ocurred in four expeditions between the years of 2009 and 2012 to RPPN SESC Pantanal. Samples were collected opportunistically and directly from the ground, identified, microscopically examined by the Lutz's spontaneous sedimentation technique and the helminth eggs were measured and digitally photographed. Among the 109 suiniformes feces samples collected , 53 were from collared pecary and 56 were from pigs/feral hogs tested positive for eggs of intestinal helminths in 67.93% (36/53) and 73.21% (41/56) of the samples, respectively. Eleven morphospecies of helminth eggs were found, nine belong to the Phylum Nematoda Nemathelminthes Class: Nematode: Ascaris suum, Strongylida 1, Strongylida 2, Metastrongylussp, Oxyuridae, Spiruridae, Trichostrongylidae, nematode, Trichuris sp,; one belongs to the Phylum Platyhelminthes Class Cestoda (Anaplocephalidae) and another one to the Phylum Acanthocephala, Macracanthorhynchus hirudinaceus. Note to new records of Trichuris sp. And Anaplocephalidae in P. Tajacu in the Pantanal region. The prevalence of morphospecies in S. scrofawas 30.36% (n = 17/56); in Strongylida1 was 28.57% (n = 16/56); in Metastrongylus spp. and A. suum; 14.29% (n = 8/56); in M. hirudinaceus, 5.36% (n = 3/56); in Strongylida 2 and Oxyuridae; 3.57% (n = 2/56); in Spiruridae Trichuris .sp. was 7.9% (n = 1/56). In stool specimens of P. Tajacu the prevalence was 66.04% (n = 35/53); for M. hirudinaceus; 15.09% (n = 8/53); to Metastrongylus spp.; 9.43% (n = 5); for Nematoda; 5.66% (n = 3/53); to Spiruridae; 3.77% (n = 2/53); to Strongylida 1, Strongylida 2 and Trichonstrongylidae and 1.89% (n = 1/53) for Trichuris spp. and Anaplocephalidae. The similarity between helminths in the two host species was 71%, and among the group of helminths of zootechnical importance was observed the sharing of 83% of the morphospecies found and 80% of the species sharing from the group of medical importance. The most frquent Morphospecies found in forest environments were Nematoda, and Trichostrongilidae Anaplocephalidae, with 100% of their presence in the area of the Reserve and the M. hirudinaceuswith 83.72%. The most frequent morphospecies found in human communities around the reserve were A. suum, Trichuris sp. Oxyuridae had 100% of attendance in this anthropic environment and the Strongilida 1, Metastrongylus sp. And Strongylida 2 with 89.47%, 70.83% and 60% presence in this area, respectively. This distribution of helminths in disturbed areas and wild area suggests the favorability of these environments for the transmission of parasites to environment factors and not necessarily to their host. A better understanding of these mechanisms and flows in the future may allow the indication of good practice for human health, pig farming in the region and the management of the taiassuídeos in the reserve.Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porHelmintosBiodiversidadePantanalSuídeosTaiassuídeosHelminthesBiodiversityPantanalSuidsTaiassuidsHelmintos / parasitologiaBiodiversidadeSuínosArtiodáctilosHelmintos intestinais de tayassuidae e suidae (mammalia: artiodactyla) no Pantanal: um estudo sobre a circulação de espécies na Reserva Particular do Patrimônio Nacional SESC Pantanal e seu entorno, Barão de Melgaço, Mato Grosso, BrasilIntestinal helminths of tayassuidae and suidae (mammalia: artiodactyla) in the Pantanal: a study on the circulation of species in the SESC Pantanal National Private Reserve and its surroundings, Barão de Melgaço, Mato Grosso, Brazilinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisEscola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz.Fundação Oswaldo Cruz, Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca.Rio de Janeiro/RJPrograma de Pós-Graduação em Saúde Públicainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZORIGINALve_Hugo_Costa_ENSP_2014application/pdf1412019https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/24341/1/ve_Hugo_Costa_ENSP_2014f474df8b0cb51abd8ec38600ea19acf6MD51LICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/24341/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52TEXT31.pdf.txt31.pdf.txtExtracted texttext/plain214044https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/24341/3/31.pdf.txt34691f1c6fadf64d62bd6904b923fa38MD53ve_Hugo_Costa_ENSP_2014.txtve_Hugo_Costa_ENSP_2014.txtExtracted texttext/plain214044https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/24341/4/ve_Hugo_Costa_ENSP_2014.txt34691f1c6fadf64d62bd6904b923fa38MD54icict/243412023-04-14 13:27:14.624oai:www.arca.fiocruz.br:icict/24341Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352023-04-14T16:27:14Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Helmintos intestinais de tayassuidae e suidae (mammalia: artiodactyla) no Pantanal: um estudo sobre a circulação de espécies na Reserva Particular do Patrimônio Nacional SESC Pantanal e seu entorno, Barão de Melgaço, Mato Grosso, Brasil |
