Interações entre canídeos silvestres, domésticos e pequenos mamíferos não-voadores na rede de transmissão de Trypanosoma cruzi e Leishmania spp. em uma área do cerrado brasileiro

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Brandão, Élida Millena de Vasconcelos
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/49471
Resumo: Trypanosoma cruzi e Leishmania spp. são parasitas de uma diversidade de mamíferos e insetos hematófagos vetores, que estão imersos em complexos ciclos de transmissão na natureza. Em um agroecossistema, como na região do Limoeiro (Cumari/Goiás), as espécies silvestres, domésticas e humanas compartilham áreas, podendo estabelecer uma estreita rede de interconexões, favorecendo as relações ecológicas, como o fluxo de parasitas entre elas. Além disso, o ambiente com as características ecológicas espaciais da paisagem também pode ter influência nos ciclos de transmissão de parasitas. Nosso objetivo foi analisar, em um recorte espaçotemporal, os encontros e as interações entre canídeos silvestres, domésticos e pequenos mamíferos não voadores como fator de dispersão de T. cruzi e Leishmania spp. em uma área do Cerrado brasileiro. Foram realizadas excursões para a captura de pequenos mamíferos (2013-2015), canídeos silvestres (2013-2017) e domésticos (2014-2017). Foram coletadas amostras de sangue de todos os grupos de animais, amostras de pele, baço e fígado dos pequenos mamíferos e amostras de pele e medula óssea dos canídeos silvestres. Do sangue coletado foram realizados exames a fresco, hemocultivos (NNN/LIT) e uma parte foi centrifugado para obtenção do soro para testes sorológicos (RIFI, ELISA e/ou DPP). Amostras de pele, baço, fígado e medula óssea foram semeadas em meio NNN/Schneider e, com exceção do último, fragmentos de todos os demais tecidos também foram conservados em etanol para diagnóstico molecular por PCR. Análise espacial foi baseada na abordagem da Ecologia da Paisagem, através das métricas da paisagem e do Índice de Vegetação por Diferença Normalizada, sendo realizada no software QGIS. Foram capturados 558 animais, sendo 283 cães domésticos, 131 canídeos silvestres e 144 pequenos mamíferos. As taxas de recapturas de cães domésticos e silvestres foram de 33% e 15%, respectivamente. A espécie de canídeo silvestre mais capturada foi Cerdocyon thous e a mais recapturada foi Lycalopex vetulus. Gracilinanus agilis foi a espécie de pequeno mamífero mais abundante e a única com potencial infectivo frente à infecção por T. cruzi (7/70; 10%). As taxas de infecção por T. cruzi foram maiores que as de Leishmania spp. em todos os animais investigados e mais predominante no ambiente silvestre. As variáveis ambientais que melhor explicaram a infecção por T. cruzi em pequenos mamíferos e canídeos silvestres foram abundância das espécies, área núcleo, cobertura do solo e grau de proximidade. As características ecológicas espaciais da área demonstraram que a infecção por T. cruzi nesses animais foi mais relacionada a fragmentos de maior tamanho, com formas irregulares e maior grau de proximidade. Uma maior riqueza de espécies de tripanossomatídeos e/ou genótipos de T. cruzi foi encontrada nos pequenos mamíferos que nos canídeos, sendo que canídeos silvestres, domésticos e marsupiais compartilharam a mesma DTU TcIII. Na área, pequenos mamíferos não voadores podem ser fonte de infecção aos canídeos por meio da predação ou servindo de fonte de infecção para os vetores que podem vir a infectar os canídeos. Canídeos silvestres, domésticos e pequenos mamíferos nãovoadores estão envolvidos numa rede sobreposta de transmissão desses parasitas, com conectividade espacial entre si.
