Populações vulneráveis e o desfecho do tratamento do tratamento da tuberculose no Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Macedo, Laylla Ribeiro
Data de Publicação: 2018
Outros Autores: Maciel, Ethel Leonor Noia, Struchiner, Claudio José
Tipo de documento: Artigo de conferência
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/38615
Resumo: A tuberculose (TB) é a principal causa de morte entre as doenças infecciosas no mundo. Observa-se uma associação entre indicadores socioeconômicos e ocorrência da TB, tornando alguns grupos mais vulneráveis. Assim, o risco de adoecimento na população privada de liberdade (PPL) e na população em situação de rua (PSR) é 28 e 56 vezes maior respectivamente, comparados com o risco na população em geral. Avaliar a associação entre estar privado de liberdade ou em situação de rua e a situação de encerramento do tratamento da tuberculose (TB) dos casos diagnosticados no Brasil no ano de 2015. A população estudada foram os casos de TB na população privada de liberdade (PPL) e população em situação de rua (PSR) do Brasil no ano de 2015. Foram excluídos indivíduos abaixo de 15 anos, devido ao comportamento diferenciado da doença nessa faixa etária. A partir das variáveis do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) realizou-se a análise descritiva dos dados e a regressão logística para avaliar a associação entre estar privado de liberdade ou em situação de rua no resultado do tratamento da tuberculose. Foi ainda realizada uma imputação múltipla dos dados faltantes. Em 2015 foram notificados 82.056 casos de TB no Brasil, em indivíduos acima de 15 anos; destes 7.462 (10,3%) estavam privados de liberdade e 2.782 (3,9%) em situação de rua. A proporção de sucesso do tratamento na PPL (78,6%) foi superior à da população total (PT) (70,4%), enquanto na PSR a proporção de insucesso (63,2%) foi superior à do sucesso (36,8%). Observou-se ainda que a PPL se mostrou associada ao sucesso no desfecho do tratamento (ORa 0.68 IC 95% 0.63-0.73), enquanto a PSR mostrou-se associada ao insucesso (ORa 2.38 IC 95% 2.17-2.61), mesmo após os ajustes. Embora a PPL e a PSR sejam consideradas populações vulneráveis para a TB e apresentem uma incidência da doença superior á observada na população em geral, esse estudo mostrou que a situação de encerramento do tratamento se diferencia nessas populações.
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Avaliar a associação entre estar privado de liberdade ou em situação de rua e a situação de encerramento do tratamento da tuberculose (TB) dos casos diagnosticados no Brasil no ano de 2015. A população estudada foram os casos de TB na população privada de liberdade (PPL) e população em situação de rua (PSR) do Brasil no ano de 2015. Foram excluídos indivíduos abaixo de 15 anos, devido ao comportamento diferenciado da doença nessa faixa etária. A partir das variáveis do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) realizou-se a análise descritiva dos dados e a regressão logística para avaliar a associação entre estar privado de liberdade ou em situação de rua no resultado do tratamento da tuberculose. Foi ainda realizada uma imputação múltipla dos dados faltantes. Em 2015 foram notificados 82.056 casos de TB no Brasil, em indivíduos acima de 15 anos; destes 7.462 (10,3%) estavam privados de liberdade e 2.782 (3,9%) em situação de rua. A proporção de sucesso do tratamento na PPL (78,6%) foi superior à da população total (PT) (70,4%), enquanto na PSR a proporção de insucesso (63,2%) foi superior à do sucesso (36,8%). Observou-se ainda que a PPL se mostrou associada ao sucesso no desfecho do tratamento (ORa 0.68 IC 95% 0.63-0.73), enquanto a PSR mostrou-se associada ao insucesso (ORa 2.38 IC 95% 2.17-2.61), mesmo após os ajustes. Embora a PPL e a PSR sejam consideradas populações vulneráveis para a TB e apresentem uma incidência da doença superior á observada na população em geral, esse estudo mostrou que a situação de encerramento do tratamento se diferencia nessas populações.Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Laboratório de Monitoramento Epidemiológico de Grandes Empreendimentos. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.Universidade Federal do Espírito Santo. Centro Biomédico. Departamento de Enfermagem. Vitória, ES, Brasil.Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Departamento de Endemias Samuel Pessoa. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porABRASCOTuberculoseDoenças InfecciosasPopulação Privada de LiberdadePopulação em Situação de RuaPopulações vulneráveis e o desfecho do tratamento do tratamento da tuberculose no Brasilinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/conferenceObject2018Rio de Janeiro/RJ12° Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva: fortalecer o SUS, os direitos e a democraciaCongressoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/38615/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINALLaylla_Ribeiro_Macedo.pdfapplication/pdf927522https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/38615/2/Laylla_Ribeiro_Macedo.pdf6fa8252a3962f19d14d39dd3c17f71edMD52TEXTLaylla_Ribeiro_Macedo.pdf.txtLaylla_Ribeiro_Macedo.pdf.txtExtracted texttext/plain2https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/38615/3/Laylla_Ribeiro_Macedo.pdf.txte1c06d85ae7b8b032bef47e42e4c08f9MD53icict/386152023-04-11 14:32:59.107oai:www.arca.fiocruz.br:icict/38615Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352023-04-11T17:32:59Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false
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