Constituição e integralidade da Rede de Atenção à Saúde da Pessoa com Doença Renal Crônica em Terapia Renal Substitutiva no âmbito estadual: uma avaliação baseada na teoria ator-rede

• Autor(a) principal: Alves, Cinthia Kalyne de Almeida
• Data de Publicação: 2017
• Tipo de documento: Tese
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
• Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/23679
• topic: Avaliação em saúde; Insuficiência Renal Crônica; Integralidade em Saúde; Health evaluation; Chronic Kidney Disease; Integrality in Health; Avaliação em Saúde; Insuficiência Renal Crônica; Integralidade em Saúde; Conhecimentos, Atitudes e Prática em Saúde; Estudos de avaliação; Nefropatias Diabéticas; Brasil

A Doença Renal Crônica é um problema de saúde pública mundial. Possui a diabetes como a principal causa de Insuficiência Renal Terminal nos países da Europa e da América do Norte, tendência percebida no Brasil. As mudanças na organização do Sistema Único de Saúde com vistas à constituição de redes de atenção à saúde surge como forma de operacionalizar e garantir o princípio da Integralidade o que inclui a atenção às Doenças Crônicas Não Transmissíveis. Esse estudo se propôs a avaliar a atenção ao paciente renal crônico com nefropatia diabética na macrorregião I estado de Pernambuco. Trata-se de uma avaliação baseada na Teoria Ator-Rede, realizado por meio de estudo qualitativo. Foram entrevistados gestores públicos, empreendedores do setor privado, associações médicas e de usuários em Terapia Renal Substitutiva (TRS) de serviços públicos, privados e filantrópicos. A trajetória da intervenção foi reconstituída a partir dos 14 eventos críticos e os dados analisados numa abordagem hermenêutica-dialética. A rede é consolidada na TRS, incipiente na atenção básica e ambulatorial, e, emergente quanto à integralidade. Conformou dois projetos: um mais fragmentado, focado no consumo de procedimento adquiridos em clínicas satélites, e outro, mais integral, focado na linha de cuidado. Problemas na qualidade, no acesso e acessibilidade são apontados pelos usuários, bem como abastecimento de medicamentos, exames, transporte, alimentação e a entrada no benefício social. As controvérsias, de origem econômica, são agravadas pela crise atual. Transporte adequado, regulação ambulatorial para média complexidade (clínicas e exames) e a prevenção e a reabilitação são as grandes prioridades de rede sociotécnica. Os atuantes matriciamento, linha de cuidado, regulação e reajuste da tabela parecem ser potenciais promotores da integralidade, ainda não alcançada.