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Além disso, o ambiente com as características ecológicas espaciais da paisagem também pode ter influência nos ciclos de transmissão de parasitas. Nosso objetivo foi analisar, em um recorte espaçotemporal, os encontros e as interações entre canídeos silvestres, domésticos e pequenos mamíferos não voadores como fator de dispersão de T. cruzi e Leishmania spp. em uma área do Cerrado brasileiro. Foram realizadas excursões para a captura de pequenos mamíferos (2013-2015), canídeos silvestres (2013-2017) e domésticos (2014-2017). Foram coletadas amostras de sangue de todos os grupos de animais, amostras de pele, baço e fígado dos pequenos mamíferos e amostras de pele e medula óssea dos canídeos silvestres. Do sangue coletado foram realizados exames a fresco, hemocultivos (NNN/LIT) e uma parte foi centrifugado para obtenção do soro para testes sorológicos (RIFI, ELISA e/ou DPP). 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As taxas de infecção por T. cruzi foram maiores que as de Leishmania spp. em todos os animais investigados e mais predominante no ambiente silvestre. As variáveis ambientais que melhor explicaram a infecção por T. cruzi em pequenos mamíferos e canídeos silvestres foram abundância das espécies, área núcleo, cobertura do solo e grau de proximidade. As características ecológicas espaciais da área demonstraram que a infecção por T. cruzi nesses animais foi mais relacionada a fragmentos de maior tamanho, com formas irregulares e maior grau de proximidade. Uma maior riqueza de espécies de tripanossomatídeos e/ou genótipos de T. cruzi foi encontrada nos pequenos mamíferos que nos canídeos, sendo que canídeos silvestres, domésticos e marsupiais compartilharam a mesma DTU TcIII. Na área, pequenos mamíferos não voadores podem ser fonte de infecção aos canídeos por meio da predação ou servindo de fonte de infecção para os vetores que podem vir a infectar os canídeos. Canídeos silvestres, domésticos e pequenos mamíferos nãovoadores estão envolvidos numa rede sobreposta de transmissão desses parasitas, com conectividade espacial entre si.Trypanosoma cruzi and Leishmania spp. are parasites of a diversity of mammals and blood-sucking insect vectors, which are immersed in complex transmission cycles in nature. In an agroecosystem, such as in the Limoeiro region (Cumari/Goiás), wild, domestic, and human species share areas, being able to establish a close network of interconnections and favor ecological relations, including parasites\2019 flow. Moreover, the environment with the spatial ecological characteristics of the landscape can also influence the parasite transmission cycles. Our objective was to analyze, in a spacetime perspective, the encounters and interactions between wild and domestic canids, and non-flying small mammals as dispersion factor for T. cruzi and Leishmania spp. in an area of the Brazilian Cerrado. Expeditions were carried out to capture small mammals (2013-2015), wild canids (2013-2017) and domestic canids (2014-2017). Blood samples were collected from all groups of animals; skin, spleen, and liver samples from small mammals; skin and bone marrow samples from wild canids. Fresh blood tests, hemocultures in NNN/LIT medium and centrifugation to obtain serum for serological tests (IFAT, ELISA and/or DPP) were performed. Samples of skin, spleen, liver, and bone marrow were cultivated in NNN/Schneider medium and, except for the last one, fragments of all the other tissues were also preserved in ethanol for molecular diagnosis by PCR. Spatial analysis was based on the Landscape Ecology approach, through the metrics of the landscape and Normalized Difference Vegetation Index, being performed in the QGIS software. A total of 558 animals were captured during the study period, with 283 domestic dogs, 131 wild canids and 144 small mammals. Recapture rates for domestic and wild dogs were 33% and 15%, respectively. The most captured wild canid species was Cerdocyon thous and the most recaptured was Lycalopex vetulus. Gracilinanus agilis was the most abundant small mammal species and the only one that displayed potential to be source of T. cruzi infection (7/70; 10%). Infection rates for T. cruzi were higher than for Leishmania spp. in all investigated animals and more prevalent in the wild environment. The environmental variables that best explained T. cruzi infection in small mammals and wild canids were abundance of species, core area, land cover and degree of proximity. The spatial ecological characteristics of the area demonstrated that T. cruzi infection in these animals were more related to larger fragments, with irregular shapes and a greater degree of proximity. A greater richness of trypanosomatid species and/or genotypes of T. cruzi was found in small mammals than in canids, with wild canids, domestic dogs and marsupial sharing the same TcIII DTU. In the area, non-flying small mammals can be a source of infection to canids through predation or serving as a source of infection for vectors that may infect canids. Wild canids, domestic dogs and non-flying small mammals are involved in an overlapping transmission network of these parasites, with spatial connectivity between them.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porTrypanosoma CruziLeishmaniaCanidaeVetores de DoençasTrypanosoma CruziLeishmaniaCanidaeVetores de DoençasEcossistemaPradariaInterações entre canídeos silvestres, domésticos e pequenos mamíferos não-voadores na rede de transmissão de Trypanosoma cruzi e Leishmania spp. em uma área do cerrado brasileiroinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis2021Instituto Oswaldo CruzFundação Oswaldo CruzRio de JaneiroPrograma de Pós-Graduação em Biologia Parasitáriainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/49471/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINALelida_brandao_ioc_dout_2021.pdfelida_brandao_ioc_dout_2021.pdfapplication/pdf5281570https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/49471/2/elida_brandao_ioc_dout_2021.pdfbafcb7816b7d30f72c6a68091f2e7c68MD52icict/494712022-10-11 14:14:21.08oai:www.arca.fiocruz.br:icict/49471Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352022-10-11T17:14:21Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false
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