Câncer masculino: a experiência de homens em tratamento oncológico
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Data de Publicação: | 2011 |
Outros Autores: | , , , |
Tipo de documento: | Artigo de conferência |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
Texto Completo: | https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/16170 |
Resumo: | O aumento da incidência e a maior letalidade do câncer entre o público masculino vêm sendo evidenciado na literatura nacional e internacional, revelando uma maior vulnerabilidade dos homens a esta enfermidade (WHITE, 2009). O sentimento de invulnerabilidade, presente no imaginário masculino, contribui para que os homens se exponham cada vez mais a riscos tornando-se assim, mais vulneráveis ao adoecimento (BRAZ, 2005). Soma-se ainda a forma como os serviços de saúde são pensados e estruturados, freqüentemente direcionados para atendimento da demanda das mulheres, crianças e idosos, em detrimento das necessidades em saúde específicas do público masculino. Visando transformar esta realidade, foi instituída a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem (PNAISH) que possui entre os seus objetivos o desenvolvimento de ações que possibilitem a prevenção, diagnóstico precoce, tratamento e controle das neoplasias que acometem a população masculina. Considerando-se a literatura científica no âmbito da oncologia percebe-se uma lacuna de conhecimentos em relação ao processo de adoecimento da população masculina, indicando maior ênfase em estudos que tragam em sua centralidade a figura da mulher com câncer (GIANINI, 2004). Este estudo, financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPEMIG), tem como objetivo compreender a maneira como homens com diagnóstico de câncer experienciam o adoecimento, bem como apreender os sentidos e significados atribuídos por estes ao tratamento oncológico. Ancorados nos pressupostos da Pesquisa Qualitativa (FLICK, 2009) e na perspectiva de Gênero em Saúde (CONNEL, 1995; GOMES, 2008) foram entrevistados homens que realizam tratamento oncológico em um hospital público da cidade de Belo Horizonte – MG. O discurso dos entrevistados aponta para singularidades na vivência do câncer marcado pelas nuances de gênero. O diagnóstico de câncer e a nova condição imposta pelo adoecimento e tratamento oncológico interpõe-se ao projeto existencial dos entrevistados, mostrando-se incoerente com a posição de virilidade e invulnerabilidade que os homens ocupam na sociedade ocidental. A necessidade de afastamento das atividades laborais, formais e informais, foi vivenciada como um momento marcado pela angústia, vergonha e sofrimento, refletindo a importância do trabalho na constituição e reafirmação da identidade masculina. Os homens apontam ainda para o impacto do adoecimento no exercício de sua sexualidade, contribuindo para sentimentos de baixa auto estima e diminuição do desejo sexual. A família e o grupo social dos pacientes foram apontados pelos entrevistados como importantes aliados favorecendo a adesão e manutenção do tratamento oncológico. Faz-se necessário a implementação de estratégias nos serviços de oncologia que favoreçam a criação de espaços de fala e escuta do homem com câncer possibilitando a compreensão de suas singularidades frente ao adoecimento. Para tanto, torna-se imprescindível a inclusão da temática de gênero dos serviços de saúde, visando o cuidado na perspectiva da integralidade e da equidade em saúde. |
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Soma-se ainda a forma como os serviços de saúde são pensados e estruturados, freqüentemente direcionados para atendimento da demanda das mulheres, crianças e idosos, em detrimento das necessidades em saúde específicas do público masculino. Visando transformar esta realidade, foi instituída a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem (PNAISH) que possui entre os seus objetivos o desenvolvimento de ações que possibilitem a prevenção, diagnóstico precoce, tratamento e controle das neoplasias que acometem a população masculina. Considerando-se a literatura científica no âmbito da oncologia percebe-se uma lacuna de conhecimentos em relação ao processo de adoecimento da população masculina, indicando maior ênfase em estudos que tragam em sua centralidade a figura da mulher com câncer (GIANINI, 2004). 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A necessidade de afastamento das atividades laborais, formais e informais, foi vivenciada como um momento marcado pela angústia, vergonha e sofrimento, refletindo a importância do trabalho na constituição e reafirmação da identidade masculina. Os homens apontam ainda para o impacto do adoecimento no exercício de sua sexualidade, contribuindo para sentimentos de baixa auto estima e diminuição do desejo sexual. A família e o grupo social dos pacientes foram apontados pelos entrevistados como importantes aliados favorecendo a adesão e manutenção do tratamento oncológico. Faz-se necessário a implementação de estratégias nos serviços de oncologia que favoreçam a criação de espaços de fala e escuta do homem com câncer possibilitando a compreensão de suas singularidades frente ao adoecimento. Para tanto, torna-se imprescindível a inclusão da temática de gênero dos serviços de saúde, visando o cuidado na perspectiva da integralidade e da equidade em saúde.Fundação Oswaldo Cruz. 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