Abordagem Intersetorial e Integrada a Mulheres em Situação de Violência Doméstica: Uma Pesquisa-Ação

• Autor(a) principal: Bezerra, Rafaelle Dantas
• Data de Publicação: 2022
• Outros Autores: Pessoa, Vanira Matos, Costa, Neyliane Maria Brito, Machado, Maria de Fátima Antero Sousa
• Tipo de documento: Artigo de conferência
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
• Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/57531
• topic: Violência Doméstica Contra a Mulher; Estratégia Saúde da Família; abordagem intersetorial e integrada

A Violência Doméstica Contra a Mulher (VDMC) tem origem na discriminação ou inferiorização da mulher pela questão do gênero. Se constitui como um dos mais preocupantes problemas de saúde pública nos dias atuais. A Estratégia Saúde da Família (ESF) é uma das principais portas de entrada para as mulheres em situação de violência doméstica com diversas possibilidades de acolhimento e resolutividade. Objetivos Elaborar um plano de ação intersetorial com foco na abordagem da VDCM para ser aplicado na ESF. Identificar os saberes e práticas das EqSF sobre a violência contra a mulher; Reconhecer como as equipes se articulam com a rede de apoio intersetorial. Metodologia Trata-se de uma pesquisa-ação realizada com 29 participantes dos setores de saúde, educação, assistência social e sociedade civil. A coleta de dados foi realizada entre 08 de janeiro a 03 de junho de 2022 em Boa Viagem/CE. Foram realizados seis seminários, com carga horária total de 24hs, adotando-se a problematização dos problemas, que subsidiaram a elaboração de um plano de ação e fluxograma intersetorial para melhorar o atendimento as mulheres em situação de violência na ESF do município. Adotou-se a análise temática e foi respeitado todos os aspectos éticos, conforme parecer consubstanciado Nº 5.329.687. Resultados Os participantes definiram a compreensão da VDCM com as palavras: preconceito, medo e cultura. A discussão seguiu com a preocupação de um alinhamento de ações intersetoriais conjuntas entre os setores, como possibilidades de atendimentos individuais e grupais preventivos, inserindo o agressor nessas ações de prevenção. Ações de inibição a reincidência da violência foi muito discutida, assim como a reativação do conselho municipal da mulher. Os seminários permitiram que se formasse um ambiente reflexivo, onde cada participante se reconheceu no seu papel como agente social e sua responsabilidade dentro do serviço, assim como a importância do protagonismo da ESF no enfretamento a VDCM. Conclusões/Considerações A reflexão do trabalho em rede, intersetorial, e a importância da discussão em grupo para a realização de mudanças e construção novas práticas é um caminho para o enfrentamento da VDCM. Os diferentes saberes sobre esse fenômeno possibilitam a ESF e demais setores, segurança para se tornarem espaços de identificação, escuta e encaminhamento qualificado as mulheres. O plano de ação e o fluxograma se implantados, contribuirá no enfrentamento da VDCM.