dc.title.alternative.en_US.fl_str_mv |
Intestinal helminths of tayassuidae and suidae (mammalia: artiodactyla) in the Pantanal: a study on the circulation of species in the SESC Pantanal National Private Reserve and its surroundings, Barão de Melgaço, Mato Grosso, Brazil |
title |
Helmintos intestinais de tayassuidae e suidae (mammalia: artiodactyla) no Pantanal: um estudo sobre a circulação de espécies na Reserva Particular do Patrimônio Nacional SESC Pantanal e seu entorno, Barão de Melgaço, Mato Grosso, Brasil |
spellingShingle |
Helmintos intestinais de tayassuidae e suidae (mammalia: artiodactyla) no Pantanal: um estudo sobre a circulação de espécies na Reserva Particular do Patrimônio Nacional SESC Pantanal e seu entorno, Barão de Melgaço, Mato Grosso, Brasil Souza, Hugo Costa de Helmintos Biodiversidade Pantanal Suídeos Taiassuídeos Helminthes Biodiversity Pantanal Suids Taiassuids Helmintos / parasitologia Biodiversidade Suínos Artiodáctilos |
title_short |
Helmintos intestinais de tayassuidae e suidae (mammalia: artiodactyla) no Pantanal: um estudo sobre a circulação de espécies na Reserva Particular do Patrimônio Nacional SESC Pantanal e seu entorno, Barão de Melgaço, Mato Grosso, Brasil |
title_full |
Helmintos intestinais de tayassuidae e suidae (mammalia: artiodactyla) no Pantanal: um estudo sobre a circulação de espécies na Reserva Particular do Patrimônio Nacional SESC Pantanal e seu entorno, Barão de Melgaço, Mato Grosso, Brasil |
title_fullStr |
Helmintos intestinais de tayassuidae e suidae (mammalia: artiodactyla) no Pantanal: um estudo sobre a circulação de espécies na Reserva Particular do Patrimônio Nacional SESC Pantanal e seu entorno, Barão de Melgaço, Mato Grosso, Brasil |
title_full_unstemmed |
Helmintos intestinais de tayassuidae e suidae (mammalia: artiodactyla) no Pantanal: um estudo sobre a circulação de espécies na Reserva Particular do Patrimônio Nacional SESC Pantanal e seu entorno, Barão de Melgaço, Mato Grosso, Brasil |
title_sort |
Helmintos intestinais de tayassuidae e suidae (mammalia: artiodactyla) no Pantanal: um estudo sobre a circulação de espécies na Reserva Particular do Patrimônio Nacional SESC Pantanal e seu entorno, Barão de Melgaço, Mato Grosso, Brasil |
author |
Souza, Hugo Costa de |
author_facet |
Souza, Hugo Costa de |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Souza, Hugo Costa de |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Chame, Marcia |
contributor_str_mv |
Chame, Marcia |
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv |
Helmintos Biodiversidade Pantanal Suídeos Taiassuídeos |
topic |
Helmintos Biodiversidade Pantanal Suídeos Taiassuídeos Helminthes Biodiversity Pantanal Suids Taiassuids Helmintos / parasitologia Biodiversidade Suínos Artiodáctilos |
dc.subject.en.en_US.fl_str_mv |
Helminthes Biodiversity Pantanal Suids Taiassuids |
dc.subject.decs.pt_BR.fl_str_mv |
Helmintos / parasitologia Biodiversidade Suínos Artiodáctilos |
description |
A convivência de mais de dez mil anos fez com que homens e porcos compartilhassem parasitos, frutos da coevolução. Neste cenário inserem-se os taiassuídeos, porcos americanos que também participam desta complexa relação. Além da via filogenética, a perda de habitats decorrentes da ação humana gera alterações nos ecossistemas naturais, modificando as interações parasito/hospedeiro e provocando a emergência e reemergência de doenças nas populações animais e humanas. E é neste contexto que a Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) SESC Pantanal, MT surge como cenário para o estudo da convivência homem-parasito-suíno/taiassuídeo, no qual porcos selvagens, domésticos, asselvajados, homens e outros animais coabitamesta área. Com objetivo de identificar os helmintos intestinais em suínos e catetos da RPPN SESC Pantanal, o presente estudo buscou correlacionar a biodiversidade e a similaridade da fauna helmíntica com sua importância epidemiológica e suas possíveis consequências com a sanidade animal e saúde pública local. Para isso, foram utilizados índices de Shannon (H’), de Simpson (Ds) e equitabilidade (J), além do índice de similaridade de Sorensen. A coleta de amostras de fezes dos animais em estudo foi realizada em quatro expedições entre os anos de 2009 a 2012 na RPPN SESC Pantanal. As amostras foram coletadas oportunísticamente e diretamente do solo, identificadas, analisadas microscopicamente por meio de sedimentação espontânea e os ovos