Estudo molecular da Febre Maculosa Brasileira no diagnóstico diferencial com Dengue no Estado do Rio de Janeiro durante o período de 2010 a 2011
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Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
Texto Completo: | https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/12024 |
Resumo: | Doenças febris agudas são comuns e frequentemente associadas com agentes infecciosos em países tropicais como o Brasil. Com manifestações clínicas inespecíficas de difícil diferenciação com uma série de doenças endêmicas como dengue, leptospirose e outras doenças fatais, a febre maculosa brasileira (FMB) raramente tem sido considerada no diagnóstico, fato que, com o consequente retardo no tratamento antimicrobiano específico, tem determinado a elevada letalidade frequentemente observada em nosso país. A dengue é uma das doenças infecciosas mais importantes e frequentes no Brasil, onde epidemias são relatadas periodicamente no estado do Rio de Janeiro. Durante surtos de dengue, a possibilidade de erros no diagnóstico, devido à semelhança clínica, é uma realidade e a FMB deve ser considerada no diagnóstico diferencial de pacientes com febre, cefaleia e exantema. Neste contexto, considerando a hipótese de que a FMB, uma zoonose negligenciada transmitida por carrapatos, por falta de suspeita clínica, possa não ter sido identificada durante o surto de dengue ocorrido nos anos de 2010-2011, um estudo retrospectivo foi realizado com base em dados secundários e em amostras acondicionadas em laboratório de saúde pública Amostras de sangue de pacientes com suspeita de dengue, mas que foram descartadas sorologicamente para dengue durante o período de janeiro de 2010 a junho de 2011, no estado do Rio de Janeiro, foram submetidas à amplificação por PCR usando primers rickettsianos específicos para genes gltA e rOmpA. A partir dos critérios de elegibilidade preconizados, somente 319 amostras, dos 4.343 casos identificados, foram submetidas à pesquisa de FMB. Rickettsia rickettsii foi identificada em dois casos fatais no município do Rio de Janeiro e ambos pacientes apresentavam quadro clínico inespecífico sem exantema, cujo óbito ocorreu antes do sétimo dia de doença. Estes resultados comprovam a importância de incluir a FMB no diagnóstico diferencial da dengue, especialmente em regiões onde têm sido relatados casos desta zoonose, cuja letalidade é elevada, na ausência de tratamento específico precoce |
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Com manifestações clínicas inespecíficas de difícil diferenciação com uma série de doenças endêmicas como dengue, leptospirose e outras doenças fatais, a febre maculosa brasileira (FMB) raramente tem sido considerada no diagnóstico, fato que, com o consequente retardo no tratamento antimicrobiano específico, tem determinado a elevada letalidade frequentemente observada em nosso país. A dengue é uma das doenças infecciosas mais importantes e frequentes no Brasil, onde epidemias são relatadas periodicamente no estado do Rio de Janeiro. Durante surtos de dengue, a possibilidade de erros no diagnóstico, devido à semelhança clínica, é uma realidade e a FMB deve ser considerada no diagnóstico diferencial de pacientes com febre, cefaleia e exantema. Neste contexto, considerando a hipótese de que a FMB, uma zoonose negligenciada transmitida por carrapatos, por falta de suspeita clínica, possa não ter sido identificada durante o surto de dengue ocorrido nos anos de 2010-2011, um estudo retrospectivo foi realizado com base em dados secundários e em amostras acondicionadas em laboratório de saúde pública Amostras de sangue de pacientes com suspeita de dengue, mas que foram descartadas sorologicamente para dengue durante o período de janeiro de 2010 a junho de 2011, no estado do Rio de Janeiro, foram submetidas à amplificação por PCR usando primers rickettsianos específicos para genes gltA e rOmpA. A partir dos critérios de elegibilidade preconizados, somente 319 amostras, dos 4.343 casos identificados, foram submetidas à pesquisa de FMB. Rickettsia rickettsii foi identificada em dois casos fatais no município do Rio de Janeiro e ambos pacientes apresentavam quadro clínico inespecífico sem exantema, cujo óbito ocorreu antes do sétimo dia de doença. Estes resultados comprovam a importância de incluir a FMB no diagnóstico diferencial da dengue, especialmente em regiões onde têm sido relatados casos desta zoonose, cuja letalidade é elevada, na ausência de tratamento específico precoceAcute febrile disease s are common and often associated with infectious agents in tropical countries such as Brazil. With nonspecific clinical manifestations and hard to differentiate with a number of endemic disea ses such as dengue, leptospirosis , and other fatal diseases, Brazilian S potted F ever (BSF) has rarely been considered in the diagnosis, fact that with the consequent delay in the specific antimicrobial treatment, has determined high lethality often observe d in our country. Dengue is one of the most important and frequent infectious diseases in Brazil, where epidemics are reported periodically in the State of Rio de Janeiro. During dengue fever outbreaks, the possibility of errors in diagnosis d ue to clinica l similarity, BSF should be considered in the differential diagnosis of patients with fever, headache , and rash. In this context, considering the hypothesis that BSF , a neglected zoonosis transmitted by ticks, for lack of clinical suspicion, may not have b een identified during the dengue outbreak occurred in the years 2010 - 2011, a retrospective study was performed based on secondary data and samples placed in public health laboratory. Blood samples from patients with suspected dengue that were serologically discarded during the period of January 2010 to June 2011 in the state of Rio de Janeiro, were subjected to PCR amplification using specific rickettsial primers for gltA and rOmpA genes . From the eligibility criteria preconi z ed, only 3 19 samples of 4,319 c ases identified were submitted to BSF research . Rickettsia rickettsii was identified in two fatal cases in the city of Rio de Janeiro and both patients had nonspecific clinical picture without rash, whose death occurred before the seventh day of illness. T hese results demonstrate the importance of including BSF in the differential diagnosis of dengue, specially in regions where cases of this zoonotic disease have been reported , whose lethality is high in the absence of early specific treatmentFundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porDoenças Febris AgudasDengueRickettsiosesEtiologiaFebre Maculosa BrasileiraManifestação ClínicaDiagnóstico LaboratorialTratamento e PrevençãoDiagnóstico DiferencialReação em Cadeia da PolimeraseFebre Maculosa das Montanhas RochosasRickettsiaDengueEstudo molecular da Febre Maculosa Brasileira no diagnóstico diferencial com Dengue no Estado do Rio de Janeiro durante o período de 2010 a 2011info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis2014-03-20Pós-Graduação em Medicina TropicalFundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo CruzRio de Janeiro/RJPrograma de Pós-Graduação em Medicina Tropicalinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZORIGINALkerla_monteiro_ioc_mest_2014.pdfapplication/pdf3052462https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/12024/1/kerla_monteiro_ioc_mest_2014.pdf30bf40773ca5991e3c3f964f2d53fca8MD51LICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/12024/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52TEXTkerla_monteiro_ioc_mest_2014.pdf.txtkerla_monteiro_ioc_mest_2014.pdf.txtExtracted texttext/plain138747https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/12024/3/kerla_monteiro_ioc_mest_2014.pdf.txtbb35f78f9cb0122c40208524b6e1f1e9MD53icict/120242023-09-04 11:49:11.182oai:www.arca.fiocruz.br:icict/12024Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352023-09-04T14:49:11Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false |
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