de helmintos foram medidos e fotografados digitalmente. Das 109 amostras de fezes de suiniformes coletadas, 53 foram de catetos e 56 de porcos/porcos Monteiros com positividade para ovos de helmintos intestinais em 67,93% (36/53) e 73,21% (41/56) das amostras, respectivamente. Onze morfoespécies de ovos de helmintos foram encontradas, 9 pertencem ao Filo Nemathelminthes Classe Nematoda: Ascaris suum, Strongylida 1, Strongylida 2, Metastrongylus sp., Oxyuridae, Spiruridae, Trichostrongylidae, Nematoda, Trichurissp., uma pertence ao Filo Platyhelminthes Classe Cestoda (Anaplocephalidae) e uma ao Filo Acanthocephala, Macracanthorhynchushirudinaceus. Nota para novos registros de Trichuris sp. e Anaplocephalidae em P. tajacu na região do Pantanal. As prevalências das morfoespécies em S. scrofa foram 30,36% (n=17/56) de Strongylida 1; 28,57%, (n=16/56) de Metastrongylus sp. e A. suum; 14,29% (n=8/56); de M. hirudinaceus, 5,36% (n=3/56); de Strongylida 2 e Oxyuridae; 3,57% (n=2/56);de Spiruridae e Trichuris .sp. 7,9% (n=1/56). Nas amostras de fezes de P. tajacu a prevalência foi de 66,04% (n=35/53) para M. hirudinaceus; ; 15,09% (n=8/53) para Metastrongylus sp.; 9,43% (n=5) para Nematoda; 5,66% (n=3/53) para Spiruridae; 3,77% (n=2/53) para Strongylida 1, Strongylida 2 e Trichonstrongylidae e 1,89% (n=1/53) para Trichurissp. E Anaplocephalidae. A similaridade entre os helmintos nas duas espécies de hospedeiros foi de 71%, e entre o grupo de helmintos de importância zootécnica observou-se o compartilhamento de 83% das morfoespécies encontradas e 80% do compartilhamento de espécies do grupo de importância médica. As morfoespécies mais encontradas em ambientes silvestres foram Nematoda, Trichostrongilidae e Anaplocephalidae, com 100% de suas presenças na área da Reserva e o M. hirudinaceuscom 83,72%. As morfoespécies encontradas com maior frequência nas comunidades humanas do entorno da Reserva foram o A. suum, Trichuris sp. Oxyuridae com 100% de presença neste ambiente antropizado e o Strongilida 1, Metastrongylus sp. e o Strongylida 2 com 89,47%, 70,83% e 60% de presença nesta área, respectivamente. Esta distribuição de helmintos por área antropizada e área silvestre sugerea favorabilidade destes ambientes à transmissão dos parasitos a fatores do ambientes e não necessariamente ao seu hospedeiro. Uma melhor compreensão destes mecanismos e fluxos no futuro poderá possibilitar a indicação de boas práticas para a saúde humana, a criação de suínos na região e o manejo de taiassuídeos na Reserva. |
publishDate |
2014 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2014 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2018-01-31T15:42:21Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2018-01-31T15:42:21Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.citation.fl_str_mv |
SOUZA, Hugo Costa de. Helmintos intestinais de tayassuidae e suidae (mammalia: artiodactyla) no Pantanal: um estudo sobre a circulação de espécies na Reserva Particular do Patrimônio Nacional SESC Pantanal e seu entorno, Barão de Melgaço, Mato Grosso, Brasil. 2014. 107 f. Dissertação (Mestrado em Saúde Pública) - Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2014. |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/24341 |
identifier_str_mv |
SOUZA, Hugo Costa de. Helmintos intestinais de tayassuidae e suidae (mammalia: artiodactyla) no Pantanal: um estudo sobre a circulação de espécies na Reserva Particular do Patrimônio Nacional SESC Pantanal e seu entorno, Barão de Melgaço, Mato Grosso, Brasil. 2014. 107 f. Dissertação (Mestrado em Saúde Pública) - Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2014. |
url |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/24341 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) instacron:FIOCRUZ |
instname_str |
Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) |
instacron_str |
FIOCRUZ |
institution |
FIOCRUZ |
reponame_str |
Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
collection |
Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/24341/1/ve_Hugo_Costa_ENSP_2014 https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/24341/2/license.txt https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/24341/3/31.pdf.txt https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/24341/4/ve_Hugo_Costa_ENSP_2014.txt |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
f474df8b0cb51abd8ec38600ea19acf6 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 34691f1c6fadf64d62bd6904b923fa38 34691f1c6fadf64d62bd6904b923fa38 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) |
repository.mail.fl_str_mv |
repositorio.arca@fiocruz.br |
_version_ |
1798324623201271808 |